Quando Jogos Vorazes surgiu, parecia apenas mais uma tentativa de criar uma franquia adolescente de sucesso no cinema. O estúdio teve sucesso e rapidamente Katniss ganhou o coração de multidões, garantindo uma vida saudável para o resto da série. Ao longo dos quatro filmes, adaptados dos livros de Suzanne Collins, o tom da narrativa se tornava cada vez mais maduro e político, representando um possível interesse dos jovens em assuntos mais relevantes do que os dramas adolescentes de Crepúsculo ou o maniqueísmo temático de Harry Potter (o que não é uma crítica ao último). Porém, para minha tristeza, a sala de cinema onde assisti o capítulo final da saga, lotada de adolescentes, aplaudiu o filme seis ou sete vezes, sendo que apenas uma das vezes a cena não envolvia um beijo ou um “eu te amo” óbvio.
Os fãs ou o rótulo de “filme adolescente” podem distanciar muitas pessoas desta série de filmes incríveis por simples preconceito, mas asseguro que a jornada de Katniss e companhia vale o esforço e surpreende até mesmo quem já espera um filme maduro e sombrio, destruindo qualquer rótulo simplista. Deixo claro que não li nenhum dos livros e abordarei apenas os filmes, inclusive porque alguns pontos funcionam apenas pelas características do mercado cinematográfico. Discutirei alguns dos motivos que fazem de Jogos Vorazes uma obra tão especial e, quiçá, revolucionária.
Jogos Vorazes conta a história de Katniss Everdeen em Panem, uma nação constituída de 12 distritos controlados por uma Capital autoritária, forçando todos a trabalharem para provê-la em um sistema injusto e elitista. Para mostrar o poder e manter a autoridade sobre os distritos, a Capital faz anualmente um reality show, que dá nome a saga, onde dois jovens de cada distrito devem ser mandados para uma arena onde apenas um pode sobreviver, ganhando uma posição mais alta na sociedade e um ano de comida para seu distrito. Ela acaba envolvida em tramas políticas e em um levante contra a Capital, se tornando o símbolo de uma possível rebelião. Esta análise contará spoilers leves, exceto nos últimos parágrafos sobre o final, portanto quem nunca ouviu falar dos filmes ou dos livros só deve continuar caso não se importe em perder uma ou outra surpresa. Leia por conta e risco.
O Dilema de Katniss
Desde o primeiro filme, o menos memorável de todos, era possível perceber uma personalidade forte e complexa em Katniss Everdeen, interpretada por Jennifer Lawrence. Apresentada como uma jovem que se importava em primeiro lugar com sua família, mas longe de ser uma heroína que ajuda todos os fracos e oprimidos, ela ganha tons de altruísmo e cativa o público, tanto dentro quanto fora do filme. Internamente, porém, a moça sempre manteve uma forte dose de egoísmo, sendo até desagradável e cruel com as pessoas a sua volta, focada em proteger o que é seu e aquelas poucas pessoas que conquistaram sua confiança e seu duro coração.
Ao entrar no mundo da mídia, participando dos jogos e se tornando uma figura pública a ser admirada, ela precisa mascarar sua frieza e soar como uma pessoa muito mais heroica e amável do que é. Sua complexidade começa a se revelar quando a fronteira entre a atuação e a realidade se enfraquecem. Ainda que seja uma pessoa desagradável, Katniss é bondosa e não consegue aceitar as injustiças que presencia ao longo de sua jornada, agindo para combatê-las e, por seu egoísmo, se arrependendo em seguida.
Este se torna seu dilema, algo bastante identificável e importante para qualquer pessoa minimamente altruísta: Viver para si, cuidando de seus próprios problemas e ignorando as mazelas do mundo ao redor, ou viver pelo mundo, sacrificando felicidade, sanidade e a própria vida por uma causa comum. Conscientemente, Katniss sempre escolhe sua causa pessoal e própria, repetindo que nunca quis se tornar um símbolo ou alguém admirável, principalmente depois dos horrores que presenciou. Porém, há sempre este traço de heroísmo inerente de sua personalidade, produto de seu zelo por sua mãe e sua irmã. No momento em que Katniss reconhece a humanidade das pessoas, com a mesma vida turbulenta e os mesmos sentimentos puros de sua irmã, Prim, ela percebe que todos são como sua família e todos precisam do mesmo tipo de zelo.
