Sejam bem-vindos ao episódio 268 do Mangá², o podcast semanal de mangás mais queer-bait do mundo.

Neste programa, Judeu Ateu, Estranho e Luki fazem mais um mangá enquadrado, desta vez analisando um mangá queridíssimo durante sua publicação, criticado em seu final, mas amado no fundo do coração e uma infinita fonte de interessantíssimas conversas : Blue Flag, de Kaito.
Neste programa, damos nossa impressão sobre a obra, o que ela faz bem, no que ela falha, analisamos personagens, metáforas, simbolismos, e comentamos o porquê de gostarmos tanto dela! Tudo isso com spoilers!
Contato: contato@aoquadra.do
Cronologia do episódio
(00:20) Blue Flag
(1:21:00) Leitura de e-mails
(1:31:00) Recomendação da Semana – Sunny
Esse mangá me deixou pensando: como algo assim foi pra Jump e foi tão bem? Talvez por causa do meu preconceito com a revista ou com a demografia, mas eu fiquei surpreso e até feliz com o sucesso dessa história de teor mais dramático e LGBT
Acho que sempre gostei de Ao no Flag um tanto menos que pelo menos o Luki e o Judeu. Tem muita coisa que eu adoro: a arte é realmente excepcional, os melhores capítulos são alguns dos melhores da mídia (a primeira grande conversa da Mami, a conversa do Touma com o irmão), equilibra relativamente bem o problema complexo de ser um mangá palestrinha que quer ter personagens que parecem realistas de vez em quando. Mas, meio que construindo em cima do que o Estranho falou, que o mangá quase nunca se deixa falar tranquilamente sobre o que o Touma e a Masumi sentem, eu acho que Ao no Flag sempre recebeu um pouco mais de crédito do que deveria sobre o jeito que trata questões LGBT. O mangá é sobre o Taichi, a crush dele na Futaba, e a amizade dele com o Touma. É um setup extremamente tradicional. A diferença nesse mangá é que o Touma gosta do Taichi, e por causa dessa proximidade ao Taichi e a Futaba ele é muito importante pra história. Fora do Touma o jeito que Ao no Flag lida com isso é muito pior. A Masumi é uma personagem que tinha uma premissa muito interessante e um potencial enorme, mas fora uma cena ou outra ela é jogada pra escanteio e o desenvolvimento dela é abortado. E tem a cena sobre o cara homofóbico que foi abusado, e sobre como julgar o homofóbico é tão ruim quanto ser homofóbico, que é ridícula. Eu concordo com vocês que é menos pior lendo do que parece comentando, mas eu acho quase patético o mangá jogar essa provocações baratas como se fossem perspectivas valiosas sobre a situação.
Mas é realmente o epílogo que mais me frustra. Tem a coisa da Masumi acabar com um cara, invalidando a maneira principal que a personagem dela tinha sido lida até o momento, potencialmente caindo em narrativas comuns de “é só uma fase”, e no geral só não concluindo o arco dela. Mas ainda mais frustrante pra mim é o Taichi e o Touma acaberem juntos sem uma construção pra isso. Eu queria tanto ver isso. E sim, eu sei que pessoas são bissexuais. Eu sou uma pessoa bissexual, mais especificamente eu sou um cara que achava que era hétero no ensino médio e se descobriu bissexual depois disso, dentro de uma relação com uma mulher. A minha história não é tão interessante, eu ainda namoro a minha namorada da época porque eu amo ela e não faz muita diferença eu também ser atraído por homens, mas a história do Taichi é muito interessante pra mim. O cara descobre que o melhor amigo dele ama ele romanticamente, passa meses lidando com isso, eles firmam a amizade, o relacionamento dele com uma mulher acaba, ele percebe que é bissexual, ele percebe que ama romanticamente o amigo dele, e eles ficam juntos. Ao no Flag quer me dizer que não precisa contar ESSA história? Precisava contar a história do romancezinho hétero Taichi/Futaba que a gente já leu cinquenta versões, mas ESSA, que me lembra tanto a minha, que eu nunca vi contada, a gente pode inferir nas entrelinhas de um epílogo que quer ser espertinho com um truque de perspectiva? Vai pra puta que pariu. Odeio esse final. Que merda de representatividade é essa?
