Mangá² #136 – Obras Primas

Sejam bem-vindos ao episódio 136 do Mangá², seu podcast quase semanal quase sobre mangás, que não é uma obra prima.


Neste programa, Judeu Ateu, Estranho e Leonardo (de) Souza se juntam para tentar descobrir o que são, e porque são, obras primas!

O que determina qualidade (sim, esse papo de novo), o que define uma obra prima, e, afinal, existem obras primas nos mangás?

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Cronologia do episódio
(00:00:29) Obras Primas
(01:02:30) Leitura de Emails
(01:17:00) Recomendação da Semana – Seshiji o Pin! to – Shikakou Kyougi Dance-bu e Youkoso

Download (CLIQUE COM O BOTÃO DIREITO DO MOUSE E ESCOLHA A OPÇÃO “SALVAR DESTINO COMO…” OU “SALVAR LINK COMO…”)

13 comentários

  1. Acompanho o podcast desdos primeiros episodios mais essa é a primeira vez que comento kkk não tenho nada para dizer apenas continuem com esse ótimo trabalho que vocês fazem parabéns .

  2. Parabéns por mais um excelente podcast. Para mim, um outro fator de definição/categorização de uma Obra-Prima é a capacidade destas romperem as barreiras de sua mídia através do tempo/espaço ou “A 4ª Barreira”, como por exemplo a obra Devilman, pois este é um mangá dos anos 70, que dentro da categorização de obras primas de autores ela é a “masterpiece” do Go Nagai, eu li a obra em 2010 e naquela época a minha impressão a obra era excepcional (sim, ela tem a sua galhofagem, mas até isso é bom.) e no início 2014 houveram uma série de ações violentas, linchamentos públicos e intolerâncias no Brasil que tornaram o tema e o desenvolvimento da obra extremamente relevante. Não que essa definição seja a forma exclusiva de se encontrar uma obra prima, mas sim que essa definição faz parte de um “checklist imaginário”.
    P.S. Dica de tema para vocês: Relendo mangás (por que reler mangás, em quais situações isso é valido e quais são as preparações para uma releitura)
    P.S.2. Recomendação de podcast: http://www.mitografias.com.br/ (Podcast nacional sobre Mitologias que trata de maneira profunda e objetiva as relações simbólicas e filosóficas dos mitos na sua época e nos tempos atuais)

  3. Decidido então que obra-prima é: Algo que eu goste muito que muitas pessoas falam (ou olhar para uma obra e ver muitas qualidades próximas da perfeição, mais que o suficiente para achar uma obra excelente).

  4. Fiquei pensando… e acho que eu vejo o termo obra-prima de uma maneira mais técnica do que pessoal, como um conjunto de fatores que unidos trazem o melhor do autor e são um marco para a mídia. Mas claro, se mesmo com todo o primor técnico eu não conseguir me conectar com a obra, não conseguirei vê-la como uma obra-prima.

    Dois exemplos:
    Solanin é a minha obra favorita do Inio Asano, mas Oyasumi Punpun é a obra-prima dele no meu ponto de vista, que gosto QUASE tanto quanto Solanin. Isso porque acredito que ali ele se utilizou de recursos narrativos, de roteiro, temáticos e etc, que tornam Punpun um marco não apenas pra sua carreira, como para os mangás em si. Solanin é bonito e profundo em sua simplicidade? Com Certeza. Mas ali o Asano ainda estava longe de alcançar seus limites criativos, e confesso que hoje não vejo como o autor pode ir além de Punpun.

    Mas claro, até olhando pelo aspecto técnico isso é subjetivo… por exemplo, o filme “Um corpo que cai” do Hitchcock é considerado por muita gente uma obra-prima do cinema, e mesmo eu sendo um fã do diretor, não coloco esse filme entre os meus favoritos dele, consequentemente, nem como uma obra-prima. Talvez eu não compreenda a importância dele pra mídia (como entendo melhor o que significou Cidadão Kane), ou talvez simplesmente não bateu com meu gosto.

    Mas enfim… é complicado mesmo haha.

    Abraços!

  5. Acho que temos que destacar o papel de algumas contra-culturas, como o punk foi para a musica e e Duchamp para a arte. Algo que quebre toda a noção que tínhamos sobre o assunto pode ser obra prima, mas não é só isso o critério técnico pode ser utilizado, mas acredito que um dos melhores modos de se entender a obra prima é a criatividade que pode incluir ou não uma técnica perfeita.
    Faço psicologia e estudo uma área chamada behaviorismo é podemos definir a criatividade como produzir comportamentos (seja obras, livros, telas etc…) que nunca foram produzidos daquela maneira, por exemplo Ínio Asano já desenhou historias com seu traço característico, mas nunca abordou o tema de Punpun com toda a profundidade até está obra, essa variação do comportamento (criatividade), junto a técnica ou a ausência dela de forma que só poderia ser feito por um autor (ou equipe) que tenha o que possa melhor considerado o melhor de todas suas características. a obra que mais agrade ao individuo ou a sociedade, acho que isso seria a Obra prima.

