Sejam bem vindo ao episódio tau do Mangá², o podcast de mangás que não desenvolve muito bem seus personagens.
Neste programa, Judeu Ateu e Estranho conversam sobre um tema que sempre permeou os programas mas nunca foi abordado diretamente: o desenvolvimento de personagens.
O que consideramos desenvolvimento de personagem? Uma obra pode ser boa sem um personagem com desenvolvimento? Personagem sem desenvolvimento é personagem ruim? Essas e muitas outras perguntas são abordadas (e nem sempre respondidas) neste podcast!
E na recomendação da semana, uma obra relaxante sobre viagem no tempo de um autor que dá status!
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Cronologia do episódio
(00:35) Discussão Semanal – Desenvolvimento de Personagem
(26:00) Leitura de Emails
(43:43) Recomendação do Ouvinte – Haruka na Machi e
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Eu li HXH com a versão dos volumes. Deal with it.
Eu não sei vocês, mas sempre diferenciei aprofundamento do desenvolvimento. Desenvolvimento é o personagem ir de X pra Y. Aprofundamento é a justificativa de X. Digamos que um é a soma e outro é equação.
Eu acho que o “padrão” mais completo é apresentarem o personagem, aprofundarem e depois desenvolverem, não que isso seja obrigatório, né, mas é um processo tão cheio de possibilidades que tu não cansa.
Até um certo ponto eu li os volumes, mas depois comecei a ler os semanais. Tenho traumas.
Olha, francamente, eu acho essas coisas que o Togashi faz com HxH justas. O cara começou o mangá contra a vontade pra revista que segurou ele por um ano inteiro, nada mais justo que fazer quando quiser e do jeito que quiser e quando der vontade. De certo modo é bom, porque o enredo de HxH tem umas liberdades maiores que outros mangás da Jump. Até o Urusawa faz coisa parecida.
Ahh, não, eu não reclamo disso. Até porque existem séries que saem todas as semanas e… né? *Olha pra Bleach na estante e chora*. Mas que é feio, é, e as vezes não dá pra entender.
Ops, às vezes (sou um pouco fresco com gramática).
Vejo um programa de desenvolvimento de personagem com Dragon Ball Z na capa. Deve ser um programa muito interessante (sem ironia).
desenvolvimento de personagem ser algo obrigatorio, eu acredito que não depende muito da historia que se quer contar temos que avaliar o contesto e ver se reslmente é necessario tal desenvolvimento, por exemplo scooby doo ta ai desde 1969 e os personagens são os mesmos de sempre nunca ouve desemvolvimentos dos mesmos justamente pois nunca ouve necessidade
e tambem pra que fazer um desenvolvimento de personagem que no fim leva a nada ,como bleach por exemplo onde o ichido passa varios capitulos refletindo “por que eu luto” pra no fim chegar a resposta nenhuma e isso tudo não ter passado de perda de tempo
Hum…
O argumento gera fluxo narrativo (episódico ou não) que, por meio de variações externas, estimula uma resposta coerente do personagem. Sakamoto, por exemplo, é uma figura que chama atenção porque a cada capítulo, através de algum evento, descobrimos detalhes de sua excêntrica personalidade. Por ser uma mudança mínima, mais lenta e comportamental do que psicológica deixa de ser desenvolvimento? Submetê-lo a circunstâncias tão curiosas acaba por torná-lo mais consistente e atraente para o leitor, mas isso define flanderização? O grau de profundidade está relacionado à abordagem escolhida — nem todas as histórias exigem de seus personagens a carga complexa e tridimensional de um Ingmar Bergman —, contudo, parado o infeliz não fica.
O que me faz recordar o elenco do já citado Assassination Classroom. Um “monstro” explode mais da metade da lua, coloca o mundo sob a ameaça de extinção, tendo uma sala de aula como palco principal. E o que os alunos fazem? Nada. Seguem a vida sem se abalar. Sequer são reativos como os Tsunas, os Keitarōs e outros clones de Shinji Ikari; são passivos, sem identidade, contradizendo toda a situação (pra lá de bizarra) estabelecida. O treinamento e a recompensa, que seriam os agentes da “causa & efeito”, são fatores raramente trabalhados. Então, quando, de uma hora pra outra, eles resolvem encarnar o Charles Bronson nos corredores do colégio, a trama oscila. E por quê? Ora, o autor não nos permitiu acompanhar o desenvolvimento, logo, não os conheço, então a ação não convence.
Uma personagem que me impressionou muito, pelo fato de ter um desenvolvimento, foi o Black*Star, de Soul Eater. Achei que ia ser mais uma personagem estereotipado de shonen, mas você acompanha o amadurecimento (se é que posso chamar assim) dele e o que eu vejo depois do arco da invasão do castelo de Baba Yaga me deixa feliz.
