Mangá² #106 – Mercado Nacional de Mangás 2 – Mitos

Sejam bem-vindos a mais um episódio do Mangá², o podcast semanal dos mythbusters dos mangás.


Neste programa, Judeu Ateu e Estranho recebem novamente Leonardo Kitsune (Video Quest, e editora JBC) e Fábio Sakuda (XIL e tradutor da NewPop) para mais uma vez falar sobre o Mercado Nacional de Mangás com gente que está diretamente envolvida nele.

Como sequência do papo que tivemos no Mangá² #62 – Mercado Nacional de Mangás, o tema dessa vez são os mitos e as frases clássicas que o público costuma soltar na internet sobre o mercado de mangás. Aqui, pegamos algumas das afirmações mais clássicas e tentamos entendê-las e explicá-las! Shoujo não vende? Vão trazer Hajime no Ippo? Mangá no Brasil é caro? Essa são só alguns dos temas que você pode ouvir neste instrutivo podcast!

Contato
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Cronologia do episódio
(00:00:17) Mercado Nacional de Mangás 2 – Mitos
(01:10:10) Leitura de Emails
(01:24:40) Recomendação do Ouvinte – I Am a Hero, por Bruno Marchioro

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51 comentários

  1. Só assim, em defesa da campanha do Shoujos (eu participo, so sorry), o objetivo dos organizadores não é pedir romance escolar, e sim mais mangás dessa demografia mesmo. O problema é que é feito por votação depois de selecionar mangás de diferentes gêneros, e aí sim, a maioria do povo só quer saber dos romances escolares. Inclusive estava tendo a votação pra quais iriamos escolher pra JBC, tinham títulos possíveis e compatíveis com a política recente da JBC de mangás um pouco mais curtos (que pessoalmente eu gosto, e inclusive defendi lá no grupo algumas vezes), mas também tinham títulos na lista que eu ri, porque eram ÓBVIOS que não dariam em nada( tipo meu amado chihayafuru, que eu tentei convencer o povo e só faltei ser apedrejado), além das porradas se shoujos de romance escolar. Aí é claro que os que venceram foram esses né, pq é o que o povão gosta, é o que o povão quer. Eles não levam em consideração o pensamento das características das editoras ou que votar só nos romances só aumenta o estereótipo e o “preconceito” com a campanha, só simplesmente pensam “olha, é o mangá que eu gosto, vou votar nele”. Lá eu até tive uma hora que parecia advogado da JBC, tentando defender a política e explicar as coisas, mas não deu em nada, claro. Até brinquei com o Cassius no twitter pra ele me dar uns mangás de graça (e ainda to esperando, pede pra ele Kitsune).
    Por isso que digo que, ao menos pros pensadores da campanha, não é um “queremos mangás de romance escolar”, e é sim um “queremos mangás desta demografia”, pois ultimamente temos poucos (e isso é fato, me desculpem.). E o que o Kitsune falou da parada do Kinder Ovo pra menino e menina, a campanha não quer dizer mangás apenas pras meninas. Um dos organizadores é homem inclusive (e não é gay), e eu tb sou homem (e não sou gay, haha). É só porque temos poucos mangás desta demografia. Poderia muito bem ser um queremos mais seinens, mas no momento tamos bem servidos disso (muito bem inclusive, uma porrada de seinens fodas).
    E sobre Josei, pensamos em pedir tb, mas acho mais difícil ainda de vir D:

    E BTW Kitsune, segura uns lançamentos aí da JBC pq eu já to pobre tá? NewPop + JBC + Panini levam toda minha grana já…
    E eu choro com minha coleção de Kekkaishi tb ;————–; Mangá tão foda, é triste ;——-;
    E desejo sorte a vocês, cês ainda vão aguentar muitos pedidos por Gintama e Sket Dance, hahaha
    Ah, e espero que não levem isso como rage, só falando meu ponto de vista como um apoiador da campanha e tals, e como um comprador assíduo (uns 15 por mês, rip money).

    (meucaralho, sáporra ficou gigante, me desculpem, hahahaha)

    • Pedir mais shoujo é um deadlock. Se querem mangá de romance, devem pedir de romance. Se não querem mangá de romance… bom, então qual shoujo eles estão querendo? Qualquer um? Dawn – Tsumetai Te, Tom Sawyer e Tomie são shoujos, servem?
      Se servirem, eu não entendo o propósito de pedir shoujo, porque esses três são efetivamente QUALQUER COISA. É que nem o exemplo citado: pedir seinen e receber Chobits. Alguém vai ficar feliz com isso? Se pedir shoujo não é pedir romance escolar, então pra mim é igual as manifestações do ano passado, não tem foco. “Queremos mais qualquer coisa”.

