Mangá² #210 – Intersecção – Jogos

Sejam bem-vindos ao episódio 210 do Mangá², o podcast semanal de mangás que é hipster com games também..


Neste programa, Judeu Ateu, Estranho, Luki e Leonardo fazem mais um episódio de Intersecção. Um quadro no qual fazemos recomendações recomendadas em cima de outras recomendações recomendasticamente recomendásticas. Desta vez sugerimos mangás em cima de jogos e vice-versa.

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Cronologia do episódio
(00:20) Intersecção – Filmes
(56:30) Leitura de Emails

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13 comentários

  1. Slowpoke Report: Goodnight Punpun

    Finalmente terminei Punpun (e o cast de Punpun) e só não merece um 10/10 por causa do Pégaso (e vocês reclamavam da ‘namoradinha’ do Amamiya, que aparece no vol 1 de Hoshi no Samidare).

    Uma coisa interessante sobre a obra são os foreshadowings presentes em vários momentos. Por não tê-los percebido, minha cabeça explodiu várias vezes durante o podcast.

    Outra coisa que me cativou muito em Oyasumi Punpun foram as páginas duplas muito bem utilizadas, que dão grande ênfase às expressões de alguns personagens, além de mostrarem os cenários com um detalhamento tão grande que me faz emergir ainda mais na história.

    Entretanto, o que mais me agradou nesse mangá foi a ‘jornada’ da Sachi rumo à carreira de mangaka. Muitos dos diálogos e pensamentos que ela tem mostram as dificuldades de se viver como um artista (como o fato de ela ter que editar o mangá pq o editor não gostou). Ainda assim, Sachi também mostra como a arte pode ter impacto na vida das pessoas, não apenas para os que a consomem, mas também para quem a produz. Um exemplo disso seria quando ela comenta sobre a pintura da ‘Via Láctea’ com o Punpu e, depois disso, ele escreve sobre a vida dele no caderno de “Dê sua opinião sobre a pintura”.

    Finalizando, minha cena favorita é a cena da Sachi e Punpun brincando na neve em um dos bons momentos do casal.

  2. Como grande entusiasta de joguitos eletrônicos (mais até do que sou de quadrinhos, possivelmente), não podia deixar passar batido comentar um programa desses, então lá vai…

    Hoshi no Samidare combina mais ainda com Persona do que 20th Century Boys. Eu diria que especificamente o Persona 3 combinaria com ele, principalmente o 3 por eles treinarem o tempo todo enquanto esperam os inimigos mais fortes se aproximarem até chegar no último (e o destino do mundo também está em jogo nas duas histórias).

    pra BLAME! eu já tinha pensado em Dark Souls antes mesmo de o nome ser mencionado no podcast, mas não pensei pela arquitetura dos locais, e sim pelo clima de “viagem solitária”, onde você não sabe quem é amigo, inimigo e não sabe exatamente pra onde tá indo. É meio que insistência no meme, mas, IMO, não tem muito como fugir disso quando se compara os dois. Pensei em Dead Space também, mas se fosse pra fugir de Dark Souls, eu apostaria numa escolha mais segura que é Metroid Prime, mais especificamente o Prime 1 mesmo, ou talvez forçando um pouco a barra, o 2 também. A atmosfera de sci-fi, solidão e mundo desolado com estruturas gigantescas, orgânicas ou não, de Metroid combina perfeitamente com o que há em Blame.

    Pro caso de 20th Century Boys, a primeira coisa que me veio na cabeça por algum motivo foi um Heavy Rain da vida ou o trabalho do David Cage num geral, mas eu detesto Heavy Rain e os jogos do cara então se for pra recomendar um bom jogo que talvez lembre 20th Century Boys eu iria por outro caminho. Vocês falaram de Persona 4, mas se fosse pra relacionar ele com algum Persona, eu relacionaria ao 5 mesmo, ou até a algum jogo da série principal de Shin Megami Tensei, como o 1 ou o 2 (um pouco longe mas acho que dá pra relacionar). Mas com 20thCB o caminho mais seguro é um JRPG mesmo, apesar de que eu escolheria outra coisa, tipo um Metal Gear Solid, sobretudo o 2, que tem toda uma história sobre conspiração por trás e a escala cresce a níveis inacreditáveis.

    Pro Hotel que foi meio foda porque eu realmente não consegui pensar em nenhum jogo que eu já tenha jogado que possa parecer com ele o bastante pra ser uma recomendação, só lembrei de outro mangá que, especificamente foi a história do volume 2 de Hi no Tori, chamada “Future”, que é um conceito bem parecido com o de Hotel. Quando se fala em Hotel eu lembro de toda a passagem de tempo dos milhões de anos e o mundo mudando, então, vagamente eu puxo Terranigma, um JRPG meio obscuro do SNES que tem uma vibe meio parecida. (É, eu nem sabia que jogo era The Fall, na real. Só reconheci o que era quando pesquisei em casa depois de ouvir o programa)

    No próximo comentário devo fazer os meus palpites pro lado inverso, só tô encerrando este aqui agora pra não ficar uma parede gigante de texto, lol.

