Sejam bem-vindos ao Re:En², o podcast mensal de mangás mais final dos podcasts de mangá.
Neste programa, Judeu Ateu, Estranho, Luki, Boxa e Izzo (Dentro da Chaminé) terminam mais um projeto mensal de analisar 4 volumes de um mangá, desta vez com o mangá favorito de um certo co-host: Dorohedoro.
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Uma coisa que senti falta vocês comentarem foi o aspecto, com o perdão da palavra, “político” desse final e do Holey. Não pra forçar isso em toda conversa, mas acho que é pertinente nesse finzinho de Dorohedoro. Os final bosses do mangá são, de fato, o ódio desse grupo oprimido através dos séculos, sem esperança de melhora, sem válvula de escape, e o Chidaruma, que é em grande parte responsável pela situação ter chegado no ponto em que chegou, mas não dá uma foda e só quer o sofrimento de todo mundo porque é isso que diverte ele. Acho que é uma escolha muito interessante porque se encaixa muito bem com o que Dorohedoro “é sobre”: como vocês falaram, é sobre elenco, sobre esses grupos de amigos que existem em todos os campos desse mundo, que são todos muito simpáticos, que despertam uma dificuldade na gente de saber pra quem torcer. No final do mangá, eles derrotam a encarnação do rancor e seguem adiante suas vidas. O Caiman e a Nikaido não viram melhores amigos do Shin e da Noi, mas eles interagem ok, eles não precisam mais tentar se matar. Acho um aspecto bem proeminente dessa reta final, e que de certo modo amarra as pontas soltas do mangá mais profundamente que o lado do mistério pra mim.
De certo modo, acho que é isso que faz ser um pouco frustrante a luta acabar sendo só o Caiman contra o Holey. No nível social, o que tá sendo conquistado ali é, se não uma união, uma convivência mais harmônica entre os diversos grupos, e na luta isso não é representado, não tem essa cooperação da galera, fica um pouco incongruente. Mas pensando aqui, talvez seja melhor do que a alternativa. Seria meio estranho, de certo modo, alguém como o En chegar na luta dizendo “foda-se esse ressentimento de séculos que os humanos têm contra os feiticeiros, tô nem aí”. É muito fácil pra ele falar. Tem lógica ser o Caiman, a pessoa que mais odiava feiticeiros no mangá todo, que precisa rejeitar isso, que precisa apostar num caminho diferente. É um processo que largamente já aconteceu no personagem dele, o que acho que é parte do que torna o final mais murcho, mas ainda faz sentido pra mim.
Se bem que eles falaram isso no final do podcast, tenho que concordar que só passaram por cima de uma possível mensagem em Dorohedoro, mas desde o início do manga, isso era contexto, os personagens era o forte e a interação deles com o mundo que sustenta a história.
O que tu falou tenho certeza que foi intencional por parte da autora, o fato de todo aquele ódio e ressentimento ter gerado o hole, entretanto, um ponto a favor do manga era o fato de não ter um correspondente exato com o nosso mundo, pois se tivesse ele estaria passando pano para os perpetuadores daquele ódio. No fim a ideia que fica é de aceitação e “convívio”, pois no fim o mundo dos magos não era tão diferente de hole
Off topic total, peço até desculpa.
Recentemente assisti tokyo godfathers do satoshi e ele é a prova viva do famigerado trava-hype, o filme faz vc ficar incomodado com certos “problemas” por quase toda sua duração pra no final mostrar que era tudo intencional deixando de ser “probelmas” para se tornam parte essencial do filme. Resumindo, passei para o lado do Judeu e agora sou defensor da existência dessa maravilhosa (nem tanto) característica de roteiro
Provavelmente já assistiram, mas se não, recomendo
Dorohedoro foi um excelente mangá, definitivamente único e um dos maiis engraçados que já li.
Minhas única críticas são quando ele se torna um tanto caótico demais ou partes mais desnecessárias como a busca do Kasukabe pela esposa e os olhos cruzados aleatórios da floresta que acho maior do que precisava, acabo esquecendo detalhes so plot por conta disso.
Apreciei a resolução da história nesses últimos volumes só desgostei que a autora não parecia se decidir sobre qual final queria, acontece uns 3 embates finais.
Quanto a morte da Nikaido, ao contrário do que falaram, acho de boa a primeira morte porque a volta dela é justificada pelas regras de viagem do tempo.
Não entendi bem porque acharam confuso após a explicação, pelo que entendi a Nikaido demônio que viajou pro passado simplesmemte voltou ao seu tempo original: poucos segundos após Nikaido morrer pra Hole (timing foi super conveniente thou).
Sou um pouco misto quanto ao kaiman feiticeiro, por um lado as piadas de magia de Gyoza são maravilhosas, por outro eu acho um tanto conveniente o quão poderoso ele ficou com o powerup dos ex demônios (independente da imunidade de Kaiman a Hole), me pergunto se Kaiman não devia estar resistente a magia de novo por receber tanto de uma vez e se os outros magos da família do En não podiam ter feito algo similar antes.
Alguns outros pontos:
– como Nikaido demônio sabia que a cabeça de Kaiman seria importante contra Hole ou como Maldição roubou a cabeça de formol e levou até o esconderijo dos olhos cruzados, nunca saberemos, convoluto demais.
– acho a 2a morte de Nikaido bem paia e desnecessária, além de ter mais um confronto de Evil Nikaido, também não entendi porque ela e Asu foram ressucitados ao final da aposta do Chidaruma.
– os olhos cruzados sobrevientes não tiveram uma conclusão muito digna, infelizmente.
– Shin queria se vingar de Hole sim, afinal ele queria se vingar do líder dos olhos cruzados por ter derrotado ele duas vezes, matado En e o ter controlado na loja de departamentos central.
– Nikaido mentiu na parte que disse que “essa é a ultima vez que vi kaiman”, aparentemente.
– Foi um bom toque Shou apagar a memória de En pra ele não perserguir mais Nikaido, apesar de que ela já não tinha mais poderes de tempo e En já teve sua revanche matando o Kai demônio com os mil cogumelos dentro do corpo dele (ou seja, sem filme)
– Acho de “Lama a Lama” um nome perfeito pra Dorohedoro, que é isso.
– só eu acho bizarro as sobrancelhas do Kasukabe/ Haze? Elas mal estão acima dos olhos dele.
– Kaiman enxergar a fada de Gyoza é muito bom, um dom adquirido por por poucos e que ele definitivamente merece.
– esqueceram de mencionar a maravilhosa DANÇA DA VINGANÇA que Asu e Nikaido fizeram contra todos os ex demônios sem pele, foi glorioso.
É difícil escolher personagens favoritos, acho que seria Kaiman, a fada de Gyoza, Chidaruma e principalmente En, esse capitalista narcisista é muito engraçado mesmo.