      Repito, pra mim pedir demografia perpetua uma desinformação. Demografia nunca significou nada para definir um tipo de história.

      • Sim, pode ser qualquer coisa, é mais pela demografia mesmo. E até por isso que tem as votações que eu disse, que tem mangás de diversos gêneros

    • Tem menos shoujo no Brasil que outras demográfias? Sim, pelos motivos que já foram citados (vende MENOS, o que não significa que não vende).
      E a questão também é aquela que já foi citada: o pessoal compra mangá pelo título, não pelo fato de ser de uma demográfia ou outra, por mais que neguem. Se o pessoal quer LoveCom, então peçam LoveCom, não peçam shoujo. As editoras vão querer lançar um mangá por ser aquele título, não por ser de uma demográfia.
      Ah, Kitsune, por falar nisso, se pode dar sugestões, tentem licenciar Olimpos, tem só 2 volumes e é legal.

      • Sim, eu sei que é porque vende menos, mas nem por isso acho inválido pedir por mais, lol.
        Olha, vou te dizer que acho que tem gente que compra por demografia sim ein… Ou tu duvida que tem gente que só compra os shounens? Tem gente que só compra shoujo tb.
        (não é meu caso, compro de tudo e aí fico falido, tough).

        • Eu acho que tem gente que compra mangá de ação/aventura/terror. Se essa pessoa visse Tomie, que é terror, na banca, sem saber da demografia, talvez compraria.

          • Exato. A meu ver, quem compra “shonen”, não o compra por ser dessa demografia, e sim porque o gênero daquele mangá o agrada. O público de shoujo brasileiro é o único que compra por demografia.

          • Se tivéssemos escolhas com os shoujos lançados por aqui não compraríamos por demografia e sim porque gostamos do mangá. Eu que sou bem chata para mangá e que compro só o que realmente me agrada (ou seja, não compro qualquer coisa apenas por ser shoujo) compro todos os shoujos lançados no momento. Simplesmente não tenho opções para escolher. Apenas isso.

  2. Olha, citaram a minha enquete do Mangas Brasil aqui.
    A idéia mesmo com relação a isso foi saber se dentro do público do grupo, realmente existe uma baixa compra da demográfia.
    Mas bacana o poadcast. Muitas informações interessantes.

  3. Não é que queremos mais shoujo no Brasil, queremos shoujos de NOME do Brasil.
    Olhem quantos mangás de nome lançados recentemente:
    Magi>>shounen
    Vinland Saga>>Seinen
    Shingeki no Kyojin>>shounen (?)
    Etc

    Lança shoujo aqui no Brasil? Sim. Lança coisas de nome? NÃO.
    Qual o último shoujo de nome lançado no Brasil? Exceto Sailor Moon que não serve para comparação de nada… Kimi ni Todoke? Maid-sama? Isso há quantos anos?

    Falta shoujos de peso aqui no Brasil. Tira CLAMP e sobra o que? Infelizmente CLAMP vende por ser CLAMP e não por ser shoujo.

    Um ponto que concordo: realmente queremos mais shoujos de romance. Isso não tem mesmo… Mas não acho errado pedir por Shoujos, porque achamos mais válido pedir por um “gênero” do que pedir por títulos. De certa forma queremos “qualquer” shoujo XD

    Realmente, tem MUITO shoujo com capas genéricas. Infelizmente a capa faz vender. Quem não lembra de Otomen e sua capa? Aposto que um dos motivos do fracasso foi aquela capa…

    Também reclamo MUITO com quem pede Chihayafuru e Skip Beat lá na campanha. Parece que esse povo não pensa!! Se nem shoujo curto lança aqui, então imagina algo de 30 volumes e em andamento!

    O povo da campanha sabe que vocês pesquisam antes de lançar qualquer coisa kkkk Tem os idiotas que acham que uma campanha faz milagres e que assim as editoras vão lançar título X. Eu sei muito bem que essa campanha pode dar em nada, mas quem sabe o futuro, não é?

    Sinceramente os pedidos que mais me dão raiva são aqueles dos animes do momento. Até mesmo na campanha de shoujos tem isso. Por exemplo, votaram muito em Akatsuki no Yona. O mangá é muito bom e é de aventura/fantasia/histórico e com 1% de romance. Metade do povo que votou nele só conheceu o mangá com o anime. Quero só ver ano que vem quando o anime acabar se ainda lembrarão da existência dele…

    Hajime no Ippo… tem que ser maluco pra lançar 100 volumes aqui no Brasil… Gitama… um mangá de comédia japonesa… Tentei ler e não entendi 1% das piadas. Como que o povo espera que faça sucesso no Brasil?

