Sejam bem-vindos ao episódio 227 do Mangá², o podcast semanal sobre mangás que quem sabe tem um futuro.
Neste programa, Judeu Ateu, Estranho e Boxa realizam mais uma Mangagrafia! Nos programas desta categoria, conversamos e opinamos sobre todas as obras de um determinado autor, bem como seu estilo, evolução, temática, e tudo mais que for relevante!
Vocês podem conferir os outros programas do tema clicando aqui.
Desta vez, falamos da Autora de Orange: Takano Ichigo
Contato
Sugestões de pauta, sugestões de leitura, dúvidas, elogios, críticas, Recomendação do Ouvinte em áudio, qualquer coisa! O email para contato é: contato@aoquadra.do
Cronologia do episódio
(00:01:00) Mangagrafia: Takano Ichigo
(00:59:30) Leitura de Emails
(01:06:30) Recomendação da Semana – Watashi no Shounen
Download (CLIQUE COM O BOTÃO DIREITO DO MOUSE E ESCOLHA A OPÇÃO “SALVAR DESTINO COMO…” OU “SALVAR LINK COMO…”)
Dessa autora só li orange e astronauta
astronauta- Eu curti bastante principalmente pelo personagens serem bem carismáticos, o que eu entendi é que não é que uma gêmea é mais bonita que a outra, mas sim que uma chama atenção pela sua personalidade extrovertida
Orange- foi uma grande surpresa estava esperando um romance genérico, mas gosto como a autora desenvolve rápido o relacionamento, não fica 10 volumes pro cara pegar na mão da menina, mas me incomoda profundamente toda a explicação sobre a viagem no tempo, seria melhor ter deixado no mistério
Não sei se aqui é o melhor lugar pra isso mas eu respondi a questão da shounen jump ser digital faz 5 anos. Acho que o tópico do cast em si já tá meio antigo então aqui ficaria melhor pra ver o artigo
https://otakumode.com/news/51e8b8c23d9f749f53000035/Digital-Version-of-ldquo-Weekly-Shonen-Jump-rdquo-Releases-in-Japan-Simultaneously-with-Paper-Version
Guguliberal, depois de um bom tempo desaparecido. Irei comentar sobre as outras coisas que li depois.
Porque nesse momento, eu acabo de terminar Sengoku Youko. E tenho que dizer que, entre todos os mangakás que conheço, o Satoshi Mizukami foi o único que me fez amar seus 3 maiores trabalhos.
Quando disseram que o mangá era meio subestimado, não fazia ideia do quão incrível ele poderia ser.
Estou muito ansioso para escutar discussão de vcs sobre a obra.
Mas como eu quero já fazer alguns comentários sobre Sengoku Youko, vou dizer o que mais me surpreendeu e agradou.
…..
Enredo: Diferente de Hoshi no Samidare e Spirit Circle, que possuem tramas muito bem definidas e amarradas, essa história possui um enredo que, devido à sua temática fantasiosa, se permite mudar com uma facilidade maior. Não se trata apenas de uma história cujos acontecimentos acontecem com grande fluidez, mas de uma história que muda a sua propria forma de narrar os acontecimentos. O timeskip e o acréscimo de pequenos mistérios na trama são exemplos disso.
Personagens: Fazer personagens bons é a marca registrada desse autor. Personagens carismáticos, complexos e profundos estão presentes do início até o final da história.
E o melhor disso é ver como a importância dos personagens em Sengoku Youko varia de acordo com o momento. Secundários se tornam protagonistas (e vice versa), figurantes se tornam secundários, personagens morrem, desaparecem, se reencontram, se casam, etc…
Por mais fantasioso que esse universo seja, vemos um mundo onde seus habitantes realmente possuem vidas “de verdade” lá.
(Destaque para o Chinsuke, que na minha opinião, é o personagem do Mizukami com o maior e melhor desenvolvimento a longo prazo de todos os tempos.
Um dos maiores trunfos desse mangá, sem sombra de dúvidas)
Temáticas: As temáticas de Sengoku Youko são realmente muito variadas e por conta disso, talvez seja difícil para o leitor se relacionar com todas. Mas posso dizer que os comentários que o nosso querido autor faz sobre “Natureza da humanidade”,”resolver conflitos através da conversa”, e “busca pelo autoconhecimento” são tão maduros quanto tocantes e inspiradores.