Esta dualidade é explorada ao longo dos filmes com traumas recorrentes, nunca deixando seu altruísmo ou seu egoísmo tomar total controle dela, com eventos que a deixam mais preocupada com seus entes próximos intercalados com eventos que relembram porque ela deve combater a Capital e salvar Panem. Seus atos heroicos são sempre passionais, decisões tomadas sem planejamento e energizadas por uma motivação interna, fazendo com que ela nunca tome partido de nenhuma ideologia política, já que os dois lados da guerra são capazes de atrocidades. Seu lado revolucionário está em constante luta contra seu lado reacionário, de modo que ela se torna o centro moral da guerra por seguir o caminho do meio, ainda que isto a destrua psicologicamente e até fisicamente. Katniss, de fato, não tem partido e quer apenas fazer o certo para o máximo de pessoas possível, sem a divisão cruel entre amigos e inimigos, tarefa que se mostra terrivelmente ingrata.
Existem ecos do dilema até no romance, o triângulo amoroso envolvendo Katniss, Peeta e Gale, pois os rapazes trazem pontos e contrapontos para as ideias da protagonista, alterando entre discussões íntimas e ideológicas. Por ser uma saga considerada “adolescente”, este dilema amoroso pode parecer estar em primeiro lugar, como se a escolha mais importante para Katniss fosse simplesmente qual dos dois pretendentes é melhor, seja o forte e prestativo Gale ou o doce e carente Peeta. Entretanto, antes da relevância conjugal, que importa muito mais para os fãs do que para a obra, cada um se revela aos poucos pertencente a um lado do dilema moral e ideológico de Katniss.
Gale, com sua raiva da Capital e sua bravura, é um símbolo de heroísmo, deprimindo-se por não ter salvado pessoas o suficiente, alistando-se para missões suicidas e, no fim, endossando condutas imorais dos rebeldes, iluminando o caminho revolucionário, militar e político que Katniss poderia seguir. Peeta, por outro lado, mais precisou ser salvo do que salvou, é medroso e fraco, mas é ótimo com pessoas, um artista e um padeiro, características que remetem a uma vida pacífica e longe da guerra. No terceiro filme, A Esperança Pt. 1, esta divisão fica clara, com Gale sendo um militar exemplar no utilitário Distrito 13, enquanto Peeta é mostrado na Capital, local onde a paz fútil reina, para, no último quadro do filme, mostrá-lo dentro da cabeça de Katniss, como a representação de seu desejo reacionário e egoísta, suprimido para o bem maior.
A Vilania da Capital
O grande vilão de Jogos Vorazes é o Presidente Snow, o homem inescrupuloso e dissimulado que controla a Capital que, nas palavras dele, é o coração, enquanto os distritos são os órgãos vitais trabalhando para manter o coração pulsante para o grande corpo que é Panem continuar vivo. A Capital se mostra, em vários aspectos, uma extensão de seu líder, com uma construção empenhada em torná-la o centro de um sistema cruel e imoral, desde os elementos mais óbvios até os detalhes.
Para começar, temos os visuais exagerados e excêntricos, sempre multicoloridos e forçadamente pomposos. A produção encontrou um equilíbrio interessante, mantendo alguma beleza e elegância na moda, mas forçando a maquiagem, as roupas e os cabelos para quase nos encantar, mas pender levemente para o absurdo. As roupas dos ricos parecem saídas de um desfile de moda, onde os estilistas deveriam apresentar conceitos e não simples peças de roupa. Nos filmes, o conceito é exagero, revelando a abundância material e criativa da Capital, revelando de forma sutil a falta de dificuldades do lugar que resulta em pessoas completamente livres para criar e vestir o que quisessem, enquanto temos os distritos e os rebeldes em contraste, sempre com roupas simples e monocromáticas. Há também claras referências a Era Vitoriana, onde ocorreu o mesmo processo de recursos e abundância localizada.
