Sejam bem-vindos ao episódio 231 do Mangá², o podcast semanal de mangás mais problemático do mundo.
Neste programa, Judeu Ateu, Estranho, Muky e Yukinaime comentam sobre sobre a conversa em volta dado relacionamento das fujoshis com BLs, yaois e o público gay.
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Cronologia do episódio
(00:20) Fujoshis e BL
(46:00) Leitura de Emails
(57:00) Recomendação da Semana –Cannis
Download (CLIQUE COM O BOTÃO DIREITO DO MOUSE E ESCOLHA A OPÇÃO “SALVAR DESTINO COMO…” OU “SALVAR LINK COMO…”)
Já tenho algo pra ouvir amanhã durante o trampo.
(Slowpoke Report: Roteiro para Aïnouz (álbum do Don L)
Honestamente, eu ando bem parado em relação a consumir mangás e animes (apesar de ter lido os últimos volumes de Pluto que saíram), mas como eu sei que vocês também gostam de rap, queria dizer que esse é o melhor álbum de rap nacional que ouvi até agora.
Bom, eu ainda não ouvi tantos discos de rap nacional como deveria pra tá dizendo isso… Mas, galera… Esse é um trabalho de uma qualidade tão alta que até um leigo como eu poderia perceber só de ouvir a primeira faixa.
Os beats são muito criativos e bem trabalhados, ao ponto de fazer com que você não considere nenhuma música como sobra do álbum, e os refrões são tão simples quanto sinceros e profundos.
Por mais que você não consiga acompanhar o flow variado do cara, os refrões dessas faixas permitem que você tenha momentos de intimidade com a música que fazem toda diferença durante o processo de absorção da obra.
Quanto às “mensagens” de Roteiro para Aïnouz, Don L merece aplausos. Suas críticas à indústria musical do país são provocantes e sensatas, e, claro, muito necessárias. Ele também fala sobre relacionamentos, sua trajetória artística e outras coisas de sua vida pessoal, então não é como se as músicas repetissem o mesmo assunto.
Se tem uma palavra que define esse álbum?
“Ouça”.
E SIM, ESTRANHO, VOCÊ TÁ CERTO. “AQUILO” VAI CAGAR ONE PIECE INTEIRO
#nomoreKaguya
Eu mesmo só fui sacar qual era a minha sexualidade quando assistir Sekai Ichi Hatsukoi,e essa obra em questão é bem curiosa por ser um yaoi em transição entre o antigo e o novo,nele temos os caracteres das antigas de uke baixo e de seme alto,que quebra quando temos o urso selvagem do Yokosawa de uke ou um lânguido Yuu como seme,além do fato que a autora começa tendo aquelas características antigas do gênero mais vai se desenvolvendo e trazendo questões que um casal passa,diferença de idade, de classe social, de triângulos amorosos, sendo um casal criando uma criança ou a coragem de assumir o seu amor pro mundo. Foi lá na novel do Yokosawa tem esse apontamento de comportamento duplo de algumas fujoshis,de que o comportamento diante de uma relação homoafetiva como fantasia era x,mas quando descobriam que é uma relação real era y.Tanto é que ninguém no trabalho na editora sabe que os personagens ali são gays ou bissexuais e nosso protagonista principal,Onodera Ritsu,vem de uma família tradicional dona de uma editora de renome que tentou casá-lo em um casamento arranjado para assumir as responsabilidades da empresa e fica cada vez mais claro ao longo da história que aparenta que sua família sabe sobre ele ser gay,tendo reações diferentes,enquanto o pai o deixa solto a mãe tenta a todo custo que ele se case com uma mulher pra cuidar dos negócios da família que vai chegar em uma situação em que terá que assumir abertamente com sua família,principalmente com a sua mãe, para colocar as coisas nos seus devidos eixos.
Mas vem muita coisa mudando,agora além do uke e do seme,também passou a aparecer o seke,como na vida existe nego que gosta de ser passivo,outros ativos e outros são versáteis,além de caracterizações novas e novos tipos de personagem. Um uke feminino ou um seme masculino por si só não era um problema,mas era como se limitasse apenas a uma ou duas cores de uma enorme paleta de possibilidades e situações de histórias.Uma das revistas que vejo essa criatividade pipocado é na Opera Magazine que varia entre n temas e tons desse nosso mundo.Eu,,como frequentador assíduo desse cabaré imaginário do MyreadingManga,há uma enorme diversidade de histórias em relação a gays,desde a sacanagem gostosa,comédia,drama e tudo isso batido no liquidificador.