Ler esses 99 capítulos foi quase uma terapia para mim. Uma terapia da qual eu com toda certeza recomendarei para os meus amigos.
Após o cast, farei mais comentários sobre Sengoku Youko. Esse mangá merece isso e muito mais.
Paralelamente a isso….
Slowpoke Report: Innocent (volume 1)
E de repente, até um executor se torna um personagem interessante….
Se o traço do autor já não impressiona pela sua qualidade memorável, a quadrinização de Innocent consegue criar as sensações de dor e angústia que permeiam Charles por ter que seguir um caminho a qual ele claramente não deseja para si.
Os diálogos dos personagens também são muito bons para mostrar ao leitor como era a sociedade daquela época e como era difícil ir contra suas regras.
Entre os primeiros volumes de mangás que eu possuo, o de Innocent é um dos melhores no que se refere a ter vontade de continuar comprando.
……………..
Slowpoke Report: Pluto (volume 2)
E os mistérios estão ainda mais instigantes. A relação entre máquinas e humanos continua sendo explorada sobre novas perspectivas, e uma das últimas palavras mais tristes entre as já produzidas pela nona arte…
Cada centavo investido em Pluto tá valendo a pena até agora. Que isso se mantenha até o final.
Será que Pluto rola um enquadrado quando sair o volume 9 aqui no Brasil? Ainda vai levar um bom tempo até lá, então é algo a se ponderar.
E ele não para de ler mangás grandes mesmo hein….
……….
Slowpoke Report: Ashita no Joe
Por favor, façam um enquadrado desse mangá! Essa história é incrível. Por não saber quase nada sobre a importância histórica de Ashita no Joe, irei apenas comentar sobre alguns elementos da história que simplesmente me conquistaram durante a leitura:
O protagonista: Joe é um excelente personagem. Sendo tão (ou até mais) determinado que Griffith, e por vezes mais incompreensível que Nakamura (de Aku no Hana), esse personagem não apenas possui uma jornada muito bem construída do início ao final, como vai se relacionando com outros personagens de formas tão variadas quanto dinâmicas. E com isso, me refiro ao fato de as pessoas que o rodeiam estarem em contante conflito com ele. Por mais que o conheçam, eles também duvidam dele, se decepcionam, se irritam, se aproximam, se distanciam e, claro, se impressionam com o Joe. Por conta disso, vemos diversos lados do personagem principal. Seus erros, seus acertos e suas próprias mudanças. Sem sombra de dúvidas, um ótimo personagem.
A platéia: Tudo bem, isso pode parecer estranho…..
Mas como a temática desse mangá está vinculada a um mundo injusto e cruel, onde um campeão pode se tornar sucata em poucos segundos, nada melhor para a história que uma ambientação que seja capaz de mostrar essa imprevisibilidade do boxe. O que é o caso aqui.
Durante as partidas, o público muda da água pra todas as bebidas que você pode imaginar. Uma hora o lutador é um herói, depois um covarde, um trapaceiro, um fracote, um assassino, e assim por diante. Sempre vão gritando e exigindo a melhor luta do mundo, mesmo que isso nem sempre seja possível. Em alguns momentos, você até consegue se identificar na posição dos espectadores da luta, mas são diversos os momentos em que você se solidariza é com os próprios pugilistas, que não apenas precisam se preocupar com a integridade física deles, quanto com a sua própria imagem que nunca se mantém intacta por muito tempo.
As quebradas do Joe: Não são poucas as histórias em que o protagonista possui uma origem humilde. Entretanto, nunca vi interações tão realistas e próximas entre um personagem e as pessoas de sua terra natal. Os moradores não apenas cumprimentam Joe, mas se preocupam com ele, acreditam nele, e o defendem incondicionalmente. De certa forma, é comparável a diversos famosos que se orgulham de suas raízes, e que mantém uma grande proximidade com essas pessoas que já o conheciam antes do sucesso.
Nesse aspecto, minha cena favorita é a chegada do Joe no aeroporto japonês, onde ele presenteia todos os moradores da sua favela com diversos presentes, desde bebidas e vestidos elegantes a brinquedos e outras bugigangas. Além desse momento tocante, temos outros exemplos dessa relação quando Joe convida as pessoas para assistirem suas lutas, quando ele paga doces para as crianças, ou mesmo quando os moradores estão torcendo pra ele nocautear seus oponentes, ou batendo nos repórteres que vivem incomodando o lutador.
