Mangá² #203 – Os Limites da Arte

Sejam bem-vindos ao episódio 203 do Mangá², o podcast semanal de mangás que provavelmente tem alguns limites sim.


Neste programa, Judeu Ateu, Estranho e Leonardo fazem mais um episódio clássico do mangá², desta vez comentando sobre debates morais e éticos das mídias que consumimos, afinal qual é o limite da arte?

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Cronologia do episódio
(00:20) Os Limites da Arte
(38:00) Leitura de Emails
(55:00) Recomendação da Semana – Mousou Telepathy

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17 comentários

  1. Acho complicado discutir se um autor deveria fazer sua obra de uma forma X ou Y. Afinal de contas, a arte é um reflexo de quem a cria. Desde os primórdios a arte é uma forma de o ser humano expressar o que ele é e por isso que se pode dizer muito sobre uma sociedade através da análise da produção artística.
    Um autor não pode colocar numa obra algo que ele não é. O autor de Death Note provavelmente possuí aqueles valores machistas enraizados na sua estrutura moral e portanto não conseguiria escrever a obra de outro jeito. A obra é uma impressão digital do autor.

  2. aku no hana comecei a ler pro podcast, e ate onde li é um roteiro de hentai, serio já vi uma dezena de hentais com esse exato roteiro, espero que melhore nos próximos volumes.

    Eu como artista defendo que a arte não deve ter limites, sobre a questão se tal coisa na arte é certa errada ou mesmo necessária já é outra discussão.

    è claro que apesar da arte não ter limites a lei tem , tipo por exemplo vamos supor que um artista não goste de você e faça uma obra que intencionalmente ofenda a sua pessoa, você tem o direito de processar esse artista.

  3. Eu também penso que na ficcão não há limite, portanto o limite da arte seria quando ela se torna um crime, como essa história do cachorro. Se um personagem em uma história qualquer fizesse isso, minha reação ia ser a mesma, a diferença justamente seria que eu saberia que aquilo nao aconteceu de verdade.
    Só é mais complicado quando envolve figuras reais. Talvez se você pegar um South Park da vida, ele já deve ter passado do limite, legalmente falando. Eles fazem na zoeira e levar tudo na brincadeira seria o ideal, mas também nao culparia alguém de ficar ofendido.

  4. Se arrisca ou fere à vida. Já passou do limite de qualquer coisa.
    O caso do rabo de cachorro é impassável sobre qualquer esfera.

  5. Então, a Arte possui um papel transgressor de fomentar a reflexão, então provocar faz parte da arte.
    contudo:
    – A provocação possui contexto, necessidade e afins?
    – quais valores são provocados? são valores positivos, benéficos? ou são valores nocivocs?

    Quando a provocação é desnecessária, ou os valores são nocivos, então eu considero que já esta saindo dos limites da Arte.

    Sobre as obras de Tezuka, cabe também analisar a data e o contexto da época enquanto a mesma foi feita. Então eu não acho certo modificar a obra. Mas acho necessário contextualizar, coisa que as edições da New Pop fez bem em Kimba e Metropolis colocando uma página no começo da obra contextualizndo, A obra foi feita em X época, contexto tal, pronto, simples.
    Hoje escravidão é inaceitável, mas a dois séculos atrás nem tanto, mesmo assim quando eu leio um livro com mais trezentos anos e vejo escravidão, eu tenho senso de época. Cabe observar também esta relação Arte X Sociedade.

  6. Sobre a criação do autor, eu acho que a autor deve pensar:
    – Pra que eu estou fazendo isto?
    – É necessário?
    – Quais os efeitos que isto vai causar?

    A partir desta respostas ele decide se faz ou não e como faz.
    Por exemplo, se a tortura tem serventia na obra, se é importante, se vai provocar reflexaão nas pessoas, ok, vai faz. Se não é só gratuito, , só porque é gráfico, não.

    Eu concordei muito bem com o Judeu.

    Até mesmo por citar Berseck, o estrupo do Gatts lá no começo, foi interessante para a construção do personagem, não foi sexualizado, a cena foi grotesta mais não gratuita demais. ok. Mas o da Caska, ele gastou mais de dez páginas, com muitas cenas que beiram um hentai (com até mesmo mamilos realçados com briilho), ou seja, algo que poderia ser interessante para a construção da obra, virou só um trophy.

    • E ainda por cima, se ele tivesse deixado 100% claro que aquela foi de fato uma uma experiência traumática pra Caska, ficaria muito mais suave a transição dela ficando como ficou. A cena no geral também ficaria bem mais chocante pro próprio leitor e o Griffith ficaria muito mais vilanizado.

  7. Acho que o limite da arte não deve ser o limite se a ação é ou não legal, uma vez que que a lei por si também não deve ser parâmetro moral, por exemplo a segregação racial era legalizada até 1960. acho que o uso de violência e sexualização deve ser bem pensado , depois revisto, depois pedido conselho a alguém e depois visto um colega, por que acaba sendo desnecessário o uso de sexualização neste meio dos mangás, o que tem de peito e calcinha só por ter não é real, desta forma acho que a priori a arte não tem limite, muito menos bom senso. a arte serve a algum propósito além de expressar aquilo não temos outra forma de experiênciar, nossos mais louco e blasfemos desejos? acho que fica como reflexão?

  8. No final do podcast o Judeu disse que 160 foi um preço alto demais por Nier, o que me deixou inconformado (kkk), não sei se foi mensurando o “preço” que a obra vale, ou mera questão de negócio. Enfim, daria um ótimo tema de podcast discutir sobre valor da arte, relação do preço/experiencia.

    • Isso estava na agenda e já era pra ter sido gravado, mas vou relevar em primeira mão que fui PODADO nesse tema! Se soubessem o que rola na planilha de temas do Mangá², ficariam enojados.

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