Para Snow, o motivo de tal prosperidade é o conjunto de valores que rege a nação. Embora sejam distorcidos e nunca profundamente desenvolvidos, estes valores estão sempre presentes nos costumes da Capital. Claramente há uma forte hipocrisia envolta neles, seja ao chamar sua violenta organização militar de “Pacificadores” ou condenar qualquer violência que não seja “justificada”, uma visão dúbia que ajuda a gravar a hipocrisia e a ignorância na mente de seus cidadãos. É interessante pontuar que há coincidências com a realidade nisto, como políticos que clamam pelo fim dos “privilégios” de grupos inferiorizados usando o argumento de que “todos são iguais”, algo que aparentemente fala de igualdade, quando na realidade trata-se de manter as desigualdades intactas.
As pessoas da Capital acabam cegas pela hipocrisia e ignorância, aceitando e incentivando costumes terríveis ou, no mínimo, discutíveis. No segundo filme, Em Chamas, é mostrada uma festa onde as pessoas comem o máximo que podem para, quando estiverem cheias, ingerirem um líquido que as fará vomitar e provar mais das inúmeras possibilidades gastronômicas, enquanto, como Peeta diz, os distritos passam fome. Há também um uso antiético da ciência, tanto em torturas quanto em criação de Bestantes, seres vivos artificiais usados como armas biológicas. Eles não respeitam direitos humanos, visto que existem execuções e torturas frequentes, e também não possuem qualquer freio moral em suas ações. Katniss adora caçar, sendo algo que a deixa mais calma, mas há um respeito muito maior por parte dela, já que geralmente caça para comer. Enquanto a capital vê apenas ferramentas, Katniss consegue ver a importância dos animais, como na bela cena onde ela deixa de matar um cervo por enxergar a inocência dele.
Toda esta hipocrisia esnobe e mentiras coloridas constroem uma vilania da Capital como um todo, mas não há essa homogeneidade nos cidadãos. Existem pessoas que realmente são monstruosas, como o agressivo líder dos Pacificadores no Distrito 12 ou o sonso apresentador dos Jogos Vorazes, mas há também pessoas que são simplesmente ignorantes, criadas para acreditar que viviam no paraíso e deveriam aproveitá-lo sem questionar. Isto é resumido na figura de Effie, uma mulher extremamente fútil e que ama o estilo de vida da Capital, mas nunca se mostra particularmente má. O arco dela serve exatamente para mostrar como é fácil para alguém da Capital se afeiçoar pelos desafortunados, visto que eles não são desumanos como o sistema em que vivem.
No fim da saga, quando a realidade da guerra é mostrada, vemos que Katniss sente a perda das vidas dos rebeldes e das pessoas que apoiam a Capital, mostrando que existem líderes e ideologias erradas, mas pessoas são sempre pessoas. O verdadeiro motivo dos rebeldes vilanizarem as pessoas da Capital é diminuir a própria culpa quando eles precisarem se tornar os vilões, usando o mesmo argumento de que a violência pode ser justificada pelo benefício que trará. A maldade humana não possui ideologia, cor ou lado, ela pode surgir em qualquer lugar, e mesmo o próprio Presidente Snow demonstra sua humanidade em sua relação com a neta e se torna digno de pena ao ser consumido por seus próprios atos. Ambos, a Capital e seu presidente, são precisamente artificiais como vilões e profundos como alegoria.