    Doce>>>Mangá

    Vejo muita gente falando que hq’s são mais baratas do que mangás. O povo só esquece que nós engolimos qualquer coisa vinda dos EUA. Provavelmente deve ser muito mais barato trazer algo americano do que qualquer coisa de outro país.

    Enfim, é isso. Bom podcast =D

    • Olá! Obrigado pelo comentário!
      Se a questão é querer títulos de nome, seria mais eficiente pedir esses títulos especificamente em vez de jogar tudo no balaio “lancem mais shoujo”.

      E é aquela coisa, cai no mesmo caso que citamos de JoJo, Hajime no Ippo, Gintama… tem que pedir o título que fazem sentido econômico serem lançados.
      Vejo muita gente pedindo, por exemplo, Lovely Complex, que me parece um título plausível e tem uma quantidade relativamente baixa de volumes (17). Mas ainda assim é arriscado. E se não vender de primeira? Serão 17 volumes dando prejuízo.
      Eu sou um fã de Hoshin Engi, um shonen da Jump dos anos 90 com 20 e poucos volumes. Mas eu não fico puto de não lançarem porque eu sei que é difícil vender algo sem “nome” com muitos volumes. E por isso insisto que Shiki, do mesmo autor, faria mais sentido, por ter pouco mais de 10 volumes, e ele saindo aqui talvez abra o caminho pra outras obras do cara.
      Pro “shoujo” (uso aspas porque quero dizer “romance escolar”) falta algo assim: um título relativamente curto, fechado, e que possa servir de porta para esse gênero no país.

      • Mas nós pedimos por títulos específicos. Pelo menos quem está seguindo a campanha faz isso. Pedimos para a Panini 3 mangás: Tonari (que o próprio kitsune falou que era uma escolha plausível), lovecon (mangá concluído, de comédia e que 11 em cada 10 fãs de shoujo gostam) e aoharaido (faz um sucesso absurdo no japão. Mas entendo que é arriscado. Que eu saiba não foi licenciado para o EUA… o que torna ainda mais arriscado trazer pra cá).
        A campanha é para que as editoras olhem para o nosso lado. Poxa, não estamos pedindo por trocentos shoujos todo ano. Mas ter zero novidades todo ano que não dá… (zero=nomes de peso. Todo ano tem pelo menos 1 shounen e 1 seinen de peso lançando. Isso não acontece com shoujos.)
        Acredito que o problema é que o povo usa a campanha para pedir por qualquer shoujo. Dai fica aquele flood em toda publicação da Panini.
        Eu tento colocar algum senso na cabeça desse povo que pede coisas absurdas. Mas é difícil…

  4. Como consumidor expressivo do mercado de mangás, na minha opinião de merda (MRG), hoje temos uma boa diversidade de títulos e gêneros no país. Vendo o mercado brasileiro isoladamente evoluímos MUITO em 10 anos e a diversidade atual é ótima para o momento, quando temos muitas vezes mais opções de compra, sendo difícil comprar tudo.

    Se pegarmos os lançamentos da Panini em 2004, foram só 3: Slayers, Kozure Okami (Lobo Solitário no Brasil) e Shin-cha que foi cancelado. Já esse ano só da Panini tem 14 títulos novos, sem contar os em andamento.

    Cada vez se consolida mais o mercado de mangás de “luxo” ou com uma qualidade e preço maiores. Você tem a New Sampa que ocupa uma parte do mercado que a gente esquece que são os punhe…. os mangás eróticos, que vendem e até ajudam a editora a apostar em outros títulos como o próprio relançamento de Vagabond.

    Então pouco a pouco o mercado vai se estabelecendo, crescendo e consequentemente se diversificando. E espero que na próxima década as editoras consigam se estabelecer com conteúdo digital também, que ajudaria muito a aumentar essa diversidade.

    Acho que a comparação valida que ninguém faz é com o mercado latino, que é mais próximo da nossa realidade. E perto deles estamos bem, a Argentina que no mercado de livros é um monstro, nos mangas vive só dos bem mainstream. Só o México tem um mercado quase igual o nosso em todo continente e isso é muito significante para nós.
    No Chile um pais que tem uma educação e índice de leitura maior que os nossos o mercado é tão ridículo que a pirataria de mangá impresso come solta, enviei uma vez um link do facebook para vocês e agora achei até um site que aceita pedidos: http://mangachile.net/

    E claro o mercado precisa sempre ter em vista o que foi o mercado de hqs no passado, pois ele caiu muito perto do que foi. Então como o Cassius sempre diz, o mercado tem aumentado em quantidade de títulos, mas não em quantidade de vendas. O que mostra que ainda temos um longo caminho a percorrer para ter o mercado “ideal” se é que ele existe.

