Mangá² #233 – Emergence

Sejam bem-vindos ao episódio 233 do Mangá², o podcast semanal de mangás que nunca vai ter final feliz.


Neste programa, Judeu Ateu e Estranho fazem mais um mangá enquadrado, desta vez comentando um hentai! Uma análise completa da infame obra Emergence do ShindoL, uma conversa sobre a possibilidade de mensagem através de pornografia, fetichização e romantização de clichês em hentai e a validade de uma obra que só busca entristecer.

Este episódio contém descrições de violência, estupro, prostituição, aborto e uso de drogas

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Sugestões de pauta, sugestões de leitura, dúvidas, elogios, críticas, Recomendação do Ouvinte em áudio, qualquer coisa! O email para contato é: contato@aoquadra.do

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Cronologia do episódio
(00:20) Emergence
(36:20) Leitura de e-mails
(47:00) Recomendação da Semana – Ao no Flag

Download (CLIQUE COM O BOTÃO DIREITO DO MOUSE E ESCOLHA A OPÇÃO “SALVAR DESTINO COMO…” OU “SALVAR LINK COMO…”)

16 comentários

  1. Duas coisas!
    1-Vocês falam da dificuldade de se fazer conteúdo sobre hentai…então lá vai um podcast sobre hentai(em inglês):https://castbox.fm/channel/id1165437?utm_campaign=a_share_ch&utm_medium=dlink&utm_source=a_share&country=us
    2-“pornografia pra mulher é pornografia sem que ela seja degradada e pra homem é ver mulher sendo degradada”… olha, tem MUITA mulher que curte ver outras mulheres se ferrando, ou mesmo fantasiam se ver em situações degradantes, (só que sob controle, claro)
    Uma coisa que na mídia em geral sempre aparece invertido da realidade é que numa relação de Dom e Sub, quem manda mais é a Sub… mas esse assunto seria longo demais pra falar aqui.
    Acho que eu só queria pedir para que não generalizem ;]

  2. deve parecer estranha a minha opinião por esse hentai. Eu li pra punheta, por já saber o quão pesada era a estória, mas não foi por nenhum fetiche de ver a menina se dando mal. O que me fez sentir algum prazer em Emergence é o quão real ele parece. Quando vou consumir uma pornografia “normal” eu não sinto nada, tudo me parece falso e não me contento com um sexo só pelo ato ou todo esse pornô descartável, já que pra mim TUDO tem que ter ao menos um pouco de imersão e quase toda pornografia peca nisso, então a maior tristeza que eu senti no final da obra foi ter acabado, já que eu adorei toda a narrativa por ser algo difícil de se sentir indiferente. Quero mais conteúdo como esse mesmo que para a maioria possa parecer algo “doentio”, pra mim o que é mais estúpido é esse pornô “normal”.

  3. Ouvi o podcast todo mas não vou ler o mangá não,eu fico triste lendo One Piece e JoJo,não aguento essas coisas não.
    Por falar em Jojo façam o ReEn² de Steel Ball Run,reboot topzera do mangá,nova linha do tempo e tals

  4. Acabei de terminar Emergence, e estou horrorizado com o quão real essa história pode ser. É claro que muitas dessas coisas podem ocorrer em níveis diferentes, mas é uma das histórias que “melhor” retratam o que um relacionamento abusivo pode fazer com um ser humano. A comparação que um usuário do MAL fez com Oyasumi Punpun é válida, definitivamente.
    Eu realmente fiquei triste lendo esse hentai.

  5. “A sociedade nunca vai repensar a pornografia.” Olha lá, hein. Pornografia é uma indústria, e sim, não se muda time que está ganhando, mas isso apenas significa que ela nunca foi repensada porque ainda não surgiu um pornô de arte, ou pornô artístico.

    Quanto ao mangá, discordo que certas escolhas do autor tenham sido conscientes. Se olhar os demais hentais e doujinshis do ShindoL, verá que a violência exacerbada, personagens em condições extremamente precárias ou simplesmente injustas, ou uma fetichização daquilo que é tido como “errado”, são temas recorrentes em seus trabalhos. O que vingou Emergence foi a narrativa um pouco mais sofisticada. Geralmente a gente vê um estado “estático” da personagem, e isso por si só configura uma história ruim. Mas em Emergence temos uma história donde a personagem vai do ponto A ao ponto B; ela muda no decorrer da história, e existe uma passagem da vida para a morte que como o Judeu pontua, é um valor intrínseco de histórias que nos satisfazem, justamente por dar essa impressão de círculo. Alia isso ao estilo irreverente do ShindoL, e se tem uma espécie de tragicomédia — trágico pela jornada da personagem, cômico por estar sendo retratado num hentai. Nesse ponto acho que existe uma jogada irônica por parte do autor, mas não creio que foi calculado. É mais como se fosse nessa série que o estilo dele alcançou seu ápice.