  3. CONTINUANDO… Agora fazendo o caminho reverso…

    Eu fiquei um tanto surpreso que não vi Koroshiya Ichi (ou “Ichi the Killer” se preferirem chamar assim), do Hideo Yamamoto, sendo citado quando vocês falaram de Hotline Miami. Porque em quesito de violência e ritmo frenético, Ichi foi de imediato a primeira coisa que vem na minha cabeça quando se é pra comparar Hotline Miami com algo de outra mídia dessa forma. É a mesma pegada de história movida a superviolência extrema num ritmo alucinante do começo ao fim que chega a ser meio hipnótico. Falo isso porque eu comecei lendo Ichi como quem não queria nada e fiquei tão entretido com a história que eu li os 10 volumes de uma vez só numa madrugada muito louca. É uma bad trip do caralho (que foi levada a outro nível na adaptação cinematográfica do Takashi Miike), e Hotline Miami aconteceu algo parecido comigo quando joguei. Em mangá não tem música pra esse artifício funcionar, mas em Hotline Miami um pequeno toque me fez perceber o quão hipnótica é a trilha sonora dele pra reforçar o ritmo do jogo, e esse toque é a “arranhada de disco” que acontece quando você mata o último inimigo de alguma fase e a música alucinante dá lugar a um silêncio profundo enquanto você vê aquela pilha de corpos que você fez durante a fase. Koroshiya Ichi tem vários momentos exatamente assim e é por isso que acho os dois tão parecidos (aliás, recomendo bastante caso não tenham lido o mangá, apesar de ser bem “não é pra todo mundo”). Eu já pensei vagamente em Hotline Miami quando lia The World is Mine, do Hideki Arai, mas acho que o escopo de Ichi combina bem mais e TWiM é mais “seco” (outro mangá que por sinal indico a todos que leiam com a mesma ressalva).

    Eu particularmente não gosto de Assassins Creed (o único que me dei o trabalho de jogar inteiro até hoje foi o IV e me deixou saturado o bastante da série), mas foi bom vocês terem lançado ele na discussão porque eu fiquei bem curioso pra ver no que daria, mas nessa vibe toda de “fatos e ambientação históricos” e tal, eu pensei no The Innocent do Sakamoto Shinichi, que eu não li ainda, mas foi a primeira coisa que me ocorreu quando pensei nele enquanto ouvia o podcast. Mas tá ok, pode ser Historie também.

    Agora pra Shadow of the Colossus eu pensaria em alguma jornada mais minimalista, porque o minimalismo e a sensação de mistério e organicidade daquele mundo são as primeiras coisas que me vem à mente quando lembro de Shadow of the Colossus (e fatalmente as coisas que mais amo nele. É um dos meus jogos favoritos da vida também), e nesse caminho, BLAME! é o que me vem à cabeça, mas pra não repetir eu iria de Arion (do Yasuhiko Yoshikazu, co-diretor do Gundam original e que, por uma conveninência do destino, fez mangá também), que nem é tão minimalista, mas acho que lembra um pouco por causa da jornada do herói em busca de salvar alguém que é importante pra ele, e a cada vez mais enfrentando inimigos mais poderosos. É um mangá inspirado diretamente em mitologia grega então a história dele segue esse ritmo de clima trágico, que Shadow of the Colossus tem em alguns momentos principalmente lá pro final.

    The Beginner’s Guide foi literalmente a única das sugestões propostas que eu nunca nem li/joguei (confesso que nunca tive muito interesse de ir atrás também, mas sei que fatalmente vou acabar jogando isso algum dia, é inevitável) então não tenho como falar muito sobre, mas se ele segue essa pegada meio “meta”, o primeiríssimo que me vem é o “Jun Fantasy World” do Shotaro Ishinomori que é literalmente, sem tirar nem por, um mangá sobre o próprio Ishinomori fazendo mangá, mas numa narrativa meio poética. É um dos meus trabalhos favoritos do cara e quando se fala em metalinguagem, ele é provavelmente o maior caso disso que eu conheço em mangás, ou pelo menos que o faz de forma eficiente e memorável. Caso não tenham lido, fica aí a dica, é bem curtinho e tranquilo de ler, apesar de que eu recomendaria ter algum nível de familiaridade com o trabalho do Ishinomori antes pra experiência ser melhor.

    No mais, ótimo programa, espero que role mais um desse no futuro porque curti a pegada.

  4. Meio atrasado, mas terminei de ler ping pong, e não foi uma das minhas melhores experiencias de leitura, parei varias pois esta bem maçante a historia alem do fato de me incomodar bastante o traço do matsumoto. E tambem achei uma merda a mensagem passada em certos pontos da historia de “foda-se o seu esforço”

    Só comecei a me importar com o mangá com o retorno do peko, pois foi algo que me surpreendeu não esperava que esse personagem fosse dar a volta por cima, o final eu curti bastante.

  5. Eu fiquei muito feliz quando o Judeu recomendou Inside com relação a Blame, puta que pariu. Tô acompanhando Blame pela JBC e joguei Inside recentemente, e adoro os dois pelo mesmo motivo: esse mundo tão enorme, tão indiferente, tão incompreensível. 10/10 nessa aí.