(Judeu, por favor, sem spoilers. Ainda estou no volume 16)
Acho que um bom exemplo de desenvolvimento de personagem seria o Gutts, de Berserk. Acho muito maneiro ele ter virado o Batman.
Qual a música de abertura?
A música é da Sara Bareilles, chama Uncharted.
Desenvolvimento de personagem vai depender muito da história e tal, mas no geral, é muito bem-vindo, pra renovar o interesse por determinado personagem, senão é perigoso ficar meio monótono.
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HxH… Se não me engano, tem bastante desenvolvimento de personagem até!
Começando com o Kurapika (talvez). Depois o Killua refletindo sobre sua amizade com o Gon e a sua relação com seu irmão (Illumi). Mais tarde, no arco das formigas, vários personagens são desenvolvidos durante a invasão (foda!) ao palácio. E ainda o Rei Meruem, sempre questionando a sua existência.
Pra quem leu Bleach, Naruto, One Piece, Toriko(!), não querer ler HxH é teimosia hein! (Tipo eu que não queria ver Breaking Bad)
O traço do Togashi vai melhorando muito durante os últimos capítulos (quando não são rascunhos xD).
E se servir pra alguma coisa, você pode até considerar o capítulo 339 como o último! (já que tá parado no 340 mesmo).
“Pra quem leu Bleach … ” Ganhou na argumentação aí.
Dheku, seu falacioso.
Eu nunca havia reparado que personagens de mangás de comédia não tem desenvolvimento e parando para pensar é isso mesmo. Mas um que foge a essa regra e tem mais personagens que são desenvolvidos do que prontos é Sket Dance. Apesar de quem vê de fora não notar, a maioria deles são desenvolvidos e inclusive chegam a mudar muito em resposta a certos acontecimentos.
Concordo quanto ao desenvolvimento em Sket Dance, mas acho que discordo em chamar de comédia. Sinto uma pegada muito mais slice of life do que qualquer coisa, com um clima que permite que o autor faça qualquer coisa, de comédia a drama pesado.
É então, eu sempre tive dificuldades em definir Sket Dance por causa disso: Por muito tempo ele tem um formato de comédia episódica, depois ele muda e vai pra um drama com os personagens, logo após ele volta para o que era… Eu sempre acabava dizendo que ele é uma comédia por achar que ele tem comédia demais pra ser um slice of life com elementos de comédia.
Mesmo pensando assim, agora que você falou, acho q essa sua definição descreve melhor o que ele é do que dizer que é só uma comédia mesmo.
Senti fortemente o desenvolvimento de Miharu de Nabari no Ou xD Miharu sai da total apatia do começo do mangá para a descoberta de si mesmo, com auxílio de Yoite.
Bom e no próprio HxH vejo um tanto disso aqui e acolá. Gostaria de ver como vai ficar o mangá, se um dia o Togashi resolver voltar, já que ele largou a coisa um pouco depois de o Gon ter ficado muito pirado. Nunca imaginei que aquele menininho chato que eu tenho raiva que é super inocente, chegasse a ser totalmente controlado pelas emoções e esquecer totalmente do que acreditava no começo, ao ponto de SPOILAS usar uma garota cega como refém.
Então, dou muito valor para desenvolvimento de personagem, mas não tiro créditos de alguma história por não tê-lo, se esta compensar.
E recomendo vocês encerrarem cantando uma musiquinha de impacto mesmo lol
Sobre o programa,sinto que um ótimo desenvolvimento de personagem não salva uma obra ruim,uso como exemplo Gantz, no qual o desenvolvimento do protagonista é tão sutil e bem feito que na hora que você percebe ele já se tornou uma pessoa totalmente diferente do que ele era;mais isso não salva a obra (tenho que parar de ler essas porcarias),mais é um dos pontos fortes da obra.
E eu me chamo Israel,tenho 19 anos(ninguém perguntou) e moro na cidade de Mirassol/SP(ninguém perguntou²) e também sou o cara que sempre compartilha quase todos os posts do Mangá² no Facebook(podem conferir),uso essa abreviação do meu nome pois fica mais prático e para evitar aquelas piadinhas de tiozão como: “Via explodir alguém”,”E aí Palestina!” e “E aí terrorista!” hue hue hue.
Espero que fique tudo claro pra vocês agora.
Só pra reportar que comecei a ler Hoshi no Samidare,aquela cena que o protagonista joga o lagarto pela janela foi a que me comprou,atualmente estou no volume 6.