Sejam bem-vindos ao Re:En², o podcast mensal de mangás mais novelístico de todos.
Neste programa, Judeu Ateu, Estranho, Luki, Pachi (Blamecast) e Izzo (Dentro da Chaminé) começam mais um projeto mensal de analisar volumes de um mangá, desta vez com um absoluto clássico das artes sequências: Rosa de Versalhes
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Me senti representado quando vocês foram direto na coisa que eu mais adoro em Rosa de Versalhes: o jeito que a Ikeda equilibra uma empatia pela Maria Antonieta e pelos personagens da nobreza em geral com uma convicção inabalável que a revolução precisa acontecer. Os nobres mais importantes não são pessoas propositalmente cruéis e horríveis, eles têm seus dramas e o mangá mostra eles com honestidade, mas quando você sai do cenário de Versalhes fica claro que as dificuldades dessa vida são causadas por um privilégio gigante, e que a Maria Antonieta ser uma “pessoa boa” ou não é irrelevante considerando todo o mal que a posição dela gera no mundo. A Ikeda era membra de carteirinha da juventude do Partido Comunista Japonês, e ela faz no mangá uma crítica à monarquia que não é necessariamente inovadora nem nada, mas é muito mais robusta e correta do que muita coisa que se faz até hoje. Na segunda metade isso se desenvolve de uma maneria bem interessante tbm, então empolgado pra vocês chegarem nessa parte.