    Billy Bat com relação a Assassin’s Creed foi por um lado genial e por outro nada a ver. O plot parece igual mesmo (fiquei chocado ao descobrir inclusive), mas não imagino que o Urasawa aplique muito do clima de ser um assassino bunda-má que é tão importante pro jogo. Acho que uma recomendação boa seria Claymore? Cenário meio histórico (é inspirado na Idade Média), protagonista mega cool que assassina bixos. O arcozinho da cidade sagrada é basicamente Assassin’s Creed. O mangá vai por caminhos bem diferentes depois, mas acho válido ainda.

    Also, parabenizando o Judeu de novo, a trilha sonora desse podcast ficou excelente. Chiptunezinho lindo e uma das melhores músicas da AJJ. Adorei.

  6. Apenas um slowpoke report: lendo golden kamuy. Essa mistura de cenas meio gore, culinária e ensinamentos didáticos sobre cultura ainu me pegou de surpresa lol

  7. Slowpoke Report: Spirit Circle

    Essa foi, sem sombra de dúvidas, a leitura mais emocionante que fiz, desde onani master kurosawa. Spirit Circle me causou todos os tipos de sensações que eu poderia imaginar. Muitos ganchos, muitas cenas emblemáticas, personagens cativantes, um humor leve e inocente. Mizukami fez um excelente trabalho.

    A vida que mais gostei também foi a do Vann. Ver a passagem da vida dele mostrou muito da vida real: Injustiças dos dois lados, momentos de tédio/solidão, relacionamentos simples, mortes COMUNS…Tudo isso em míseros 3 capítulos.

    Se esse mangá vir pro Brasil um dia, eu o comprarei de imediato.
    Mais uma vez, obrigado pela recomendação, Aoquadrado.

  8. Concordo com a maioria das escolhas, com claro pequenas ressalvas. É de fato um tiro no escuro você achar que uma pessoa pode gostar de algo porque ela gostou de outro algo que coisas parecidas. Um bom exemplo disso seria o meu Pai, gosta de histórias de Ficção Cientifica e Detetivescas, mas n gosta de Sherlock Holmes e Star Trek ou Battlestar. O meu Ponto é, depende de pessoa para pessoa Mesmo!
    Ainda sim a ideia do programa é boa, mas e se por um acaso a pessoa goste de jogos de estratégia, tipo um bom e velho Civilization, como eu no caso? Que tipo de mangá se assemelharia aos aspectos de Civ?

  9. Hmmm, tentei seguir a linha de raciocinio de vocês aqui na minha cabeça e, infelizmente não consegui chegar a um mangá que fosse interessante para quem tenha jogado a série Disgaea Por exemplo!

    Só pra contextualizar a série Disgaea é uma série de Jogos de SRPG (S = Strategy) alá Fire Emblem, só que com, muitas, Mas MUITAS, ferramentas para você optimizar qualquer coisa, se pode fazer um guerreiro que solta magia, rouba todo mundo que só esquiva e ataca com pistolas, esse é o nível de liberdade de Disgaea! É uma série não de grandes roteiros, seu ponto forte além da liberdade de sistemas de in game, o que faz a série brilhar são seus personagens, muitos inclusive os secundários tem Temas próprios, mesmo personagens que “únicos” que usam um personagem criável genérico como base para a história (Exemplo Barbara de Disgaea D2 é uma Heavy Knight com Cabelo verde) Ainda sim tem seus momentos que os tornam bem únicos. Além disso a série em si está ciente de si mesma, ela vai muito pro lado da paródia de animes e mangás em geral, um clássico exemplo disso são suas aberturas, se vocês procurarem no youtube vocês verão que ela segue um padrão de quais animes estão fazendo sucesso no momento.
    EX: Disgaea 3 Segue uma coisa Meio Soul Eater com escolinha, e Disgaea 5 uma coisa mais ‘épica’ e grandiosa, uma abertura alá Shingeki no caso.
    Que tipo de mangá funcionaria nesses casos?

  10. Slowpoke Report: Ping Pong

    Nunca imaginaria que me surpreenderia tanto com um mangá de esporte. O timing de Ping Pong consegue impressionar mais até que o seu design ‘alienígena’. As partidas são muito fluídas; virava a página em menos de 10 segundos pra ver quem faria um mísero ponto. Apesar de não ter me empolgado tanto no começo, as pequenas coisas desse mangá me farão ter boas recordações dele.

    Destaque para os personagens que não são muito desenvolvidos, mas quando falam ou fazem algo, fazem com que você se importe com eles o bastante. Fica sugerido os dramas que alguns deles enfrentaram no passado (como o treinador do ‘Sorriso’), mas isso não é enfocado, pq não é esse o ponto de Ping Pong; e o autor se manteve fiel a isso durante todos os capítulos.

    Finalizando, o mangá tem um final muito condizente com a temática dele, o que fecha mais uma obra 10/10 em qualidade.

    PS: Quando fairy tail acabar, façam um desabafo sobre o final “EXCELENTE” dele.

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