    Sobre a Salvat vale lembrar que ela testou fase 1 no Piauí, que aparentemente é um ótimo mercado de Hqs americanas. Além que eles conseguem esse ótimo preço simplesmente por ser impresso na Espanha e isso ajuda muito a baratear, além de ter um acordo com a Panini para poder lançar os títulos. Qualquer produto impresso fora é muito mais barato, porém você acabaria com a periodicidade no mangá.
    Como já citei anteriormente trabalho na Editora Escala, na parte de livros didáticos, porém aconteceu um caso engraçado com as distribuidoras com a venda das revistas que repercutiu bastante. Um dos títulos mais vendidos da editora é a revista semanal de fofoca que concorre com a Conta Mais que é a revista de fofoca da Abril. Como a empresa de distribuição é da Editora Abril ela estava deixando a distribuição da nossa revista atrasar para ser entregue no fim da semana já, lá pela quinta-feira, deixando a revista da Abril chegar primeiro as bancas e garantir as vendas. Apesar de que a Escala tem uma das principais gráficas do Brasil que imprime mangás também, e provavelmente deve fazer algo semelhante com a Abril.
    Cara e eu que pergunto pra geral e ninguém sabe quem compra a New Tokyo, que já passou da edição 100, vende bem até e eu me pergunto quem compra essa revista. Não denegrindo o trabalho do pessoal que faz. As colunas são boas, eu vejo, pois recebo de graça, mas com tanto mangá nas bancas e informação na internet R$ 8,00 é um preço considerável com toda opção de escolha do consumidor nos dias atuais.
    O último arco de Slam Dunk é muito bom, e não deixem de analisar o jogo final com o basquete real. Afinal muito daquele jogo caracteriza o que aconteceu com o Chicago Bulls para ele virar o supertime dos anos 90. Pois o Michael Jordan (Rukawa) realmente era individualista por um bom tempo e quando paravam ele paravam o Bulls e quando ele começou a jogar em grupo e com alguns outros bons jogadores o time deslanchou. Ele ficava muito puto com o Rodman (Sakuragi) e tudo sobre o comando o Phil Jackson (Anzai).
    E a partida final é muito do que foram os jogos entre Orlando Magic x Bulls nos anos 90, além da comparação que ele cria entre dois dos maiores Centers da histórias da NBA através do mangá com Akagi (Patrick Ewing) x Morishige (Shaquille O’neal).

    • Acho que a Salvat lança no Pernambuco, não no Piauí. O que eu acho foda, porque parece que lá há um público forte de quadrinhos, então é bacana movimentar as coisas por lá também.

  5. Eu olho os lançamentos de todas as editoras desse ano e penso: “Alguém está querendo me deixar muito pobre”. E tem gente dizendo que só tem mangá ruim? aushaushausas

  6. Acho excelente esses programas assim pois nos tiram muitas dúvidas. Sabendo dos processos, a pessoa pelo menos passa a levar isso em consideração na hora de querer exigir das editoras. Porém, acho bacana ressaltar: Não é por conhecer melhor o lado das editoras, (Que existem vários problemas que elas enfrentam, que tem motivos para as decisões delas e etc) que nós consumidores temos que aceitar qualquer coisa. Editoras são empresas. Se uma empresa oferecer merda e os clientes aceitarem de boa, elas sempre oferecerão merda. Hoje nós vivemos no geral, um momento até que bom no mercado de mangás no Brasil (em termos de publicações), onde temos muita coisa diferente, com uma qualidade muito boa, preços razoáveis e até experimentação de formato, mas creio que isso nunca chegaria se os consumidores comprassem qualquer coisa. Nem tanto ao céu nem tanto ao inferno: Não adianta querer que tragam Hajime no Ippo por 2,00 reais, páginas coloridas e com autógrafo personalizado do autor, mas também não dá pra aceitar qualquer preço, com impressão toda cagada, mal editado e etc (Coisa que já aconteceu muito por aqui.)

    • Ah, sem dúvida. Os pontos que tocamos são dos “erros” de julgamento dos compradores, mas as editoras não estão isentas de problemas. Uma coisa é entender a parte lógica das decisões editoriais pra evitar falar groselhas, outra coisa é ser conivente com os erros das editoras.
      Impressão ruim e erro de ortografia são problemas palpáveis e quantificáveis de editoras, os tópicos que tocamos no podcast não.