Uma excelente interação entre protagonista e figurantes.
As lutas: À excessão da luta com o Harimau (o maldito australopithecus que o Joe enfrenta), todas as partidas conseguem ser emocionantes, seja pelo significado que elas tem para os personagens, ou pela qualidade do traço do mangaká em mostrar a potência e o dano de um direto, um jab ou um counter. Minha luta favorita talvez seja entre Yabuki e Carlos Rivera. Uma luta tão violenta e dramática que, ao final, chega a ser poética.
Outro ponto positivo do mangá é a causa-efeito das disputas (antes, durante e depois):
Vemos o quão excruciante pode ser o treinamento de um pugilista. O quão aterrorizante pode ser desferir incontáveis golpes num adversário e ver ele sempre se levantando. E o quão catastrófica pode ser uma derrota.
Como mangá de esporte, Ashita no Joe massacra muitos Battle shounens kkkkkkk
Bom, ainda há inúmeros pontos que eu poderia citar em Ashita no Joe, mas nao quero me estender demais. O fato é que essa é uma história que com toda certeza é digna da fama e da admiração que possui. E quando puder, irei recomenda-la para quaisquer apreciadores de boas histórias que não a leram ainda.
Joe, I remember.
Guguliberal mais uma vez.
_E ele não para de ler mangás grandes mesmo hein….
……….
Slowpoke Report: Ashita no Joe
Por favor, façam um enquadrado desse mangá! Essa história é incrível. Por não saber quase nada sobre a importância histórica de Ashita no Joe, irei apenas comentar sobre alguns elementos da história que simplesmente me conquistaram durante a leitura:
O protagonista: Joe é um excelente personagem. Sendo tão (ou até mais) determinado que Griffith, e por vezes mais incompreensível que Nakamura (de Aku no Hana), esse personagem não apenas possui uma jornada muito bem construída do início ao final, como vai se relacionando com outros personagens de formas tão variadas quanto dinâmicas. E com isso, me refiro ao fato de as pessoas que o rodeiam estarem em contante conflito com ele. Por mais que o conheçam, eles também duvidam dele, se decepcionam, se irritam, se aproximam, se distanciam e, claro, se impressionam com o Joe. Por conta disso, vemos diversos lados do personagem principal. Seus erros, seus acertos e suas próprias mudanças. Sem sombra de dúvidas, um ótimo personagem.
A platéia: Tudo bem, isso pode parecer estranho…..
Mas como a temática desse mangá está vinculada a um mundo injusto e cruel, onde um campeão pode se tornar sucata em poucos segundos, nada melhor para a história que uma ambientação que seja capaz de mostrar essa imprevisibilidade do boxe. O que é o caso aqui.
Durante as partidas, o público muda da água pra todas as bebidas que você pode imaginar. Uma hora o lutador é um herói, depois um covarde, um trapaceiro, um fracote, um assassino, e assim por diante. Sempre vão gritando e exigindo a melhor luta do mundo, mesmo que isso nem sempre seja possível. Em alguns momentos, você até consegue se identificar na posição dos espectadores da luta, mas são diversos os momentos em que você se solidariza é com os próprios pugilistas, que não apenas precisam se preocupar com a integridade física deles, quanto com a sua própria imagem que nunca se mantém intacta por muito tempo.
As quebradas do Joe: Não são poucas as histórias em que o protagonista possui uma origem humilde. Entretanto, nunca vi interações tão realistas e próximas entre um personagem e as pessoas de sua terra natal. Os moradores não apenas cumprimentam Joe, mas se preocupam com ele, acreditam nele, e o defendem incondicionalmente. De certa forma, é comparável a diversos famosos que se orgulham de suas raízes, e que mantém uma grande proximidade com essas pessoas que já o conheciam antes do sucesso.
Nesse aspecto, minha cena favorita é a chegada do Joe no aeroporto japonês, onde ele presenteia todos os moradores da sua favela com diversos presentes, desde bebidas e vestidos elegantes a brinquedos e outras bugigangas. Além desse momento tocante, temos outros exemplos dessa relação quando Joe convida as pessoas para assistirem suas lutas, quando ele paga doces para as crianças, ou mesmo quando os moradores estão torcendo pra ele nocautear seus oponentes, ou batendo nos repórteres que vivem incomodando o lutador.
Uma excelente interação entre protagonista e figurantes.
