Sejam bem-vindos ao episódio 129 do Mangá², o podcast semanal de mangás que não passa mensagens.
Neste programa, Judeu Ateu e Estranho voltam novamente seus olhos para a pessoalidade do leitor de mangás, e fazem uma reflexão sobre as mensagens que os mangás passam. O que aprendemos, entendemos e crescemos (ou não) acompanhando essa mídia.
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Cronologia do episódio
(00:17) Você, Mangás e a Vida
(39:20) Leitura de Emails
(50:40) Recomendação da Semana – Slow Down
Download (CLIQUE COM O BOTÃO DIREITO DO MOUSE E ESCOLHA A OPÇÃO “SALVAR DESTINO COMO…” OU “SALVAR LINK COMO…”)
Não ouvi ainda, mas melhor capa até agora. A subjetividade nunca foi tão objetiva
Só faltou ter tatuado “otakinho hipster” na testa.
Espero ter aprendido tanto quanto vocês, porque tem dois aprendemos no texto. xD
Que crime, né?
Uma vez quando tinha 17 parei de falar com um amigo próximo sem dar explicações. Depois de dar muito gelo ele parou de me procurar. Lembro que na época fiquei triste por a gente não ter uma amizade verdadeira como o naruto e o sasuke pra ele ficar infinitamente me seguindo. Hauahauah. Esse é meu exemplo de como as mensagens podem ser nocivas. Mas acho que você precisa ser muito idiota pra chegar.
A situação é meio cômica, mas acho que isso diz bastante da nocividade da gente levar essa mensagens absolutas pra nossa vida.
Acho que eu já pensei algo como “goku ficaria decepcionado comigo” quando desisti de algo quando pequeno. É encorajador, mas é problemático, porque é uma ideia de perseverança doentia, nem sempre as pessoas deveriam se sentir mal por desistir ou mudar de ideia.
E o seu caso é o mesmo, porque ninguém deveria ter uma expectativa tão irreal sobre a amizade de outras pessoas, e se tiver, vai ser muito decepcionante e prejudicial à saúde mental.
Nesse ponto
Acredito que os mangás influenciam nossas vidas, mas não de forma abrupta (como nas tirinhas do “aprendi com o Luffy”) mas como parte de um processo que sofrerá influencia de inúmeras outras coisas, mangá contem informação e informação pode se transformar em conhecimento que é um agente transformador, acho que para os entusiastas de mangá que os veem como experiência e não mero passatempo esse poder de retenção de conhecimento é ainda maior. Claro que eu não vou ser outra pessoa totalmente diferente logo depois de ler Punpun, mas de alguma forma essa leitura, que no meu caso não considero apenas uma leitura mas uma experiência, alterou alguma coisa em mim mesmo que mínima.
De exemplo de influencias claras, acho que a ideia do “você é resultado de suas escolhas”, “você colhe o que planta”, fixou na minha mente após ler Punpun, era uma pensamento que sempre me acompanhou mas foi aqui que o conceito e a ideia de forma clara foi jogado na minha cara e eu absorvi (ou pelo menos acredito nisso), e quando criança, inspirado no Gohan eu achava que quando liberasse a raiva de dentro de mim aquilo de alguma forma me deixaria mais forte, eu fazia isso pra tentar melhorar minha ruindade no futebol liberando a minha raiva comigo mesmo por ser ruim e meio que funcionava, eu virava o ruim mas esforçado.
Só a trilha sonora desse podcast vale um 10/10 (aposto que a edição ficou por parte do Gabriel, que esporadicamente joga uns Kishi Bashis na TL do twitter). As batidas profundas e os sons stéreos do violino casaram com a subjetividade do tema. Parabéns mesmo.