  7. Aliás, lendo o Yu Yu relançado que está muito bom, curti tanto a tradução quanto a edição física como um todo. Mas logo na abertura do mangá tem um errinho de diagramação, normal acontece, mas na hora pensei, os Otakus vão pirar nisso haushuahsas

  8. Gostei do podcast, bem esclarecedor.
    Concordo com muita coisa do podcast mas pontuo algumas coisas:
    1- Como disseram acima, faltam shoujos DE PESO no Brasil. O nosso lindo Brasil tem shonen ATÉ DEMAIS(e a maioria dos shonens top temos aqui), pouquíssimo seinen (outro que precisa vir mais), quase zero de Josei e shoujo? Tirando CLAMP o que sobra? Pouquíssima coisa…
    Algumas referencias de vendagem. Quantos títulos desses temos aqui? Menos de 1%? Sim ‘-‘
    http://comipress.com/article/2006/05/24/161
    http://www.shoujo-cafe.com/2008/09/shoujo-mang-mais-vendidos-de-todos-os.html
    http://www.shoujo-cafe.com/2008/09/shoujo-mang-mais-vendidos-de-todos-os_04.html
    2- Concordo com relação a títulos longos. É mesmo MUITO arriscado lançar títulos gigantescos (ex: Hajime) sem garantia do retorno… e mesmo eu sendo uma fã de Skip beat, tenho que concordar por ser um shoujo longo acima de 30 volumes. Mas! Acho muito válido lançar títulos como Aoharaido que é um mangá atual, vende que nem água por lá e de alguma forma, se tornou conhecido por aqui ‘-‘
    3- Outra coisa que se deve tomar cuidado são as capas que vocês usam. Tem shoujos (e alguns shonens também xD) que tem capas ESTRANHAS (tipo otomen…) então acho muito válido alterar uma coisa ou outra ‘-‘.

    • Olá!
      Então, é bem complicado. As duas primeiras listas que você citou realmente tem pouca coisa lançada no Brasil… mas a maioria tem mais de 20 volumes, e aí cai na questão da curva de vendas que citamos, é algo extremamente arriscado.
      Já o terceiro link que você postou é uma fonte boa de possíveis mangás licenciados por aqui, a maioria é mais curtinho, na casa do 10, algo mais praticável. Esses faz sentido se fazer uma mobilização para trazer.

  9. pra min o grande problema é que o publico ainda tem a mentalidade de
    shonen=mangá de porrada
    soujo =mangá de romance
    seinen=mangá violento

    sendo que esse pensamento esta totalmente errado ,por exemplo hetalia que é um mangá fofinho yao é publicado numa revista seinen ,no fim demografia não significa nada ,naruto é classificado como shonen pois é publicado numa revista shonen ,se fosse publicado numa revista soujo seria um soujo

    ou seja quando o pessoal diz “queremos mais soujo” basicamente estão dizendo “queremos qualquer coisa publicada numa revista soujo no japão”

    uma coisa que me irrita e eu acho uma puta babaquice é esse pessoal que fica comparando mangá com comics e reclama que o preço do mangá é injusto ,é só usar o bom senso e entender que a forma de produção e licenciamento dos dois é diferente

    só pra terminar acredito que as pessoas tinha que se informar melhor antes de ficar pedindo titulos aleatorios pras editoras ,por exemplo hajime no ipo e jojo não serão publicados aqui por motivos obvios

    • Ué, por que? Nada do que citamos excluiria Gin no Saji. Acho até que é bem provável que venha num futuro não muito distante pro Brasil.

      • eu acho que gin no saji é só uma questão de tempo ,já teve dois mangás lançados aqui da mesma autora que fizeram sucesso

        • só colocar na capa “mesmo autor de fulmetal alchemist” alem do mais o mangá ficou bem conhecido por aqui depois do anime ,o unico empecilho que vejo é o fato dele ainda estar em andamento

  10. Aliás, todo mundo esta citando Tom Sawyer como um shoujo, o que pode até ser verdade, comprei mais ainda não li, mas mais que isso é derivado de um clássico da literatura moderna., que poderia servir de porta de entrada de leitores de mangás para os clássicos.
    A própria JBC não foca nisso, foca mais em ser um dramão para agradar os fãs. O que é uma pena, pois os próprios fãs se limitam midiaticamente e se interessam por um gênero mais do que pela bagagem da obra.

  11. Em geral foi um podcast legal, com informações interessantes.

    Só peço que na próxima dê uma pesquisada melhor em relação a Campanha Mais Shoujos No Brasil. Talvez entrar em contato com os organizadores, entrar no grupo do qual as decisões saem…

    Os títulos são escolhidos por votação e alguns como Skip ou Chihaya já são debatidos e descartados justamente pelo tamanho. Se na fase inicial em relação a Panini deu a entender que só vamos pedir romance colegial, foi pelo simples fato de que ao analisar o perfil das editoras chegamos a conclusão de que ela é a única que traz esse tipo de título e alguns dos que melhor venderam nela são assim.