A Relevância da Metalinguagem
Há algo de novo em tratar política de forma crua e realista, sem o maniqueísmo de Harry Potter, mas com uma qualidade no desenvolvimento dos personagens e na relação deles com os temas. Porém, Jogos Vorazes traz um elemento ainda mais raro ao usar uma metalinguagem para brincar com o público e, ao mesmo tempo, dar relevância ao material promocional. Dentro da história, a propaganda tem um peso enorme, seja para manter a população na linha ou incendiar o espírito dos rebeldes na guerra, algo que torna o terceiro filme uma grande guerra de influências pela mídia.
Desde seu primeiro filme, existe muita discussão sobre o governo de Panem utilizar o violento reality show que dá nome ao filme como propaganda de seu controle sobre a população, com a audiência influenciando diretamente nos resultados dos jogos, como mostra o ótimo vídeo do Film Theorists. Porém, a mídia dos dois lados da guerra vai se revelando cada vez mais cruel e destrutiva, forçando Katniss e seus amigos a passarem pelos momentos mais difíceis de suas vidas por efeito, pelo visual. Para um filme de sucesso como esse, o número de cenas de ação é bastante baixo, focando com frequência no drama dos personagens e em seus diálogos, mostrando alguma coesão estrutural em relação ao tema.
Ainda assim, é muito interessante perceber que muitas das cenas de ação, armas criativas, figurinos e discursos teatrais, que na maioria dos filmes apenas estariam ali normalmente, aqui tem um motivo. A ideia dos rebeldes e da Capital é criar uma narrativa, o que permite que o filme crie momentos de impacto artificiais ao mesmo tempo que mantém um realismo em paralelo. Muitas vezes, as duas abordagens se mesclam, como na ótima cena onde a música que Katniss canta é usada como trilha, tanto na propaganda dos rebeldes como no filme em si. Algumas vezes pode soar hipócrita, parecendo que o filme critica a violência performática e a relação do público com isso, enquanto usa o mesmo recurso para empolgar o público real, mas há muito tempo de tela para discutir a violência, de modo que valida sua artificialidade ao denunciá-la junto com uma brincadeira metalinguística para mostrar como somos, como audiência, parecidos com o público fútil da Capital.
Isto também traz uma utilização muito divertida dos trailers, tão importantes nesta era do hype em que vivemos. Escolhendo muitas das cenas propositalmente artificiais, os trailers criam a expectativa de um grande espetáculo, quando na verdade a ação está em segundo plano e muito do clima não passa da mesma ilusão que os personagens usam dentro do filme. Em A Esperança Pt.1, Katniss faz um discurso poderoso para as câmeras e isto é mostrado no trailer, algo que criou a expectativa de uma Katniss heroica e decidida. Mas se a cena do trailer é cortada no fim do discurso, enquanto no filme podemos ver a sequência orgânica com Katniss de joelho chorando logo depois de falar, mostrando que ainda há muita fraqueza e insegurança nela. Para mostrar a relação entre os dois públicos, o interno e o externo, o filme coloca a própria cena final do trailer no telão da base dos rebeldes para empolgar os soldados e transformar Katniss num símbolo.
A série provavelmente não é uma crítica direta a Hollywood ou ao gosto da audiência pela violência, embora esta leitura seja possível em algum nível. O verdadeiro mérito desta metalinguagem está na intensidade da mensagem, independente desta ter sido ouvida ou não, de modo que o público pode experienciar o lado maquiado e o lado cru das cenas para compreender melhor a ignorância do povo de Panem, por vezes inocente em suas visões, e sentir o peso e os traumas causados esta guerra incentivada por desinformação e sensacionalismo. Isto também aproxima o tema do mundo real e fala muito a nossa relação com o entretenimento e a mídia, sem o simplismo de culpar ou inocentar por completo o público, principalmente ao mostrar o lado “bom” cometendo crueldades tanto quanto o lado “mau” demonstra humanidade.