Qual a música que toca no final do podcast? Não sei se já comentaram sobre, mas seria interessante deixar as músicas usadas em cada programa.
Eu não gosto de romance,mas quando um mangá consegue por romance no meio da historia acho que pode ficar bacana,como por exemplo é o romance da Winry com o Edward,que é substancial o suficiente pra eu me importar mas não desvia da historia deixando virar um mangá “só de romance”(eu sei que mangá de romance não é só de romance mas é essa ideia de focar no relacionamento que eu acho chato).É por isso que quando é integrado a um estilo diferente de historia me parece mais legal.
Uma das coisas que mais me surpreende no mundo dos mangás é como Stone Ocean(A parte 6 de Jojo, 2000-2003) foi publicado na Shonen Jump.Já começa que o mangá tem uma protagonista,o que não é muito comum nas revistas shonen(menos ainda na SJ). Então temos a ambientação que é em uma prisão feminina,logo a maioria dos coadjuvantes são femininos.Quanto ao Vilão, Enrico Pucci,ele é um Padre bem religioso que conheceu o DIO na sua juventude e os dois mantiveram um relacionamento juntos,tendo varias cenas dos dois juntos,altas conversas filosóficas e tudo mais.E é legal que não fica aquela coisa tipo um é mais feminino e o outro é mais masculino (como vcs comentaram que tem vez que acontece).O que eu mais gosto desse flashback do DIO é que o Hirohiko Araki não mudou a personalidade do DIO,não deixou ele fofo nem nada assim, esses flashbacks são extremamente condizente com tudo que vimos do DIO na parte 1 e 3 de Jojo,inclusive eles contextualizam varias coisas dessas partes anteriores.
E quase que a Jolyne,a protagonista,teve um interesse amoroso feminino,pq quando o Anasui aparece pela primeira vez(visto meio de longe),é como uma mulher,mas no capitulo que ele realmente junta ao grupo principal,ele inexplicavelmente foi retconizado como um homem.Minha suposição é que o mangá já tava pra “Frentex” demais e algum editor deve ter encrencado que a protagonista ter uma mulher como interesse amoroso já era demais pros leitores da Shonen jump.Stone Ocean tem seus problemas,principalmente repetir coisas da parte 4 e 5,mas na questão de relacionamento de personagens é uma das melhores(O DIO ser bissexual achei que ficou bom mesmo).
Não é por nada que Steel Ball Run(a parte 7) foi movido,no volume 5, para a ultra jump que é uma revista Seinen mensal mais de boa pra se trabalhar,com mais liberdade. Peço perdão pela fanboizagem mas é que eu acho muito legal como jojo foi melhorando a representatividade conforme foi tendo novas partes(relembrando,parte 1-6 é o universo original que já acabou e a partir da parte 7 é um novo universo reboot).
Não sabia que o judeu ateu e gay. Agora vejo de outra forma todos os comentários de sobre representatividade durante podcasts passados.
É realmente uma pena que esse podcast se limitou apenas em sublinhar o do por quê mulheres se interessam por relacionamentos entre dois homens, poderiam ter resumido isso apenas com aquele velho ditado:
“Gosto é que nem cu, cada tem o seu”.
Algo tbm que limitou a conversa foi que os membros da mesa redonda foi composta por duas pessoas que não sabem quase nada sobre o mundo yaoi/BL e duas pessoas que apenas consumem o conteúdo japonês do assunto (é o que deu pra entender da conversa).
Como sabemos que o Japão influenciou diversos outros países asiáticos durante variados períodos de guerra de forma negativa e positiva.
Um exemplo bem atual/comum é o consumo de mangás de todos os gêneros feito por esses outros países, sendo que o gênero Yaoi/BL foi bem aceito por essas nações vizinhas do Japão. Hoje em dia é comum vermos seriados feito para publico consumidor de BL.
No passado não tão distante tínhamos vários seriados feita na Korea baseados de mangás e novel shoujo japonês e que ainda faz muito sucesso por lá. Agora com crescimento de próprios autores koreanos de mangás e novel podemos ver eles entrando de cabeça no mercado mundial, é tanto que animes koreanos já se tornou algo comum no meio otaku e tudo isso não seria diferente para os criados e consumidores de conteúdo BL.
Eu como fã brasileiro de BL que não sabe ler e escrever em inglês vi vários sites BR de conteúdo yaoi/BL falirem ou se restringirem nos últimos 10 anos, além do Japão diminuiu o desenvolvimento de anime desse gênero, há pouco menos de um ano fui apresentando a site e blogs que fornecem variadas séries BL que pra minha surpresa foram criados por países asiáticos (China, Korea, Tailândia, Taiwan, Vietnã, etc) que não era o Japão e o que mais me surpreendeu que todas essas series foram feitas por autores de suas próprias nações e não exportadas do Japão.