  6. Oi meninos, tudo bem? Não vi o cast atrasada dessa vez então vou comentar (porque né, evito comentar com 5 semanas de atraso e talz…)

    Gosto bastante desses cast que vocês fazem, uma coisa meio “meta-obra” refletindo sobre o que de fato tem que ser ponderado na hora de avaliar algo… Mas enfim, complexo o tema, não?

    É complicado definir a popularidade como parâmetro, concordo. Mas se o material cultural é produto, o fato de que ele está atingindo o público não faz dele bem sucedido? Ninguém questiona o fato de ser um sucesso comercial, mas acho que muita gente ignora o poder disso a longo prazo, se pensarmos no tanto de gente que ele atinge (afinal, assim que se formou a cultura pop, baseada muito mais em coisa que atingiu muita gente do que em material “de fato bom”). Pensando por esse lado, talvez só o coletivo e o tempo sejam capazes de eleger quem são as obras primas de cada época, o que foi produzido naquele momento que diferenciou aquela época das demais, que determinou quais características seriam particulares à ela. Acho que esse fator tem que ser observado nos clássicos em geral, e as obras-primas talvez fossem apenas o “camarote” dessa festa, o crème de la crème.

    Também acho complicado definir objetivamente a qualidade das obras, mesmo porque se tirarmos o componente emocional da arte, pra que ela serviria? Mas vamos lá… talvez a qualidade seja possível de definir pelo menos em conceito, enquanto o tal do gosto, esse sim é pessoal e intransferível (ou não, talvez esse “gosto” que se copia em várias pessoas seja reflexo da mentalidade da época, o que nos levaria pra conclusão anterior).

    Acho que eu tendo a concordar com o Leonardo, na questão sobre “objetivo na complexidade” como um fator para definir a qualidade de algo, pra identificar as tais “obras primas”. Relacionando isso com a “objetividade da qualidade” talvez faça sentido então levar em consideração as opiniões especializadas, se presumirmos que essas pessoas se dedicam ao estudo de tal mídia e absorveram material o suficiente a ponto de afirmarem que “entendem disso”. Como o Judeu falou, a “qualidade” de algo de fato é observada pela comparação. Afinal, pra algo ser “bom” ou “ruim” inevitavelmente se pressupõe a comparação. Bom/ruim em reação a que?

    Então talvez a qualidade possa ser observada numa média da opinião dos críticos? Mas… quem é crítico? Hoje em dia qualquer zé mané pode criar seu blog e ser crítico (eu mesma fiz isso haha). O crítico é o cara que fez faculdade e estudou academicamente pra aquilo? É o cara que absorveu muito material daquela mídia? Mas foram os materiais… certos? Um cara que tenha lido poucos, porém clássicos, vai ter mais ou menos capacidade de determinar qualidade que aquele cara que leu muita coisa porém muita bobagem? Aí é um problema, porque pra definir a tal opinião especializada a gente vai de novo usar critérios que sejam pessoais (cada um vai considerar um elemento mais relevante no quesito do que define o especialista).

    Mas enfim, contrariando de novo à tal moça citada (que nem deve conhecer nenhum de nós mas estamos aqui conversando para refutar a opinião dela, portanto ela já É famosa mesmo), claro que existem obras primas em mangá. Acho que se pegarmos só pelo conceito, obra prima pode ser algo de qualidade superior, que vá servir de referência para outras coisas, seja quais forem essas coisas… então vão existir obras primas em mangás, em filmes e, porque não, cadeiras haha

  7. O meu conceito de obra-prima é simples, para uma obra ser uma obra-prima ela deve ter uma sofisticação em termos de arte ou de escrita. A obra não precisa necessariamente ter uma narrativa complexa, desde que haja capricho e esmero em sua producão e seja algo que se destaque de alguma forma em relação a outras obras da mídia. A classificação do que é uma obra-prima nos mangá e em outras mídias é algo um pouco relativo, depende muito dos requisitos que a pessoa pode ter de uma obra realmente boa, quanto mais específica e aprofundada são esses parâmetros mais confiável é a referência e a opinião. Existem críticos que priorizam a arte, outros priorizam a experiência de leitura ou a sua profundidade e complexidade.

  8. Um bom meio para encontrar mangás que são considerados obras primas é por meio de premiações, como o Tezuka Awards e o Taisho. As notas do MangaUpdates também são um bom meio para conseguir indicações de obras ótimas, embora não seja totalmente confiável (existem obras que são completamente overrated e obras como Ahiru no Sora e mangás clássicos que recebem uma nota bem abaixo do que deveria). Acho que eu poderia fazer um post futuro no meu blog sobre o que considero uma obra prima e como não existem obras primas absolutas (mesmo obras como Watchmen e Sandman que são tidas como perfeitas como alguns podem ser vistas como tendo algumas falhas por outros).

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