    Já para JBC a escolha está estacionada porque sabemos que algo curto, de fantasia ou terror, possivelmente um josei soaria mais atrativo para a editora; a NewPop não tem capacidade para títulos muito longos… não estamos escolhendo a esmo.

    As pessoas em geral ficaram muito agressivas em relação a Campanha, mas não vejo qual o problema de pedir títulos amados e de peso na demografia, sejam romance, fantasia, comédia… qualquer um sabe que se colocarmos um romance ou aventura shounen e um shoujo lado a lado as diferenças de linguagem são notáveis, então isso vai além do gênero.

    Em um ano em que recebemos tanta coisa bacana e pedida entre os shounens como Kuroko no Basket, Shingeki no Kyojin, Magi, Assassination Classroom… é tão surreal assim querer algo como Lovely Complex? Certamente que não.

    Acho que seria bacana conversar melhor com o pessoal da Campanha, sem dúvidas seria super bem recebido para entender nossas convicções e objetivos.

    • Olá! Obrigado pelo comentário!

      Bom, é o que falei pra você no twitter (sou eu mesmo lá): esse programa jamais abordou diretamente os argumentos dessa campanha. Citamos ela porque a movimentação que ela faz vai de encontro com outros movimentos mais antigos que fazem a mesma coisa: pedem shoujo. Calhou dessa campanha estar mais evidente agora, mas esse tipo de pedido não é exclusividade dele, então não foi um “ataque” direto.

      Dito isso, ainda bato na tecla que defendi no podcast: pedir shoujo é pedir qualquer coisa. E se as pessoas querem qualquer coisa, eu não entendo o movimento, qualquer coisa a gente já tem. Sailor Moon, várias coisas da Clamp, agora Tom Sawyer e Dawn.
      Shonens não são todos iguais, seinens não são todos iguais, joseis não são todos iguais, então não entendo querer fazer parecer que os shoujos são todos iguais.
      Você citou que se colocar um shonen e um shoujo lado a lado dá pra ver as diferenças de linguagem, mas essa afirmação possui tantas exceções que é difícil chamar de regra. 87 Clockers, 3-gatsu no Lion, Chobits, Tsubasa, xxxHolic, Tetsugaku Letra, Black Butler, A Bride’s Story, Orange (virou agora)… nenhum desses é shoujo mas passaria facilmente por ele. Assim como o recém lançado Dawn – Tsumetai Te, e Tomie do Junji Ito, jamais seriam chamados de shoujo não fosse pelas revistas onde saíram.

      Nunca entendi quem fala “gosto de shoujo” ou “gosto de seinen”, porque essas afirmações são tão vagas que não fazem sentido. É como falar “gosto de filmes com classificação indicativa 14 anos”, pode ser virtualmente qualquer coisa! Então repito: pra mim faz sentido pedir títulos específicos ou gêneros (romance escolar, garotas mágicas, drama, etc); pedir shoujo permanece não fazendo sentido pra mim. Mas estou disposto a mudar de ideia com argumentos válidos. Este espaço de comentários serve pra isso mesmo, então fica o convite para retornar, se quiser.

      Até! \o

      • Aí é que está: você não se identifica com isso, pra você não faz sentido – mas para outras pessoas sim… você citou exemplos válidos como xxxHolic (aliás boa parte dos títulos da CLAMP não é shoujo, as pessoas só não sabem disso… nem Kobato que é toda cute é shoujo) ou Kuroshitsuji que são alvo de debate há anos… mas não é por conta de uns shounens com “cara de shoujo” que as demografias deixarão de ter abordagens mais características de acordo com seu público-alvo.

        Muita gente compra coisas de gêneros que gosta, mas para boa parte das pessoas isso não funciona muito bem justamente pelo foco variar tanto de uma demografia para outra e isso é natural. Então as editoras deviam ter isso em mente na hora de diversificar os títulos nas bancas; é motivo de comemoração a abertura (de certa forma até tardia) para seinen e BL, mas shoujo e josei precisam de uma quantidade satisfatória de representantes também. NewPop e Nova Sampa de certa forma tem catálogos bem equilibrados, mas elas são justamente as menores editoras.

        E você citou um ponto importante ” Dawn – Tsumetai Te, e Tomie do Junji Ito, jamais seriam chamados de shoujo não fosse pelas revistas onde saíram” justamente. Da mesma forma que tem os talz shounen que lembram shoujo o contrário acontece e o resultado é que as opções dentro da demografia são bacanas, mas não são as que as pessoas mais gostariam de ver por aqui. Acho que a Campanha é um reflexo disso.