As lutas: À excessão da luta com o Harimau (o maldito australopithecus que o Joe enfrenta), todas as partidas conseguem ser emocionantes, seja pelo significado que elas tem para os personagens, ou pela qualidade do traço do mangaká em mostrar a potência e o dano de um direto, um jab ou um counter. Minha luta favorita talvez seja entre Yabuki e Carlos Rivera. Uma luta tão violenta e dramática que, ao final, chega a ser poética.
Outro ponto positivo do mangá é a causa-efeito das disputas (antes, durante e depois):
Vemos o quão excruciante pode ser o treinamento de um pugilista. O quão aterrorizante pode ser desferir incontáveis golpes num adversário e ver ele sempre se levantando. E o quão catastrófica pode ser uma derrota.
Como mangá de esporte, Ashita no Joe massacra muitos Battle shounens kkkkkkk
Bom, ainda há inúmeros pontos que eu poderia citar em Ashita no Joe, mas nao quero me estender demais. O fato é que essa é uma história que com toda certeza é digna da fama e da admiração que possui. E quando puder, irei recomenda-la para quaisquer apreciadores de boas histórias que não a leram ainda.
Joe, I remember.
E perdão pelo comentário repetido
Slowpoke Report: Planetes
Depois de um mangá desses, dá até vontade de procurar por mais slice-of-lifes. Em apenas quatro volumes, conhecemos diversos personagens bons, seja pela complexidade que lhes é dada em algum capítulo específico, ou pelo aprofundamento de algum dilema que os permeia com o desenrolar dos acontecimentos. Mas a maior qualidade de Planetes em relação aos personagens é a própria interação deles.
Se nos casts da Trilogia Pessoa de Bem (romance, família e amizade) temos uma dimensão do quão trabalhoso pode ser a construção e o desenvolvimento dos personagens de uma narrativa, aqui temos um exemplo de como uma história pode cumprir esses três aspectos de forma mais que satisfatória. Podemos usar os protagonistas como exemplos disso:
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Romance:
No caso de Yuri, vemos como o luto de sua esposa impactou na sua vida por anos, e como ele foi gradativamente superando-o.
No caso da Fee, vamos conhecendo um pouco sobre a relação dela com o seu marido, que é dono de casa. Apesar de a esposa exercer uma certa autoridade sobre o conjugue, é bastante nítida a confiança mútua que eles possuem.
No caso do Hachimaki, temos a relação dele com Tanabe se consolidando ao longo dos capítulos, dando destaque para a importância que ela teve para fazê-lo perceber a impossibilidade do ser humano de viver como uma ilha.
(A cena do pedido de casamento é a minha favorita)
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Família:
Quando conhecemos a família de Fee, não descobrimos apenas os nomes e a aparência deles, mas todas as dinâmicas que os cercam, como a relação de distanciamento que ela possui com o seu filho devido ao trabalho que ela exerce, e o atrito que se desenvolve entre os dois pelo hábito do menino de adotar os cães que encontra pelas ruas. É interessante notar como esse conflito faz com que Fee se recorde de seu passado e a ajude a resolver um dilema que ela enfrentava no presente.
Já a família de Hachimaki é uma divertida bagunça. Todos os seus membros possuem uma certa quantia de camadas, o que torna a interação deles muito realista. Não apenas no sentido de servir de escada para o desenvolvimento do protagonista, mas também de mostrar coisas que simplesmente são humanas, como um almoço em família. Um destaque especial para o pai do Hachimaki, cuja personalidade desprendida faz um belo contraponto ao jeito que o filho encara a vida.
E como o mangá não detalhou nada sobre a família do Yuri, quero apenas comentar que a família da Tanabe serve como um bom plano de fundo para a personagem, que poderia ser mal interpretada como “namoradinha do protagonista”, mas a relação dela com os pais mostra muito bem como uma boa relação familiar pode fazer com que um indivíduo consiga se tornar um adulto saudável e capaz de sentir empatia com o próximo.
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Amizade:
E por último temos a própria relação entre Fee, Yuri e Hachimaki, que é marcada por um grande companheirismo entre eles. Um companheirismo capaz de lidar com os defeitos de cada um, de ajuda-los a superar as dificuldade do momento, de saber o momento de deixar o amigo em paz , e de apoiar o outro durante a tomada de suas próprias decisões, mesmo que elas possam afasta-lo por algum tempo.