*Sons etéreos… rs
Há uns meses a edição é minha apenas. Mas dessa vez, a sugestão de Kishi Bashi foi do Judeu mesmo.
a mensagem que esse cast me passou
a vida é uma merda pois não importa o quanto você se esforce você não vai conseguir realizar o seu sonho
obrigado judeu e estranho
brincadeiras a parte ,mangas mudarem a vida das pessoas é algo bem complicado não é muito comum de se ver mas existem ,como o meu caso sem duvida nenhuma posso dizer que naruto mudou a minha vida ,pois apos ver naruto eu que não tinha objetivo nenhum na vida decidi que um dia faria meu pro pio quadrinho pra poder passar minhas mensagens ,então comecei a desenhar e estudar roteiro e continuo nesse caminho ate hoje
Eu acho que ocorreu um grande reducionismo de todos os conceitos, tanto no range de gêneros utilizados,muito foco em shounen, quanto ao reducionismo de somente um fator a ser aprendido.
O shounen é para um publico que no geral não consegue abstrair subjetividades e sutilidades de conceitos, logo tudo e muito grandioso e exagerado, um menino de 11 anos não vai achar graça ou abstrair Solanin.
O fator a ser aprendido é relativo, como citado pelo Judeu, ao primeiro contato com aquele aprendizado, portanto algo como a amizade em One Piece para uma criança de 10 anos talvez seja um dos poucos contatos com esse conceito. Além é claro de existir o subjetivismo da experiencia de vida de cada pessoa, o aprendizado que o Judeu teve com Onani Master é muito restrito ao próprio Judeu.
Agora a minha opnião de fato sobre o assunto, eu penso que existe o puro entretenimento que nao é feito para ser refletido mas sim consumido, mas ao mesmo tempo concordo com a máxima de Heráclito de que “Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio, pois na segunda vez não somos os mesmos, e também o rio mudou”. Eu de fato aprendi a respeitar diversidades, seja com os deficientes fisicos de REAL, ou a quebra de conceitos tradicionais de Hourou Musuko, entre outros. Eu posso não ter mudado um range grande de conceitos, mas aquele conceito pontual que pode um dia me trazer um beneficio moral, ou maleficio é claro, como o citado retrato da mulher nas obras, sendo esses problema resolvido aumentando seu range de leitura com Josei, que retrata mulheres críveis.
No mais, eu acho que faltou mais pessoas no cast para que não ocorresse tantos reducionismos, vocês dois concordaram demais nesse.
Num momento do podcast vocês tocaram num tópico interessante (não lembro em que minuto agora) que remete a um texto que escrevi. Se tiverem a oportunidade de lê-lo, deixo o link aqui: https://rasbletras.wordpress.com/2015/04/11/a-justica-intransigivel-das-historias-de-ficcao/
Toda vez que vou baixar podcast da ero no download e tem que ficar tentando varias vezes,é só comigo?
Oba, esses casts são meus favoritos.
Eu discordo do Judeu e até entendo o motivo das pessoas que acham que tal anime mudou o seu conceito de alguma coisa. É algo parecido de como funciona as mitologias para os religiosos e o efeito das divindades em suas vidas.
Por exemplo, o garoto que fala que aprendeu a nunca desistir com o Luffy. Obviamente ele desiste no mundo real, ele não é o luffy e nunca será talvez ele desista até demais para o mundo real, mas o Luffy serve para ele como um símbolo, uma representação de algo que ele gostaria de ser mais não é ou algo que no momento que ele está na dúvida se desiste ou não ele usa o personagem para continuar mais um pouco.
De um modo bem similar aos religiosos que se inspiram e querem ser igual tal divindade que não peca e é inerente a coisas mundanas, enquanto ele comete todas as coisas condenáveis pelo seu livro sagrado.
Ele não aprendeu persistência com o Luffy, mas o personagem reforça e da um valor maior pra ele por isso. Ainda mais com o leitor pré-adolescente que está na idade de buscar sua referência fora de casa e da família diferente de quando você é criança.
Sobre o lema da Shonen Jump e todos esses conceitos de amizade, é uma lição no ponto de vista de como funciona a sociedade japonesa e suas diferenças com a nossa realidade brasileira, essa é uma lição que os mangás sempre reforçam. O próprio Naruto tem uma personalidade que aparentemente representa bem a o estereotipo do japonês.
