Sejam bem-vindos ao episódio 283 do Mangá², o podcast semanal de mangás mais demoníaco do mundo.

Neste programa, Judeu Ateu, Estranho, Izzo (Dentro da Chaminé) e Nintakun fazem mais um mangá enquadrado, desta vez analisando o niilismo político e o derrotismo ambiental, do clássico do terror e obra prima de Go Nagai: Devilman.
Neste programa, damos nossa impressão sobre a obra, o que ela faz bem, no que ela falha, analisamos personagens, metáforas, simbolismos, e comentamos o porquê de gostarmos tanto dela! Tudo isso com spoilers!
Contato: contato@aoquadra.do
Cronologia do episódio
(00:20) Devilman
(1:08:00) Leitura de e-mails
(1:18:00) Recomendação da Semana – Fire Force
Slowpoke Report: Dorohedoro (volumes 1-4)
como vocês fizeram 1 podcast pra cada bloquinho do mangá, vou comentar o q vou achando da leitura tbm. Da primeira vez q tentei ler o mangá, achei tudo muito convoluto, ao ponto de eu nunca saber o quanto deveria me importar com o q tava acontecendo. Li 6 volumes e larguei. Mas agr q eu já li outras obras com uma narrativa menos presa a fórmula Jump, as coisas fluíram bem melhor. Ainda acho o começo um pouco cansativo pelo tanto de informação que o mangá joga todo capítulo, mas a amizade do Kaiman com a Nikaido já faz tudo valer a pena. E a medida q a gente vai vendo q os subordinados do En não vão ser apenas os minions terceirizados dele, os conflitos se tornam bem mais interessantes.
Ainda tenho mta coisa pra ler, mas to cada vez mais interessado nesse mundo.
e o Johnson é maravilhoso.
Eu li esse ano Devilman e foi bem revelador porque foi como descobrir a planta baixa pra 75% dos mangas que ja li. Da pra comentar de vários que tem algum elemento que lembra devilman mas o primeiro que pensei foi no arco do HAL de Majin Tantei Nogami Neuro que tem toda aquela parte da droga eletrônica que transforma em criminoso, é uma parte que é IGUAL a paranoia de alguém virar demônio no Devilman (sem contar os vilões que ganham características animais em Neuro, que é bem devilman também).
Outro mangá influente que li pela primeira vez até o fim esse ano foi o Dragon ball. Vale muito a pena porque além de ver como 99% dos battle shonen ainda utilizam a formula do Dragon ball é muito incrível ver como por ser o criador dos tropes tem coisas que só dragon ball pensa no motivo de existir como por exemplo os Saijins ficarem mais fortes perto de morrerem que é o tipo de coisa que todo battle shonen usa mas quase nenhum consegue explicar bem dentro da ficção da historia porque a maioria dos autores usa isso pensando: “pra luta ficar emocionante o protagonista tem que ficar próximo de morrer e voltar mais forte” mas dragon ball por ter criado esse trope a ideia já veio junto da lore de como os saijins são uma raça de guerreiros e ficar perto de morrer deixa eles mais forte. isso pode não parecer muito mas DB tem varias coisinhas pequenas assim que acumuladas deixa o mangá muito original ainda.
Foi muito esclarecedor também ver como a Toei é criminosa com aquela adaptação do anime. A coisa que sempre odiei em dragon ball são aqueles soquinhos rápidos e eu descobri que são pura invenção do anime. Eu li o manga prestando atenção nisso e só existem SEIS(6) quadros no mangá todo de personagens trocando soco rápido… 42 volumes, 6 quadros e a toei coloca isso em toda luta pra esticar por mais 15 episódios além da conta. O mal que o Anime de Dragon Ball causou no mundo é incomensurável.
O Podcast ficou muito bom, sempre que der chamem o Ninta-kun!
Cara, eu sou suspeito pra falar pois DB é meu mangá favorito. Mas eu acho que aqueles soquinhos e chutes rápidos são um charme do anime. Claro, negar que o ritmo com que a Toei deixou o anime na maioria das vezes é ruim, é impossível. Mas acho uma adição bacana e coerente. Porém concordo que o mangá possui um ritmo pra lá de gostoso, sem contar que dá pra entender 99,9% do que está acontecendo nas lutas pois o Toriyama domina MUITO a técnica de movimento e sequência.
slowpoke report li girls last tour e adorei mas provavelmente nunca teria lido esse mangá se não fosse por recomendação de vocês, li gen pés descalços e nunca imaginei que a cena mais pesada que veria numa obra seria uma cena real, o que mostra que nossa realidade é mais assustadora que qualquer monstro de filme de terror e logo em seguida comecei a ler Fire punch e não ta me fazendo bem ler tanta coisa pesada uma atras da outra, precisava de algo mais leve.
Devilman foi uma experiência única na minha vida, pois assim que terminei de ler o ultimo capitulo voltei pro primeiro capitulo e reli o mangá inteiro, nem uma outra obra na minha vida me deu esse sentimento de tenho que reler tudo agora sabendo das coisas
Infelizmente eu já tinha o spoiler do satan e da morte da menina, mas fico feliz de não ter pegado spoiler do final do mangá, pois ate o ultimo capitulo eu estava esperando que o Devilman iria dar um jeito de salvar o dia, e ai quando eu vi que não tinha final feliz eu finalmente entendi sobre o que era Devilman
Foi muito interessante saber dessas curiosidades sobre Devilman desconfiava que muita coisa tinha sido feita na base do improviso o que não é demérito nenhum, na verdade acho que agente superestima demais planejamento nas obras, mas fico muito triste em saber que aquelas paginas iniciais foram colocadas depois , pois quando eu vi pela primeira vez fiquei tipo caraio o cara fez o inicio de um mangá com narração muda isso na década de 70
Sobre a adaptação pra anime do yuasa eu ate gosto da visão dele mas prefiro muito mais o mangá e teve um live action e obviamente é uma merda
Escuto o Ao Quadrado esporadicamente há uns 6 anos mas é a primeira vez que comento aqui. Mas Devilman merece, desde o meu primeiro contato com a obra, não teve jeito, foi amor à primeira vista. O mangá me passa uma sensação muito única, me sinto oprimido pela atmosfera ao mesmo tempo em que fico empolgado com o universo do mesmo. Apesar de um conceito simples, aquela coisa de os demônios se fundirem abre muitas possibilidades, tanto na obra principal quanto em versões alternativas ou spinoffs, já que existem uma porrada deles, e eu sinceramente adoro isso. Inclusive essa coisa de fusão foi uma coisa que o anime de 2018 explorou bem na luta final contra Satã.
Sem dúvidas, ainda hoje continua um mangá marcante, mas se pararmos pra pensar que é uma obra de quase 50 anos, tudo fica ainda mais impressionante. Go Nagai foi um visionário, e olha que o safado não é chamado disso apenas por Devilman, Mazinger que o diga.