Mangá² #263 – Você, mangás e memória

Sejam bem-vindos ao episódio 263 do Mangá², o podcast semanal de mangás mais esquecido do mundo.


Neste programa, Judeu AteuEstranho e Izzo (Dentro da Chaminé), comentam bem amplamente sobre memória. É isso, esse é o tema, 40 min conversando sobre como a lembrança viva ou morta de uma obra afeta a nossa percepção dela. Provavelmente só reinventamos alguma discussão que filósofo europeu teve 3 séculos atrás, mas pra gente foi divertido, foi um bom episódio eu achei.

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Cronologia do episódio
(00:20) Você, mangás e memória
(40:00) Leitura de e-mails
(54:00) Recomendação da Semana: Shoujo Shuumatsu Ryokou

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7 comentários

  1. Memória é um tipo de coisa sempre difícil de acreditar, visto que, em teoria, somente o seu eu em 1ª pessoa no presente é confiável, o resto pode ter sido diluído com o tempo. Não sei se vocês também passam com isso, mas eu só altero a nota significativamente depois de uma releitura, posso abaixar ou aumentar um ou meio ponto eventualmente, entretanto caso eu adquira sensações muito contrárias com o tempo da que eu tive na última vez que eu li, eu prefiro manter ela lá até como uma forma de eu ficar questionando o meu próprio eu.

    Uma mídia que sofre mais em relação a memória do que mangás seria a música, existem centenas de álbuns que ouvi que eu já não lembro quase nada, precisando sempre dar uma renovada reouvindo-o, porém é um processo mais fácil de reconsumir por durar normalmente uns 40 minutos da tua vida e de esquecer justamente por essa duração

    Eu queria dizer que eu amei a recomendação do programa. Tenho alguns amigos que leram e/ou viram Shoujo Shuumatsu, mas nunca davam grande destaque para obra, nem positivamente ou negativamente, porém o Judeu conseguiu me dar muita vontade de ler o mangá, mesmo que eu provavelmente não vá fazer isso em pouco tempo.

    • Memória é um negócio muito louco, tenho para mim que Bleach é meu anime favorito (reconheço muitos erros dele) pelo simples fato que fez parte de uma época da minha vida (início da adolescência) e que vendo outros animes do gênero, não consigo aceita determinados desvios de qualidade que são presentes em Bleach, mesmo fazendo tanto tempo, ter lido Bleach alterou minha maneira atual de ler mangas.
      O que seria um ótimo tema VOCÊ MANGAS E MATURIDADE ou AMADURECIMENTO

      • Memória é um negócio muito louco e realmente deve ser discutido a veracidade dela, tenho para mim que Bleach é meu anime favorito (reconheço muitos erros dele) pelo simples fato que fez parte de uma época da minha vida (início da adolescência) e que vendo outros animes do gênero, não consigo aceita determinados desvios de qualidade que são presentes em Bleach, mesmo fazendo tanto tempo, ter lido Bleach alterou minha maneira atual de ler mangas.
        O que seria um ótimo tema VOCÊ MANGAS E MATURIDADE ou AMADURECIMENTO

        • Olá, tudo bem Judeu Ateu, Estranho e Izzo, é um prazer comentar aqui e ouvir vocês

          Eu estou sem twitter tem um bom tempinho e estava com saudades de ouvir os podcast do ao quadrado. Igual o nome do episódio, memória, memórias muito boas. Nós ultimos dias eu reli 20th Century Boys, faz muitos anos que eu li esse mangá, eram só sentimentos mesmo, mas a releitura me ajudou a confirmar que era realmente bom. Agora estou lendo kokou no hito e minhas melhores lembranças é de ler o mangá para poder ouvir o podcast dos senhores.