Até no sexíssimo, você nota a diferença de como é utilizado lá no Japão e no Brasil, é o mesmo preconceito social, mas utilizados de formas muito diferentes.
Sobre o que foi falado dos valores compartilhados e a má utilização das mulheres, tem um texto bem legal da Flavia Gási sobre isso nos games: http://br.ign.com/por-tras-dos-pixels/3231/opinion/por-que-a-representacao-feminina-e-tao-importante
Sobre os esportes volto a discordar. Todo o esporte se baseia nisso praticamente, na superação para alcançar algo. Temos diversos exemplos de pessoas que se esforçaram e venceram algo isoladamente por mérito e por naquele dia o melhor esportista não conseguir dar o seu melhor, isso já aconteceu com o próprio Phelps.
Tem os casos que o esforço de um talento sem investimento leva a pessoa longe, mas não o suficiente como foi o caso do Maguila, que sem estrutura nenhuma e patrocinado por um açougue local chegou a ser o nº3 do mundo, mas perdeu pro Hollifield, que tinha patrocínio do McDonalds e uma mega estrutura.
E no esporte coletivo como o futebol existem os casos de um equipe ser campeã na raça contra times melhores, principalmente quando a fase é eliminatória, como foi o caso do Ituano ano passo, São Caetano da serie C para títulos e finais, Santo André sendo campeão da copa do brasil vencendo o Flamengo no rio etc.. Claro depois todos são vendidos e o time acaba.
E estou em uma dúvida e gostaria da opinião de vocês. Qual é o melhor aparelho para ler mangás , tablet ou e-reader? Pois não tenho conseguido mais ler mangás no pc por falta de tempo. Atualmente só leio mangá físico na rua e estou considerando seriamente comprar um aparelho para ler mangás em formato digital na rua, porém não sei qual seria melhor o tablet pelo tamanho ou o e-reader mesmo ele sendo menor. Qual a experiência de vocês?
A e com 2 casts de atraso, não sei se já falaram, mas Estranhow o Charlotte Hornets voltou esse ano e com o Michael Jordan sendo o dono do time.
Cara, eu tenho um tablet mas parece que o e-reader é bem melhor pra isso. Se tivesse dinheiro agora comprava um, pelo preço parece que o custo beneficio compensa.
Sei lá, posso estar falando bobagem até porque nunca tive um e-reader, mas de qualquer jeito da uma pesquisada nas especificações técnicas dos dois aparelhos.
Talvez esses mangás da Jump sejam tipo fábulas e similares que usam um exemplo meio extremo para passar uma mensagem justamente para marcar a pessoa, mas não que alguém vá necessariamente levá-las ao pé da letra. Acho que é uma lógica que funciona melhor com um público infato-juvenil, não que eu concorde.
Acho que um mangá que apesar de tudo me deu algum conhecimento sobre a mídia foi Bakuman. É claro que tem um monte de fantasias ali, mas eu não fazia ideia que coisas como o TOC e outros concursos da JUMP existiam antes de ler esse mangá.
Agora, algo que realmente tem me feito pensar recentemente é um anime chamado Shirobako (que eu sei que vocês vão assistir), mas também justamente por eu não estar muito longe da faixa etária dos personagens. Não exatamente quando eu assisti o anime, mas sim quando eu arrumei um emprego recentemente. Não vai mudar minha vida, mas acho que vai fazer eu repensar um pouco antes de arrumar um trampo de novo.
Opa, “Você, mangas e…” é oficialmente uma das minhas séries favoritas de vocês.
A abordagem que vocês tiveram no programa me surpreendeu, achei que ele todo teria a pegada que teve no final de vocês falando de Solanin e Onani Master, mas teve uma discussão interessante antes.