        Eu consegui entender melhor o seu ponto de vista então espero que tenha conseguido entender que muita gente gosta de diversos gêneros, mas se identifica com o olhar que eles possuem dentro de uma demografia específica.

        De qualquer forma fica contente pelo diálogo aberto porque esse tema ultimamente tem gerado brigas espinhosas e que podiam facilmente ser evitadas.

  12. Mimimi! Que droga de especialistas são esses que não sabem de nada!? O Fofura de queijo que é o melhor!!!

    Eu já devo ter dito que os programas com convidados são os melhores, mas insisto. Esse em especial foi bem divertido, no entanto, até pelo tema fica meio difícil querer comentar alguma coisa.

    Muito, senão praticamente tudo que se diz a respeito do mercado brasileiro de mangás é besteira, puro achismo. Se mesmo os especialistas de verdade, que trabalham nas editoras não sabem de um monte de coisa, que as vezes nem tem como saber, que dirá gente sem conhecimento algum de causa.

    A pessoa que fala que não existe diversidade de mangás no Brasil hoje, não compra mangá. De uns anos pra cá, e ainda mais se comparar com o começo do mercado, as coisas evoluirão muito, em todos os aspectos! Não estou dizendo que as editoras não erram, elas ainda tem muito o que melhorar, mas é o que vem acontecendo. E pra mim o melhor sinal de todo esse crescimento é justamente a entrada de cada vez mais editoras dispostas a publicar para esse nicho, afinal o próprio mangá ainda é um nicho.

    Quanto ao mangá ser caro, aqui no Brasil tudo é caro. Com 15 dilmas não da nem pra comprar um salgado e um refrigerante direito, se tiver que pagar o ônibus então pode esquecer. A qualidade do nosso impresso é muito inferior a japonesa com certeza, mas é uma comparação que não faz sentido, não tem como exigir isso das nossas editoras.

    Pelo menos não ainda, especialmente com uma retração do mercado, como os convidados comentaram. Fico feliz de saber que Inazuma Eleven está fazendo sucesso, pode significar uma renovação (não necessariamente) maior do publico, o que seria muito bom.

    Um aspecto do nosso mercado que eu estou gostando de ver, é que parece que as editoras estão investindo cada vez mais em títulos curtos. É uma aposta muito mais segura, tanto pra quem lança quanto pra quem compra. Garante uma experimentação maior em diversidade de títulos, de gêneros e autores por parte das editoras que não precisam se arriscar muito sem a tal curva maldita. Já tem um tempo que to pegando tudo que aparece com volume único, sem nem saber direito do que se trata.

    Bem mais fácil começar a comprar um quadrinho que você sabe que, independente da qualidade da historia, vai acabar em até uns 5 ou 6 volumes, do que um que já tem mais de 20 e ainda em publicação. Aliais, me parece que o nosso mercado está um pouco saturado de “grandes” obras.

    Praticamente todos os mangás grandes e viáveis (pode-se subentender os sucessos da Jump) já foram lançados aqui. Inclusive acho que por isso Kekkaishi não vingou, as pessoas simplesmente não conheciam e não quiseram se arriscar, talvez pelo tamanho. Sei lá, achismo da minha parte.

    Enfim, pra quem não tinha muito o que comentar eu acho que já escrevi demais, então vou parando por aqui.

    Ah sim! Vou aproveitar a deixa pra fazer a recomendação de um mangá que li a pouco tempo, vale tanto pros convidados e suas respectivas editoras, quanto pros realizadores do podcast ou pra quem tiver conseguido ler até aqui.

    Love my Life de Ebine Yamaji, josei slice of life de volume único. A historia conta o dia a dia de uma menina que começa a namorar uma outra menina, desse relacionamento, do relacionamento dela com seu pai e amigos, e sobre seu auto descobrimento. Interessante a maneira humana como são retratados os personagens e seus sentimentos.

  13. Acho que vocês deveriam ver a campanha antes de perpetuar uma informação errada. O banner da campanha pede 3 TÍTULOS, inclusive no grupo votamos por TÍTULOS que devem ser pedidos. Vocês deveriam checar melhor antes de julgar, mais shoujos no brasil é só o nome da campanha que pede mais TÍTULOS da demografia. Afinal, nao importa se um podcast, perpetuar informação errada por aí é antiético.

      • Ja li. Deram o exemplo de Lovely Complex. Mas desde 2006 pedem esse título e nao atendem. Então resolvemos juntar forças, entende? Não queremos só título x, mas vários (nao de uma só vez,obvio) O nome é genérico pq a campanha é contínua e cabe pra os outros TÍTULOS.