No fim esse manga parece uma discussão de twitter, cheio de frase pronta, sem ninguém realmente se entendendo e de vez enquanto tem alguém sensato.
Uma coisa que me deixou encabulado foi como todas as pessoas ao redor do Taichi diziam para ele se preocupar com os estudos, não que isso tivesse errado, só que pareciam ignora os sentimentos dele em relação aquilo tudo.
Dito isso não sei bem como reagir a o final da história da Masumi, fiquei pensando se era a mesma personagem, claro que tem o fato dela ter namorado com homens no passado, mas pelo mangá, isso nunca pareceu certo pra ela e agradeço aos céus que a Mami não terminou com o muleke irritante lá, ela sem dúvidas foi a melhor personagem.
Eu acho que a questão do Taichi é muito cultural, já que lá você ser um membro da util da sociedade e que depois da escola sua vida profissional ta definida pela sua carreira.
Li os 5 primeiros capítulos e achei bem chato, mas talves um dia eu termine ele só pra ouvir o podcast
Acho que faz uns 4 anos que não venho comentar aqui, mesmo acompanhado vocês.
Conheci o mangá via vocês, mas nunca li só ficou no interesse e com o lançamento desse cast, foi o motivo que precisa para maratonar tudo.
E cara que mangá gostoso e bonito, por mais que você fica ali na dúvida desde o começo tentando entender o Touma durante toda história e fica naquele ele gosta do Taichi ou não é algum outro segredo.
A Mami sendo um personagem mais complexo do que seu estereotipo. A Masumi acaba ficando chata nos capítulos finais, mas as vezes eu me perguntava se a Masumi não ta lá pra relembrar os conceitos pré estabelecidos da sociedade japonesa.
Por isso acho que o final dela é o que fica mais WTF? Pq ok ela é Bissexual mesmo? Ela gosta de pessoas com aquele estereótipo igual da Futuba? Ou ela só reprimiu a homossexualidade dela pra ser melhor aceita na sociedade? Foi um potencial dela desperdiçado mesmo.
Sobre a mensagem eu acho que é algo que tem um valor maior na adolescência quando amizades e relacionamento são mais efêmeros e se colidem mais, que quando você já é adulto e isso não é um problema em si.
Me incomodou um pouco quando os amigos coadjuvantes levam o Taichi pra conversar sobre o que aconteceu e ficam trocando vieses um pro outro, o Taichi em si não fala nada, nem deveria estar lá, mas eu senti que o autor precisa dele ali de ideia pra passar aquelas ideias.
É longo, e eu só queria ouvir os personagens e não aqueles coadjuvantes falando abobrinhas e tals.
Eu acho que o final me pegou um pouco, pq hoje com meus 32 lembrei muito dos meus 16/17 saindo da escola e todo grupo de amizade da sala yaoi de eventos de animes, dos interesses românticos adolescentes exagerados, como eu era muito inseguro como a Futaba, e como hoje 14 anos depois a vida seguiu e ninguém mais se fala, a maioria casou o foi pra um lado, então foi bem catártico para mim.
Mas, realmente aquele final da Taichi foi bem WTF, eles juntos é algo tão legal, mas tão mal trabalhado, pq o mangá vai levando tudo pra um lado. E ai eles são só amigos de mão dadas? Se casaram? Concordo com vocês que faltou a exposição e não mostrar o final deles como casal.
Mesmo não comentando mais tanto aqui, obrigado Mangá² por todos esses anos e diversas obras que eu conheci por vocês em todos esses anos.
Terminei de ler e ouvi o podcast, e confesso que no começo me deu uma puta preguiça de ler esse mangá, pois parecia ser mais uma hostoria generica de triangulo amoroso , mas me surprendeu bastante
Só teve duas coisas que me imcomodaram, o momento de veja bem você tem que ver o lado do homofibo, e o final
Achei muito ruim o que fizeram com a Masumi estava esperando ela terminar junto com a futaba
E já vou começar minha leitura de Girls last tour