Sejam bem-vindos ao episódio 261 do Mangá², o podcast semanal de mangás mais choroso de todos.
Neste programa, Judeu Ateu, Estranho, Luki e Boxa fazem mais um mangá enquadrado, desta vez analisando um premiadíssimo mangá autobiográfico, um já clássico contemporâneo, de uma autora muito adorada pela crítica: Kakukaku Shikajika, de Akiko Higashimura
Neste programa, damos nossa impressão sobre a obra, o que ela faz bem, no que ela falha, analisamos personagens, metáforas, simbolismos, e comentamos o porquê gostarmos tanto dela ! Tudo isso com spoilers!
Contato
Sugestões de pauta, sugestões de leitura, dúvidas, elogios, críticas, Recomendação do Ouvinte em áudio, qualquer coisa! O email para contato é: contato@aoquadra.do
Cronologia do episódio
(00:20) Kakukaku Shikajika
(1:07:00) Leitura de e-mails
(1:18:10) Recomendação da Semana – Love Me For Who I Am
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q engraçado, eu chorei ouvindo o episódio mesmo sem ter lido o manga.
Kakukaku é um dos meus mangás favoritos. É uma história real, então isso talvez seja meio óbvio, mas a relação entre a protagonista e o professor é uma das mais reais que eu já li. Não parecem personagens que você pode apreciar ou criticar com certa distância, tem realmente dois seres humanos postos em tinta ali, com todos seus defeitos e suas qualidades. Bem feliz que vocês enquadraram. Entre Kakukaku e Kuragehime (que quem não leu deveria), a Higashimura já é um dos maiores mangakás do século 21.
Excelente enquadrado parabéns! Sempre quis um desse mangá porque eu não conheço ninguém que já leu no meu círculo. E vocês tocaram nos pontos que mais me fisgaram nele: a crueza que ela representa a si mesma; o humor na dose certa, se fosse só drama ficaria algo cansativo e talvez “forçado”? Não sei. Mas o humor e os comentários dela é que dão esse tom mais realista.
É o mangá mais real que já li. Pode-se dizer que é óbvio, é uma autobiografia. Mas é difícil falar de você mesmo sem botar nem tirar. E ela foi mestre nisso nesse mangá.
Also, muito feliz por ter enquadrado de Ao no Flag, quero muito falar sobre esse final. Por mais que tenha tido o final que teve (sem spoilers), pra mim soou muito mascarado. Não vou dizer que teve dedo de editor, não sei, pode ser um palpite, mas, sei lá, eu gostei e desgostei ao mesmo tempo.
Sobre o Luki ter chorado mais na releitura do que na primeira vez, acontece comigo direto, inclusive nesse. Eu li em 2016 ou 17 depois de ver que foi o vencedor do Manga Taisho, e só estou relendo agora que está lançando nos EUA(acho que nunca vai ser lançado aqui não). Saber que a história é boa até o fim nos faz ter mais carinho pela obra, e nas releituras eu acabo sempre sentindo ainda mais empatia pelos personagens.
Naquela época depois de ler Kakukaku eu tentei ler Kuragehime, mas não curti muito, e realmente acho que não tinham scans dos outros mangás dela. Mas relendo agora e ouvindo o podcast a vontade de ler outra coisa dela voltou demais.
Mas antes eu tenho que aproveitar que Ao no Flag acabou pra tentar ler tudo até o cast dele.
Slowpoke Report: Hikaru no Go
Então vamo lá, q esse é um queridinho da casa. Depois de uns 2 volumes, já tava completamente fisgado pelo mangá. Os personagens eram carismáticos, e a rivalidade entre o Akira e o Hikaru me instigava a continuar acompanhando aquelas partidas que eu não entendia, mas conseguia sentir o feeling. À medida que o Hikaru progredia no Go, as partidas ficavam ainda mais empolgantes. Dá pra dizer que do período em que ele era um simples insei até o desaparecimento do Sai, Hikaru no Go foi um dos melhores shounens da história da Jump.
Mas a história não acabava aí…
Não me entendam mal, eu não acho q deveria ter acabado. Acho q o desaparecimento do Sai era fundamental para a conclusão da jornada de amadurecimento do Hikaru, mas depois disso, dá pra ver uma gradual queda de qualidade na história. O último torneio (Japão/Coreia/China) foi extremamente apressado, principalmente no final, e não fez jus aos protagonistas.
Então no final, eu meio que tô com sentimentos mistos com o mangá. Ele se mantém excelente por MUITO tempo, mas quando começa a cair, vc fica meio chateado, pq vc já se importa demais com a história pra aceitar um final tão sem graça desses. Não sei se ele foi cancelado, ou algo do tipo, mas Hikaru no Go sempre vai te dar um gosto amargo quando vc lembrar do final dele. Mas de resto, um ótimo mangá.
8/10.
Mencionaram “My Broken Mariko”.
É um volume só mas não recomendo. É “suicide porn”(?). É só um volume da protagonista morrendo porque a amiga se matou, e não me pareceu ter algo a dizer não, só sofrência.
Gostei demais desse mangá, conheci apenas pelo Aoquadrado. Concordo, é uma autobiografia muito particular na forma como é contada, muitas vezes parece que é como se estivesse sentado numa mesa trocando ideia com a Akiko. Ela tá numa linha de raciocínio, abre um parênteses quando ela acha que é uma boa, e do nada volta pra história.
Não percebi logo de cara qual seria o fim do professor, acredito que fui perceber lá pelo 3º volume. A partir desse momento, fui lendo com uma sensação de luto antecipada, muito bizarro. Não esperava que ela fosse trabalhar tão bem a sensação de luto de uma pessoa próxima e os arrependimentos. Uma das cenas mais tensas que eu já li/vi foi o telefonema enquanto ela tá em Osaka, pra receber a notícia sobre o professor. Você sabe o que vai acontecer, não quer continuar porque sabe o que vai acontecer, mas precisa passar por essa parte, assim como ela precisou.
Aliás, alguém faz ideia da música da transição entre o podcast e a leitura de e-mails?