  2. Nossa o exemplo de nijigahara holograph foi perfeito para mim, faz muito tempo que li esse manga, entretanto sempre que paro para pensar nele vem um sentimento bem específico e um incomodo único pela história que tenho certeza que lembrarem disso por um bom tempo. Eu associei um sentimento a uma lembrança e por mais que não saiba todos os plots da trama, nunca esqueci o impacto dele

  3. Quando vocês tocaram no assunto de histórias melhorarem ou piorarem na sua memória e de como é mais raro vocês aumentarem a nota, eu acho que comigo o que acontece é que é muito difícil eu mudar muito radicalmente (trocar de “ah, é mediano” pra “ah, é bom”, ou até pensar que algo que era ruim na verdade era ok) sem que eu tenha relido, mas algo que acontece com muita frequência é eu perceber que gostei mais do que eu pensava de algo. Vários dos mangás que eu considero meus favoritos eu não considerava eles desde sempre, mas chegaram lá conforme o tempo passava e eu continuava pensando a respeito dele, o impacto de fato continuava comigo, ou que os detalhes negativos iam sumindo porque eram menos importantes. Acho que isso conversa bastante com algo que o Izzo falou do quão importante é a memória, só que pro outro lado. Em vez de começar a gostar menos por esquecer, tem muito mangá que eu gosto mais por perceber o quanto ele se fixou em mim.

    Outra coisa que vocês falam é da importância dessa primeira leitura, ou primeira assistida, e o Izzo fala que ele só sabe se gostou do filme no dia seguinte. E eu no geral concordo com isso (nossa, filme da marvel é algo que eu esqueci assim que saí da sala do cinema), mas acho que tem que ser feito um equilíbrio também, porque eu considero que o impacto da primeira experiência tem valor, coisas que afetam num nível mais visceral mesmo, e que não tem como se reproduzir com perfeição quando revisitar. Acho que não é completamente justo falar que essa obra é pior porque a segunda experiência com ela não foi tão satisfatória, dependendo do caso.

  4. Eu nunca gostei muito de podcast, o fato de ter que direcionar toda sua atenção a uma voz misteriosa, sem nenhum estímulo visual, nunca foi minha praia. No fim, eu sempre acabo perdendo a linha do raciocínio, tendo que voltar várias vezes, pra no fim desistir.
    Tendo dito isto, que bom que eu ouvi esse ep de cabo a rabo hahaha (e obrigado Henrique do Quadro em Branco). Um pouco assustado com a quantidade de títulos que vocês já leram e são capazes de trazer facilmente à memória (isso por si só já daria conta desse assunto no ep). Em tantos anos sendo otaku, eu não saberia elencar 10 mangás assim, se bem que é verdade que eu só decidi levar esse hobby a sério (estou num processo de desconstrução sobre como animes e mangás impactaram e impactam a minha vida) só agora na quarentena. Falando de memória, adorei as colocações, as divagações e as constatações. Eu faço um curso da saúde, então pude linkar muito do que vocês falaram a teorias da neurociência (não que eu tenha algum domínio sobre o tema). Percebi que me enquadro em muita coisa e também o quão prazeroso é acessar sua mente e revisitar algo que já foi tão importante na sua vida (concordo que beastars perdeu um pouquinho a linha, mas não totalmente, e discordo plenamente de naruto- todos os anos investidos na obra, apenas pra me frustrar repetidamente, me tornaram averso a ela-, apesar de eu ainda saber dar valor ao que ela trouxe de bom).
    Um anime (não tenho certeza se tem um mangá) sobre luto e aceitação da morte que ainda to acompanhando, mas que me veio imediatamente à cabeça quando você mencionou esse tema, é Sangatsu no Lion. Lento no seu próprio tempo, calmo, mas extremamente gostoso (e impiedoso com seu coração).
    E eu tinha começado a assistir Shoujo Shuumatsu, mas acho que não bateu tanto na época e acabei droppando. Mas sim, o feeling é exatamente esse que você descreveu. Decidi que vou reassistir.

    Como alguém que acabou de chegar nesse podcast, tudo que posso dizer é que estou muito muito feliz por ter encontrado um espaço pra poder digredir sobre um assunto que eu amo tanto.

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