Concordo com o que o Estranho disse sobre várias obras agregarem valor à pessoa com o tempo.Consigo visualizar uma pessoa que valoriza mais manter contato com seus amigos por ter percebido como a amizade é importante e precisa ser cuidada.
Maaaaas, discordo e boa parte com todo o cinismo de vocês. Obviamente, se estivermos falando de um adulto que tenha como base moral e de experiência One Piece e Naruto, a situação é um tanto quanto… complicada. Mas crianças e até pré-adolescentes podem sim se espelhar nos exemplos daqueles personagens, seja no esporte, na busca por sonhos e tudo mais. Fora que mais cedo ou mais tarde a vida irá ensinar como as coisas realmente funcionam, e não acho que as mensagens dos mangás tornarão o choque de realidade pior.
Além do que, muitas vezes nem só de vitórias vivem os personagens… durante a jornada pessoas morrem, partidas importantes são perdidas e etc. Mas até concordo que falta uma certa sutileza as vezes, coisas que outras obras muitas vezes fazem com uma melhor execução, como o desenho Steven Universe (excelente recomendação do Judeu, por sinal).
Por fim, sobre experiências diretas…. acho que todo mangá de esporte é um grande aprendizado. Sobre um aspecto mais íntimo, compartilho com o Estranho a escolha de Solanin. Esses primeiros anos depois que se sai da faculdade é uma loucura, e quase sempre nada sai como planejado, e sempre me vem a jornada do casal principal à mente… como eu já escrevi outra vez, cada leitura traz uma perspectiva nova sobre a vida e como lidamos com ela. Melhor obra ever (fanboying).
Acho que até tem uma outra categoria que são influências menores que obras fazem na vida de alguém. Shaman King foi meu 1º mangá e que me fez gostar de quadrinhos, Fullmetal Alchemist me fez voltar a ter interesse em Química, que sou formado hoje (é, eu sei.) ou Punpun, cujo personagem me identifico completamente. Tá, zoeirinha óbvia, mas se identificar com um personagem sempre é uma experiência interessante, dependendo se o que é explorado é o lado bom ou ruim dela e que te faz refletir sua própria pessoa.
Abraços!
Eu aprendi com o Punpun a terminar com a minha namorada. Eu só aprendo coisas erradas na Jump kkk One Piece é bem machista por falar que os homens tem que seguir seus sonhos, sonhos que as mulheres ñ entendem, mas eu curto muito mesmo assim. E eu recomendo somente a Parte 7 deJojo (steel ball run). E Estranho, vc tem uma voz macia
Acho dificil dizer que uma obra mudou algo em sua vida, ou ela reforçou /modificou uma ideia que você ja tinha previamente ou causou um impacto fortissimo.
O unico caso para mim(e não é uma piada) seria o conceito de liberdade mostrado em One Piece que com o passar dos anos me foram reforçadas atraves de outros quadrinhos e mangás.
Não, não vou virar um pirata por causa disso.
Antes que me esqueça, qual o nome da musica que abre o programa?
Sinceramente achei que vocês ficaram tempo demais tentando racionalizar as mensagens da Shonen Jump, que convenhamos não é o melhor dos exemplos. Mas vamos lá, quanto as mensagens técnicas, os mangás estão cheio delas. Séries mais especificas sobre culinária, esportes e arte principalmente, porque elas sempre precisam situar o leitor supostamente leigo.
E mesmo aquelas que não tem essa proposta sempre estão carregadas, seja da cultura ou da historia japonesa em geral. Ainda que não sirva pra nada, isso também conta. Problema que a maioria dessas informações a gente não usa na nossa vida e por isso acabamos nos esquecendo, o que acaba tornando o conceito todo de “mensagem técnica” meio inútil.
Não sei se conta como metalinguagem mas, o mangá já me levou a buscar e gostar de um monte de coisas que antes eu não tinha o menor interesse. Caso de Eyeshield 21, graças a ele passei a entender e cheguei até a pegar gosto pelo esporte, e não foram poucos os assuntos que tive contato prévio através do quadrinho pra só depois me aprofundar mais.
