Sejam bem-vindos ao episódio 162 do Mangá², o podcast semanal sobre mangás cujo epílogo não fechará as pontas soltas.
Neste programa, Judeu Ateu e Estranho se reúnem novamente para desta vez conversar sobre o papel dos epílogos nas obras. O que é, quando é bem utilizado, quando é mal utilizado, quando não é utilizado… enfim, um Mangá² convencional tirando leite de pedra.
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Sugestões de pauta, sugestões de leitura, dúvidas, elogios, críticas, qualquer coisa! O email para contato é: contato@aoquadra.do
Cronologia do episódio
(00:33) Epílogo
(33:30) Leitura de Emails
(48:30) Recomendação da Semana – Hideout
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Que susto com esse título! haha
– Só quero dizer, que achei genial Black Star como trilha desse podcast.
Só quero dizer que um “Segunda Potência – Mixtape: David Bowie” caia muito bem, inclusive o de SKA foi excelente.
Não manjo muito de Bowie, e acho que o Judeu também não, então difícil rolar.
Ainda não escutei, mas já preparado para os esculachos (merecidos) ao epílogo de Naruto haha
Um mangá que resolveu esse lance de “sobrou espaço no ultimo volume” de uma maneira que eu gosto é Banana Fish. Ela fez dois one-shots relacionados ao mangá (e um deles é um epílogo bem daqueles “o que aconteceu 10 anos depois) e colocou junto. Se bem que o final desse mangá me deixou tão sentida que eu nem consegui ler na primeira vez 😦
Sobre Aku no Hana, o final foi péssimo em fazer entender a Sawa.
Ao invés de explicar, ela dizer algo, o autor se limita a mostrar um daqueles clássicos closes dele de personagem fazendo uma careta.
Tudo bem, ela poderia permanecer como um mistério, ela poderia continuar vivendo a vida dela sem mudar muito a personalidade. Não sabemos, testamos imaginar. Mas então vem o epílogo… só para acabar com o mistério mostrando que a Sawa tinha ficado “daijoubu” com o tempo.
Vocês falaram que não conheciam nenhum mangá que a historia acabou no climax, sem ter epilogo nem nada depois, mas na verdade vocês já fizeram um podcast dedicado a esse mangá, que é uzumaki, onde a historia acabada e é isso, e não tem nada depois.
Um ótimo exemplo é devilman onde no capitulo final temos a tão esperada batalha final entre o protagonista e o vilão e a ultima pagina é a conclusão , tipo seria o equivalente se a ultima pagina de naruto fosse aquela com os dois caídos sem braço
Existem casos onde o mangá acabou mas faltou algumas paginas pra fechar o volume, tipo o mangá de slayers, onde eles dão o golpe final no vilão e ai acaba a historia, mas faltou umas 15 paginas pra fechar o volume então o autor ligou o foda-se e fez um episodio de praia como epilogo que não acrescenta porra nenhuma a historia
No caso de naruto aquele epilogo foi necessário pois o mangá tambem trata da questão das gerações então nada mais natural que mostrar a nova geração.
E por fim um exemplo ótimo de como se usar um epilogo foi em um anime de mecha, no qual no ultimo episodio o protagonista se sacrifica explodindo a nave mãe do Exército inimigo pra que assim seu povo tenha uma chance de vencer aguerra, em seus últimos segundos de vida ele pensa “sera que a minha morte não sera Inútil, sera que no futuro lembraram do meu sacrifício”, e ai temos o epilogo onde temos no futuro uma estatua gigante do protagonista e um velhinho(que é o melhor amigo do protagonista) conta pra umas crianças a historia do herói que se sacrificou pra que pudessemos vencer a guerra. Nesse caso achei muito bem aplicado o epilogo pois faz uma rima temática alem de mostrar que o sacrifico do protagonista não foi inultil.
e queria saber o que estão achando de toriko atualmente
A unica obra dentre todas as mídias que eu lembro de não ter epílogo é o filme Whiplash em busca da perfeição, ele acaba exatamente no clímax.
