O que é?
Segunda Potência é um podcast spin-off, sem periodicidade fixa, da “franquia” ², feito pelo Judeu Ateu e o Estranho. Nele, são abordadas outras mídias que não os mangás. Filmes, séries, quadrinhos não japoneses, música e video games são abordados neste podcast.
E neste décimo terceiro episódio, falamos do jogo The Begginer’s Guide.
Neste programa…
… analisamos nossas impressões sobre as principais mensagens, temas, metalinguagens e interpretações sobre este jogo, que é uma experiência única. E por conta disso, o programa contém spoilers.
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Este é um cometário de um blog de podcast. Ele é escrito por alguém que acha que a própria opinião pode valer alguma coisa. Portanto esta pessoa que escreve tem um tanto de egoismo e bastante vaidade com vontade de aparecer (se não poderia ter discretamente escrito um e-mail, ou se esconder com o anonimato). Se a pessoa acha que sua opinião é tão valida (ou até mais valida) que as dos autores do podcast para ser levada em conta, no fundo espera influenciar aos leitores de comentários e até aos autores. Ele faz isto sabendo que este publico do site foi selecionado pelo estilo e pela história deste podcast, e assim já espera reações determinadas desta audiência. Entretanto é fácil perceber que os autores do blog também estão cientes destes fatos e que podem usar melhor as ferramentas que manipulam na internet faz tanto tempo. E este próprio comentário (e os demais que virão) já foi previamente influenciado pela maneira como os autores do podcast se comportam, assim também alimentando a vaidade destes autores. E não poderei continuar com este raciocínio visto que este meio (comentário em blog de podcast) tem a característica de ser curto (ou de ter uma eficiência maior quando tem um tamanho médio).
Sei que muitos games são subestimados, por isso gosto de salientar a grande importância do Mercado Indie de Jogos. Este que por gerar menos expectativas, tanto de qualidade como também de lucro, pode ousar bem mais, ousadia que até já virou característica primordial de jogos do tipo.
Sair da caixinha é algo que todo produtor de jogo tenta fazer em seus games, ou ao menos deveria, mas a pressão das distribuidoras tornam muito difícil a exploração, e aproveitamento completo das ideias dos criadores originais durante a produção dos títulos. Esse método enlatado, acaba priorizando quantidade, deixando qualidade e inovação deveras aquém.
Confesso que fico chateado quando intitulam jogos como simples caças-níquel, como um jogador viciado de Battlerfield(Multiplayer) sei que jogabilidade, estratégia e habilidade são conceitos e características primordiais de um bom jogo, mesmo que a narrativa e enredo sejam pobres. Considero um JOGO algo com desafios, e porque não desafios pautados por, não só habilidade, sorte também. Jogos consagrados apostam em sua jogabilidade atrativa, que já é também consagrada.
Enfim, TBG é foda, mesmo sem jogabilidade analisável na minha opinião. Como “imersão virtual interativa cósmica bla bla” é muito bom. Aliás, existe um jogo do mesmo criador que também é muito bom The Stanley Parable: https://www.youtube.com/watch?v=Wvp-aFh6jnY . Acho que é o mesmo de Gone Home também. Vão curtir.
Belo podcast, parabéns.
(Eu e minha esposa estamos lendo Hoshi no Samidare, ela está ´gostando, obrigado)
(Acho que Gone Home não tem nada a ver, não é o mesmo criador, errei.) *
Realmente é interessante como esse jogo (que não é exatamente um jogo) apresenta um ciclo interminável de ideias e interpretações, e no fim, não existe uma verdade ou conclusão absoluta. Acredito que as grandes obras sempre apresentam isso, sejam livros, mangás ou qualquer outro meio de expressão artística: Uma gama de interpretações influenciadas pela vivência, idade e conhecimento do receptor. Os mangás do Inio Asano são um exemplo claro, assim como “O lobo da estepe” e outros livros do Hermann Hesse.
Mas pra mim, tanto Coda quanto o narrador (Davey Wreden), possuem uma carga real e uma porção ficcional. Por que ambos representam certos papeis em algum momento. (Ao menos, eu acabei captando algo assim).
Em uma visão mais ampla, Coda e o narrador são a mesma pessoa: Davey Wreden. E as várias críticas que ele faz aos jogos de Coda ou ao próprio Coda, são direcionadas a ele mesmo. Como se o narrador fosse aquela voz interior crítica e perfeccionista. Mas em certos momentos ele utiliza esses “personagens” para levar algum tipo de mensagem (não necessariamente o que o narrador fala), ou fazer alguma “crítica” a mídia, aos jogadores e principalmente, a ele mesmo.
As vezes ele se colocava no lugar do Coda, e fazia o narrador representar o jogador. Principalmente aquele que jogou The Stanley Parable. Tratando Coda como um gênio, sempre pedindo um novo jogo, fazendo uma super análise de seu trabalho. Criando uma expectativa muito alta…
Enfim, é impossível reunir todas as impressões e ideias em poucas palavras!!