Quanto a mensagem, acho que o problema está no viés que vocês deram pra ela. Não tem essa de “Ah! O mangá X mudou minha vida!”, isso não acontece, com nenhuma forma de arte inclusive. Você pode até dizer ou pensar isso, mas dai a realmente acontecer é outra historia. Eu acredito em epifanias, mas as coisas não são assim tão fácil. Provavelmente por isso que estavam reclamando daquelas mensagens mais explicitas da Shonen Jump, elas podem até ser impactantes no entanto não são capaz de causar nenhuma mudança mais profunda.
As pessoas normalmente não conseguem mudar nada tão drasticamente, nelas mesmas e muito menos na sua vida. As mudanças que acontecem todo dia se acumulam e só se tornam perceptíveis ao longo do tempo. Conceito que já vi ser retratado direta e indiretamente em tanto mangá…
É como o Estranho estava falando, essas mensagens e as mudanças que elas causam são algo mais sutil. O que o Judeu estava comentando sobre Gen é isso ai, a historia não tornou ele um pacifista, mas foi capaz de sensibiliza-lo com a tragedia causada pela bomba. Coisa que o jornal não pode fazer apenas noticiando a fome na Africa.
No meu caso posso dizer claramente que o mangá me influencio muito mais do que o cinema pelo simples fato de estar mais em contato com uma mídia do que com a outra, mas não é porque eu assisti bem menos filmes que eles também não mudaram minha vida ou a forma de encara-la, ou ainda que as obras cinematográficas tem um poder de transmitir mensagens menor do que os quadrinhos. A vantagem dos mangás é que eles são bem mais baratos de produzir e ao mesmo tempo muito mais autorais, possibilitando um amplo acesso a diversos pontos de vista.
Acho difícil pensar em alguma lição que aprendi com os mangás que levei pra vida, mas consigo olhar pra trás, do tempo que comecei a ler e ver o quanto eu amadureci.
Não foi um One Piece ou um Naruto que me fizeram ver a importância da amizade, mas assistir repetidamente o relacionamento de companheirismo entre diversos personagens em historias mais realistas, com um tom bem mais sensível e crível que ao longo dos tombos que a vida já me deu que eu fui capaz de assimilar o conceito complexo e profundo de amizade. Por exemplo.
Claro, mesmo assim isso não significa que tenho um monte de amigos ou que dou a devida importância e atenção pra eles. Mas percebe? Não foram os fatores externos ao quadrinho ou mesmo os internos sozinhos, mas as duas coisas. Teria amadurecido sem os mangás, mas consigo pensar que com eles pude chegar mais longe.
Inclusive acho que já disse coisa muito parecida em algum comentário anterior, enfim, o que posso tirar de eu, mangás e a vida. É que eu tenho que me esforçar mais. Engraçado que essa ideia de esforço está tão presente em tantas historias, mas é algo muito mais profundo do que o próprio mangá, algo totalmente intrínseco a cultura japonesa.
Ah, mas se for pra citar algum mangá que me afetou mais diretamente, eu diria justamente um que vem da revista que não é o melhor dos exemplos, Shaman King. Não é nem por aquele papo de que pra tudo se da um jeito, mas pelo próprio jeito do principal, do jeito dele de aceitar as coisas e as pessoas do jeito como elas são, de aceitar que as coisas dão errado e de seguir em frente mesmo assim. De algum jeito isso acabou me marcado, e acaba sempre sendo recorrente na minha vida.
A propósito, essa é a segunda versão dessa mensagem, que juntas me custaram algumas boas horas… eu odeio vocês, toda vez que ouço o programa e sinto essa ânsia de escrever não consigo parar até ficar satisfeito. Pra acabar com esse resultado cretino ainda por cima…
Kishi Bashi – Chester’s Burst Over The Hamptons
Opa, obrigado, desconhecia essa banda.