O Final
O último filme da série não concluiu da melhor maneira possível e o desfecho impactante da vida pública e política de Katniss acabou perdendo seu peso pelos minutos seguintes. Por ser, principalmente a partir do segundo filme, uma franquia sombria, tratando de violência e traumas de guerra, era de se esperar um final neste mesmo tom. O momento onde Katniss iria tomar a pílula que a mataria, logo após de assassinar a nova figura autoritária e deixar o povo destruir o Presidente Snow, parecia o final mais bem construído, utilizando um elemento apresentado anteriormente, a pílula, e tornando Katniss a heroína definitiva, defensora da justiça, incorruptível e sem lados. Ela se tornaria uma figura controversa para os livros de história de Panem, mas nós saberíamos como ela sacrificou tudo para fazer o certo no último momento, escolhendo seu lado altruísta e revolucionário até o fim, já que sua vida pessoal estava completamente devastada. Porém a obra não nos permitiram saborear este ótimo final amargo.
Katniss é salva da multidão que poderia matá-la junto com Snow e pode retornar para sua vida no Distrito 12, tentando reconstruir sua humanidade após ter se tornado um símbolo. Esta escolha é inteligente, já que permite que o espectador presencie Katniss experimentando os dois lados de seu dilema, e mantém a ideia de que Peeta representa uma vida pacata e simples. É interessante notar, por exemplo, como a notícia da nova Presidenta é apresentada, quase como um elemento de fundo, algo que poderia ser muito relevante para Katniss, Peeta e Haymitch, diretamente envolvidos com a questão, mas revela como eles querem esquecer de tudo que passaram e seguir em frente. É como uma versão deprimente do “There and back again” d’O Hobbit, onde Bilbo retorna à sua vida cotidiana e guarda boas lembranças da aventura.
Houveram muitas críticas ao epílogo, pois este seria desnecessário para o fechamento da trama e feliz demais, contrastando com o realismo duro dos filmes. Como dito acima, acredito que o verdadeiro final perfeito estava no climax da trama política. Porém, ao entendermos que Katniss escolheu um futuro melhor, ainda que não tenha sido sua vontade no primeiro momento, o complemento traz uma cena final mais representativa e profunda que o “primeiro final”.
Ao invés de sairmos do cinema com um diálogo entre Katniss e o garoto escolhido que remete apenas a relação deles, temos Katniss em um ambiente bucólico que é, sim, alegre, mas também melancólico, como se estivessem em um pós-vida, enquanto tem uma conversa íntima e emocional com seu filho, e consigo mesma, revelando que ela ainda se esforça para suportar as feridas que nunca serão curadas. No último frame do filme, ao invés de estar estar com seu par romântico, Katniss está apenas com seu filho, remetendo aos fortes sentimentos que ela sempre teve por crianças durante a sua vida, encontrando o conforto em sua família, como era com Prim, e a coragem de olhar para a audiência em um último momento levemente metalinguístico.
A franquia como um todo pode enfraquecer ao pensarmos sobre seus erros, que se fazem presentes neste último filme. Mas eu frequentemente faço uma lista das coisas boas que eu vi a obra fazer ao lado das ruins, com cada cena bem fotografada, cada ideia política sensata, cada personagem profundo ou cada sequência de ação bem dirigida, como um jogo para saber qual lado vence. Pode ser repetitivo e até tedioso, mas há jogos muito piores para se jogar.
Parabéns pelo texto, completo e reflexivo como sempre.
Dá um certo ódio ver como muita gente vai assistir aos filmes já repletos de preconceitos, enquanto por outro lado fãs parecem ignorar as discussões mais importantes propostas pela série. Ah, claro, fora a galera que gosta mas vai cheio de “nitpicking” apontando pra todo lado (suspiros).
Jogos Vorazes foi uma grande surpresa não apenas por ser um blockbuster, mas também tendo em vista a temática proposta ao seu público alvo. E dentre seus méritos, ter uma protagonista complexa e identificável como a Katniss (e interpretada com todo o talento da Jennifer Lawrence) abriu as portas para termos mais personagens femininas interessantes como protagonistas, e aumentando a representatividade e sua identificação com o público feminino do cinema.
Excelente texto. 🙂
Obrigado =j