    Também tem um autor de hentai cuja série Kizashi eu gostaria de ver abordada num cast nalgum dia. É do Yoshiura Kazuya, e é um netori a respeito de um cara tímido que tem a garota que ele gosta “roubada” por outro, mas se vinga disso roubando ela e a namorada desse outro de volta, formando uma espécie de harém no decorrer da história, mas que acaba saindo pela culatra. Estou recomendando isso pois o Yoshiura lida com o psicológico dos personagens de forma muito realista. Ele é daqueles autores que escreve mais netorare, mas o legal deles é que todos têm um fundo psicológico e os personagens possuem motivações plausíveis, de modo que até dá pra dizer que algumas das histórias dele realmente poderiam acontecer na vida real. É também um ponto fora da curva na mangagrafia dele, que sempre experimentou narrativas de netorare, e agora escreve uma do ponto de vista de quem rouba, no caso, um netori.

  6. Acho que a obra perde seu valor quando se tenta atribuir uma noção de realismo nela, não acho que o mangá está tentando denunciar os problemas da prostituição ou uso de drogas, ele está trabalhando dentro de um contexto da pornografia, de quem consome, do que se espera de uma obra assim. Ele não quer fazer os leitores refletirem sobre a realidade lá fora, mas sim sobre a sua condição enquanto consumidor desse tipo de material. Aí que eu vejo o poder do negócio. Até porque, se pensar no viés “comentário social”, acho bem bobo e exagerado sem qualquer propósito intelectual todo aquele sofrimento. Agora eu vejo uma força nesse exagero quando se analisa o contexto de um hentai, a sensação que dá é que a personagem é uma pessoa presa naquele universo pornográfico, onde tudo é extremamente hostil à ela e mesmo assim ela tem que gozar no final. É curioso notar como ela nunca pede ajuda pra ninguém de fora, ela sempre tem que gozar no sexo, nunca reclama de dor, por mais intensa que seja. E não tem aquele momento onde ela vira pra câmera e diz “você está fapando pra isso? tá doendo, viu?”, o que é importante. As situações sendo levadas ao extremo da imaginação humana, forçam até o mais pervertido conseguir sair da obra e pensar nisso por si. Vejo como objetivo do ShindoL o de fazer o leitor ter esse processo de fechar o zíper e olhar pra si mesmo. Como eu to me masturbando pra algo tão horrível? Tanto se fala de se enxergar na obra, se identificar e etc, acho que é uma das poucas no ramo dos mangás que eu vejo que tem o objetivo contrário, ela te coloca dentro pra depois te expulsar de lá e ficar sentadinho parecendo um cúmplice de toda aquela situação. Talvez o único sentimento estritamente humano, o da empatia, a capacidade de se ver na situação do outro e sofrer junto, estamos tratando de jogar ele no lixo com essas perversões. Talvez essa seja a mensagem, se for chutar. Talvez ele esteja contribuindo com isso para aqueles que deixaram passar a mensagem? Provavelmente e essa é outra discussão. Mas acho que vale para aqueles que pegaram.

  7. The Music of Marie… quantos anos passaram-se desde a época do Fuji Scans? Pelo visto nunca lerei…

    Então, possibilidade de um possível spin-off “Hentais com História”, ou esse é um episódio único?

  8. Eu já pensei em fazer um podcast sobre hentai mas percebi que não tenho uma voz bonita então desisti da ideia

    Sobre emergenci é uma grata surpresa ver alguém falando de hentai analisando de uma maneira seria

    Eu acompanhei capitulo a capitulo esse mangá, já estou familiarizado com os trabalhos do ShindoL então já fui preparado o primeiro capitulo é bem padrão de hentai, mas a partir do segundo a historia vai ficando cada vez mais tenso

  9. Tentarei ser breve.

    1ª Desculpas eu queria estar comentando mais mas infelizmente n tenho tempo para nada!

    2ª Cadê o batalha real? Sinto sdds do quadro…

    3ª Novamente, criem um mangá de Mechas, vou ficar batendo nessa tecla até fizerem um! Ahuahahaha

    4ª Agora sobre o programa em sí, acho curioso escolherem metemorphosis como uma obra pra fazer um enquadrado, eu escolheria falar logo da mangágrafia completa do ShindoL que aliais não é pouca coisa, (um dia quem sabe né?) outra duas coisas que ficou faltando no programa foi a menção ao fato que ShindoL não é Japonês, ele é ocidental (quando eu digo isso é pq muita gente fala que ele é dos EUA, outros afirmar que ele é europeu, mas o próprio já admitiu não ser Japa, então isso é um fato) outra coisa foi a falta de certos participantes nesse programa hein! (olhando pra um certo alguém que costuma a participar) Mas no geral o programa foi ótimo e realmente explica bem sobre o que seria esse tão polêmico hentai de ganhou fama global. Eu por mim gosto de metamorphisis acho a ideia da história cada vez mais nojenta e difícil de tragar boa. O único problema é que pra mim o traço do ShindoL deveria ter acompanhado a loucura. Quem sabe ter desenhado o resto da história de uma maneira que vai ficando pior o traço mais escuro o desenho até que fique algo praticamente inextinguível e bem nojento, daria uma sensação pior ainda e faria todo o sentido com a obra! Mas isso não tira o brilho da obra em si, é só uma característica que eu queria que o ShindoL tivesse pensando em por nela na hora, que aliais é algo que ele faz mais pra frente com outras obras dele. Então não sai muito da realidade do autor de escrever algo.

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