É claro que um desses países lida com a homossexualidade de uma forma diferente e isso reflete muito nesses seriados, mas podemos dizer que os mangás e as novel se tem tudo e sem censura (ADORO).
Esse aqui é um pequeno guia para você que começou a ver bl-drama agora:
bl tailandês: cheio de clichês, ótimos personagens
bl taiwanês: tem muita pegação, é realista
bl japonês: romântico, bem shoujo
bl coreano: acaba em tragédia
bl chinês: vai ser censurado ou cancelado
Como foi dito no Podcast pelas meninas o Japão vem mudando bastante a forma de escrever essas obras BL, acho que o exemplo mais forte recentemente foi o mangá Otouto no Otto que fala sobre um pai solteiro que terá que conviver com a recente morte do irmão gêmeo e a chegada do marido desse irmão.
Pra finalizar vou deixar aqui algumas dicas de seriados BL :
– addicted heroin: é um seriado chinês que teve apenas uma temporada pq após o governo chines descobrir sobre cenas de beijo e pegação mandou cancelar a série, obrigou os dois atores protagonistas da série nunca mais trabalharem juntos ou conviverem de novo.
– Together With Me: é um seriado Tailandês, a Tailândia é considerada madrinha dos gays pq ela ta investindo pesado nesse mercado, tem até comerciais BL na tv aberta pra diferentes produtos.
– History2 Right or Wrong: é um seriado de Taiwan, pra quem não sabe Taiwan seria/é um país Independente, porém a China apoiada por outros países FDP ainda diz que essa outra nação pertence a ela (seria tipo uma guerra fria). Mas Taiwan tem suas próprias leis que protegem os LGBTQ+ e por isso Taiwan é considerada a Rainha das gays.
Eu quase esqueci do Japão:
temos o filme de 2017 Karera ga honki de amu toki wa que possuem os títulos ocidentais Close-Knit e Entrelaçados. A história gira em torno de uma garota chamada Tomo de 11 anos que vive com a mãe Hiromi (Mimura). Sua mãe resolve ir embora de casa e Tomo vai morar com seu tio Makio e sua namorada Rinko.
Mas a menina logo percebe que Rinko é, na realidade, uma mulher trans. Embora Tomo veja Rinko como um homem, ela fica surpresa com a habilidade de Rinko de cozinhar, bordar e fazer o cabelo. Tomo fica um pouco confusa com a situação, mas eles começam a viver como uma família. Logo muitas questões surgirão, com Tomo querendo encontrar respostas.
O filme Ossan’s Love de 2016 que fez tanto sucesso que ganhou um seriado de 7 episódios agora em 2018. Conta a historia de Soichi Haruta tem 33 anos, solteiro e trabalha na divisão de desenvolvimento de produtos de uma empresa. Ele quer se casar, mas não é popular com mulheres. Um dia, ele encontra seu chefe no trabalho, Musashi Kurosawa salvando muitas de suas fotos no celular de Musashi Kurosawa. Soichi Haruta está com medo. Um dia, Musashi Kurosawa confessa a ele que gosta dele. Nesse meio ainda tem o Maki que também declara seu amor por Haruta. Quem Haruta vai escolher, seu chefe, homem que ele admira ou Maki, recém chegado e colega de quarto?
Um dos motivos de eu ter parado de me interessar em yao e bl é o fato de sempre ser esse clichê do seme e do uke o passivo e o agressivo da relação, não me soa como algo natural parece apenas uma relação abusiva, talves isso se deva a toda esse fetiche que as fujioshis botam em cima, eu gostaria de ver um romance entre dois homens de uma forma mais natural, gostaria que me recomendassem yaos assim.
Pelo visto vc não leu o que eu escrevi em cima pois tá cheio de recomendações.
Me procura no twitter pois é mais facil de me achar por lá.
Começei a acompanhar vcs recentemente e estou gostando muito do podcast, o ao quadro é o primeiro podcast que eu escutei e é o único que acompanho. Gosto muito de como vcs discutem os assuntos reais relacionados com os mangás, por exemplo: a homofobia e a homossexualidade.
Acho muito importante tocarem nesse tipo de assunto de uma forma natural e chamarem convidados representativos como a muki e a yukinaime, por que falar de yaoi e de Bls com elas que são de certa forma “fãs” do gênero é muito especial.