Eu aprendi em xxxHolic que existe uma superstição japonesa que diz que quem corta as unhas à noite vai perder o enterro dos pais. É uma coisa que eu sempre lembro quando estou cortando as unhas, independente da hora do dia.
Acho que, principalmente, o que me marcou, e de certa maneira ajudou-me na minha vida, nos mangas, foi o convívio de certos personagens com a sua sede de procurar conflito, batalhas.
Refiro-me ao Takezo (Vagabond) e Sou (Takemitsu Zamurai), considero que são dois protagonistas encaixam-se neste ponto. Tanto um como outro procuram viver uma vida de paz ou sem conflito, principalmente o Sou, mas as circunstâncias que a vida apresentou a estes personagens, impediram de estes viverem uma vida pacífica ou sem conflitos.
Acho que este exemplo que apresentei, não é necessariamente uma lição, mas mais um aspecto que personagens de mangas confrontam, e que nós, algumas vezes, também o fazemos. Este aspecto ajudou-me ao revelar-me que é impossível uma vida sem conflitos. Existem conflitos externos e internos, e sempre existirão, e a sua existência ditam os altos e baixos da nossa vida, consoante a nossa resposta para com o conflito.
Um mangá/anime que eu não esperava que iria me passar uma mensagem útil para o meu dia-a-dia é Baby Steps, cujo anime está em exibição nesta temporada atual (segunda temporada). A forma metódica que o Maruo melhora no tênis e procura se aperfeiçoar em busca de um título em um campeonato que ele não pode perder chamou7 a minha atenção, pois a forma que ele se prepara para isso é aplicável para qualquer outra coisa além do tênis. Isso acabou sendo útil para mim pois estudo para concursos e passar em um concurso badalado pode ser tão trabalhoso como ganhar um título em um campeonato nacional júnior de tênis. Baby Steps é um mangá recomendável para quem quer alcançar grandes metas na vida.
Falando de outros mangás, existiram alguns que me ensinaram várias coisas como por exemplo Samurai X (Rurouni Kenshin) quando era criança sobre a história do Japão. Isso me fez perceber que eu poderia aprender curiosidades e pegar informações de quadrinhos como eu poderia pegar de livros por exemplo. Penso também que mangás de esportes e slice-of-life realistas podem passar muita coisa como por exemplo Slam Dunk em relação a basquete, Shamo, Holyland, All Rounder Meguru e Kohinata Minoru em relação a lutas (queria ver o Estranho dar uma chance para Holyland, mesmo com o Judeu não tendo gostado do mangá, esse mangá é quase um livro de artes marciais), Shirobako (anime sobre animes) e G Senjou Heavens Door (mangá sobre mangakás) tendo ainda mangás como Nobunaga no Chef que passa noções de culinária e história japonesa. Tenho uma lista bem considerável de mangás e animes que me marcaram mas eu acabaria fazendo aquelas listas rasas do tipo: com One Pice aprendi isso… com Dragon Ball aprendi aquilo… e isso seria tosco. Isso é um tema que ainda pretendo fazer um post no meu blog. Mas duas obras que me passaram muita coisa em relação a convivência a dois é Clannad After Story e o jogo To The Moon (outra obra que o Judeu não gosta, rs). Outra obra que me passou uma mensagem marcante é Shigatsu wa Kimi no Uso, cujo final deixa a mensagem que os momentos que são mais marcantes e importantes para a gente são os mais cotidianos. E termino o comentário comentando sobre a mensagem de Island, que nós não precisamos ter a mente fechada para tudo na vida e a busca por sonhos pode ser algo possível mesmo quando nos deparamos com a realidade da vida adulta.
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Um Shonen que pra mim passa uma mensagem saudável sobre a parte de esforço/vitória é Hajime no Ippo, que lida bem com personagens tendo derrotas mesmo se esforçando por anos (o protagonista incluso) e tem uma frase dita no mangá que representa bem isso. ” Nem todos que trabalham duro são recompensados, entretanto, todos que obtiveram o sucesso trabalharam duro”.