………
Então, como podem perceber por esse texto que aborda um único aspecto do mangá, eu gostei muito de Planetes também.
É ele, o Pegaso do Aoquadrado.
Guguliberal.
Slowpoke Report: Koe no Katashi (filme)
Poxa vida, que filme Bonito. Eu não sei até que ponto ele é fiel ao mangá, mas eu realmente gostei muito dessa adaptação. A qualidade da animação, da trilha sonora, e das transições entre as cenas realmente imoressionam. Mas o que mais toca é a sensibilidade do filme em mostrar a relação dos protagonistas ao longo do tempo.
Essa relação vai muito além de “um gostar do outro”. São pessoas tentando estabelecer uma conexão entre si, enquanto tentam lidar com os seus próprios conflitos. E são conflitos reais, e que realmente os influenciam.
Em geral, parece que não são muitas as obras que abordam a depressão do ponto de vista de quem quer (mas não sabe como) ajudar. E Koe no Katashi também aborda isso. Ele mostra como é difícil mostrar para alguém o valor de sua vida quando nem você mesmo tem certeza do seu. Como é difícil se manter firme quando você fracassa em ajudar a pessoa que você gosta. E como também é necessário ser ajudado para que você consiga ajudar o próximo. Acho que talvez esse seja o aspecto mais sensível do filme.
Falando de alguns detalhes interessantes, Koe no Katashi é um ótimo exemplo de história que reconhece e valoriza a importância da família, enquanto elemento para o aprofundamento/desenvolvimento de um personagem. Isso se dá tanto pelos momentos mais dramáticos do filme (como quando a mãe do protagonista pergunta por que ele tentou se matar), quanto pelas cenas mais sutis possíveis (como quando a irmã da protagonista percebe a empolgação dela pelo jeito que ela balança as pernas na cama).
Tendo uma temática tão relevante, é louvável que Koe no Katashi tenha mostrado o ponto de vista dos familiares.
Então, para concluir, eu acho essa uma ótima adaptação, pela execução de sua proposta e pelos outros pequenos detalhes que você vai percebendo aqui e ali… Eu terminei o filme satisfeito, e, sobretudo, feliz.
Tenho certeza de que ainda verei essa obra mais vezes.
Não há nada de errado em desejar uma vida tranquila…
Slowpoke Report: Yokohama Kaidashi Kikou
Cunhado por guguliberal como “o mangá mais simpático do mundo”, Yokohama é uma história repleta de personagens que cativam simplesmente por serem eles mesmos. Alpha, em especial, é um amor de pessoa. Até eu iria naquele café para conversar com ela, se pudesse.
Por mais que soubesse sobre o que o mangá se tratava, confesso que demorei um pouco pra saber o que esperar dele, por nunca ter lido um “real slice of life”. Então, por várias vezes, eu fiquei confuso se eu deveria aguardar por uma explicação sobre os robôs daquele mundo ou só entender que as coisas são porque são. Mas vendo capítulos como a Alpha receber um convidado e simplesmente conversar com ele, foram me ganhando gradativamente. E sendo bem direto, os capítulos dedicados à Alpha e Kokone juntas são os melhores.
Entretanto, é interessante ver o ponto de vista dos outros personagens sobre aquele mundo. O fato de Alpha ser o tipo de “pessoa” que prefere ouvir a falar contribui muito para que conheçamos os indivíduos que a rodeiam. Ver os idosos contando de seus tempos de juventude é algo honestamente interessante. Ver as crianças aproveitando essa fase de sua vida é algo maravilhoso. Pode-se dizer que ver uma personagem que aprende com os outros faz com que o leitor também aprenda.
(Ao menos foi o que aconteceu comigo).
E sobre a transição do tempo do mangá, é algo que pra mim está entre o confuso e o genial, por sintetizar aquela frase de que “o tempo voa” de uma forma quase literal. As coisas acontecem mais rápido do que parece. Deve ser por isso que disseram pra ler o mangá aos poucos…
Mas eu acabei lendo em uma semana kkkk
E o traço do mangá (e sua colorização) é a representação máxima da “elegância da simplicidade”. A cada capítulo lido, as coisas simples se tornavam um pouco mais bonitas do que antes…
Ah, acho que eu também vou querer trabalhar num café desses algum dia.
Mas se possível, num que atraia mais clientes.
PS: é impressão minha, ou aquele bixo era um lagarto alado usando óculos?