    • Só para constar, nem comentamos ou agredimos diretamente a campanha, conheço muito vagamente o conteúdo, aliás. Comentamos sobre reclamações em geral que as pessoas postam na internet. Fui em alguns blogs de notícias para fazer a arte desses podcast e “ninguém pensa/quer lançar shoujo” foi um dos comentários mais fáceis de achar.

      Além do que, de shoujo especificamente, atacamos mais foi a irrelevância e natureza abstrata do termo, tanto que falamos que poderíamos substituir toda a conversa por “shounen” ou “seinen” que a coerência se manteria. Já até fizemos um podcast justamente criticando a irrelevância das demografias como classificador para o público ocidental.

      Agora, fico feliz se realmente existe uma campanha que pede por títulos específicos voltados para o publico feminino, como comentamos, campanhas aparentemente podem trazer atona a relevância de algum mangá para as editoras. Diversividade SÓ É benéfica para o público e mercado, torço para que tenhamos cada vez mais títulos diferentes, só não conte comigo para dizer quais, porque não deve ser uma tarefa fácil.

  14. Olá, primeiramente gostaria de dizer que já acompanho o podcast há algum tempo, há mais de um ano provavelmente, e gosto muito dos temas, da riqueza de informações e dos debates. Aprendi muito com o podcast e sempre procuro escutar os programas que tenho interesse.
    Já tinha ouvido o podcast sobre Mercado Nacional de Mangás, parte 1 e gostei bastante. Achei legal fazerem uma parte 2, porém, não me agradou o tom de deboche com que foi tratado o tema dos mangás shoujos no Brasil. Primeiro que ninguém é obrigado a curtir essa ou aquela demografia/gênero de mangás, porém se vão se propor a debater um determinado tema de forma séria, no mínimo esperava um pouco mais de respeito e imparcialidade, pois pelo que eu ouvi o tema foi tratado de forma bem desrespeitosa e não houve nenhuma contrapartida sobre o por que das pessoas estarem pedindo mais mangás dessa demografia.
    Outra questão que gostaria de pontuar é acerca da Campanha Mais Shoujos no Brasil, que acontece no facebook, vocês disseram que o pessoal da campanha deveria pedir por títulos e não por shoujos, já que isso é uma demografia, concordo, mas basta uma pequena busca na internet e vão ver que essa Campanha pede sim por títulos específicos. Mesmo deixando a Campanha de lado, que é algo muito recente, vejo desde 2006, pedirem pelo lançamento do mangá Lovely Complex (que foi citado aqui nos comentários) aqui no Brasil, e até hoje nada. O pessoal fã da demografia está sim pedindo por títulos específicos há um bom tempo, se as editoras não atendem os pedidos é outra história, mas dizer que os fãs não estão pedindo por títulos específicos foi falta de pesquisa.
    Quanto ao quesito diversidade no mercado, temos uma diversidade de shounes e em menor escala de seinens, porém na minha opinião o mercado em 2008 tinha mais produtos para diferentes públicos.
    Enfim só queria deixar registrada aqui a minha opinião, continuarei ouvindo os podcast apesar desse último programa.

    • Olá, Lady!
      Considero equivocada sua visão de que tratamos com deboche a demografia ou a campanha. Aliás, muita gente veio aqui falar como se a gente criticasse especificamente ESSA campanha. A verdade é que esse é apenas UM de uma série de movimentações similares que existiram e existem de fãs na internet. Não duvido que a campanha peça títulos específicos, mas você, que aparentemente está bem envolvida com os fãs da demografia, com certeza sabe que existe gente que simplesmente quer “shoujo” e pede dessa forma. E são dessas pessoas que falamos.

      E também não entendi você dizer que não fomos “parciais” ou respeitosos. De forma alguma destratamos os shoujos ou títulos específicos. Falamos do tipo de pedido que os fãs fazem, e que, com os nossos argumentos do programa e aqui nos comentários, mostramos o quão é vago e ineficiente tal pedido. Não quer dizer, claro, que todo mundo age de forma igual, assim como nem todo fã de esporte pede Hajime no Ippo.

  15. A classificação por demografia é útil para a procura de títulos que possam te interessar justamente quando você NÃO tem títulos espeficícos em mente.

    • Não consigo achar muito útil uma classificação que coloca K-on, 20th Century Boys, xxxHolic, Dorohedoro e Tenjoh Tenge no mesmo pacote.

  16. A respeito do público de eventos estar sempre renovando isso se deve pelo fato de ser novidade para o novos leitores, eles querem estar mais inseridos na cultura que estão conhecendo através da leitura dos mangás.
    Entre os anos 2009 a 2011 foi ao Anime Friends e Anime Dreams, mas logo perdi o interesse. Nesse pequeno intervalo pouca coisa mudou nos eventos, o que me deixou com a impressão de mais do mesmo.

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