Alguns pontos importantes que eu acho que mereciam ser citados é:
Primeiro, se todo epílogo tem que ser um time skip – se precisa realmente se passar uma quantidade de tempo considerável entre o fim e o epílogo.
Outro ponto, que eu discordo um pouco do que vocês falaram, é que eu não acho que epílogos sirvam pra “amarrar pontas soltas” (eu odeio essa expressão): um bom epílogo, por ser o oposto de prólogos e flashbacks, deve servir pra dar uma noção melhor da causalidade da narrativa.
Se nos prólogos e flashbacks são mostrados eventos que deram início a outros eventos, nos (bons) epílogos nós vemos as consequências das ações dos personagens: o que acontece com o mundo depois que o supervilão foi derrotado? Tudo volta ao normal, mas de que maneira? Ou acontece que nem em Star Wars, em que a explosão da Estrela da Morte *não* resolve magicamente todos os problemas?
E o fanservice, por sua vez, entra um pouco nesse último ponto. É importante, narrativamente falando, que os personagens tenham sido afetados – tanto “materialmente” quanto psicologicamente – pelo desenrolar final da narrativa, senão vira Turma da Mônica (em que o universo é resetado ao final de cada história). É claro que fazer isso *só* pelo fanservice, sem mostrar nenhum desenvolvimento de personagem (como foi o caso de Naruto, por exemplo), é ruim. Mas por si só, eu não considero negativo.
Quanto a outras mídias, o livro “Perdido em Marte” terminou no clímax (diferente do filme que teve um epílogo tosco) e achei mt bom, visto qe qq epílogo ali seria algo meio infantilizado (tp naruto ou harry porta); de qq forma é realmente difícil uma obra sem epílogo mesmo em obras mais cult (onde o autor se sente mais livre pra deixar as informações no ar) e acho qe o fato de nos sentirmos estranhos ao encontrar uma obra assim é mais questão social que natural. Por fim, ótimo programa e continuem com o ótimo podcast
Ah, quanto ao Hideout me espantei com a indicação, foi a primeira indicação que eu já tinha lido antes; o li na sequência de green blood alguns meses atrás; achei uma obra boa, o autor utiliza bem os recursos do gênero, não entrega td de cara (ainda que não hajam grandes descobertas), infelizmente não tive como indicar pra meus amigos próximos pois nenhum deles gosta de suspense.
[…] Mangá² desta semana, o tema foi o momento derradeiro dos mangás, o epílogo. Dois exemplos muitos citados foram Naruto […]
Eu não tenho muito o que falar pois não tenho muitos exemplos e os que tinha já foi citado no podcast, mas posso citar Holyland como um exemplo de um epílogo bom, com toda a parte da reflexão do protagonista sobre seu lar (as ruas) e missão de vida. Se tratando de animes, posso citar dois: Shigatsu wa Kimi no Uso, cujo último episódio temos o clímax e um pequeno epílogo. Os simbolismos fazendo referência a todo o desenvolvimento dos protagonistas foi demais e o epílogo também. Outro exemplo que uso é Space Dandy, o final termina exatamente no clímax e é genial. Terminando com um comic, a Saga do Tio Patinhas tem uma história que funciona como epílogo da saga principal que se chama “Uma Carta de Casa”, é simplesmente um dos melhores finais que já vi e uma das melhores histórias também, a profundidade desta supera muitos quadrinhos adultos.
OBS: Achei muito bom o posto do Leonardo Souza sobre a comparação dos epílogos de Naruto e Hoshi no Samidare, é exatamente o que eu penso.
Dois exemplos de obras que acabam no ápice são Cowboy Bebop e Whiplash. O final de ambos é temático, já que no caso de Cowboy o Spike está querendo ver se está vivo ou apenas sonhando, e ele consegue isso na cena final, e Whiplash o objetivo do protagonista durante o filme inteiro é brilhar como baterista, e o filme acaba no momento que ele consegue.