Mangá² #67 – Autores nas Obras e A Quarta Parede

Sejam novamente bem vindo ao episódio patinete do Mangá², o podcast junta assuntos que não fazem sentido estarem juntos.


Neste episódio, resolvemos retomar o que começamos a falar no podcast sobre Intenção Autoral, e falamos um pouco sobre a presença dos autores dentro de suas obras! Desde manifestações físicas até a personalidade do autor, o quanto é relevante percebermos isso?

Num momento alt+tab, falamos também sobre o conceito de Quarta Parede, como ela é quebrada e quais os problemas que isso pode originar. E, pra relacionar com os dois assuntos abordados no podcast, forjamos a frágil Teoria da Parede Semi-Permeável!

E a recomendação da semana, o Judeu retorna com um autor já consagrado do podcast, para o melhor battle shonen da atualidade (que o Judeu lê)!

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Cronologia do episódio

(00:20) Discussão Semanal: Autores nas Obras e A Quarta Parede

(26:15) Leitura de Emails

(49:00) Recomendação da Semana – Sengoku Youko

Download (CLIQUE COM O BOTÃO DIREITO DO MOUSE E ESCOLHA A OPÇÃO “SALVAR DESTINO COMO…” OU “SALVAR LINK COMO…”)

29 comentários

  1. Essa sensação do Judeu com a falsa sensação de realidade, senti o mesmo com Planetes, cheguei a procurar algumas coisas como aquela doença de crescimento, e vi que era mentira, e fiz o mesmo com várias coisas.

    Robert Crumb, nesse final de semana eu li Blues, ótima HQ, que também aparece o Robert Johnson. que também apareceu em Me and the Devil Blues. Em Blues, você vê bem como ele se auto-coloca na obra, seja em fotos ou como personagem, além de dar suas opiniões pessoais sobre música.

    Judeu não toma refrigerante por nunca ter bebido Água da Serra, refrigerante daqui de SC.

  2. Olá, acompanho os podcasts semanais de vocês e queria saber se algum dia haverá opção de feed. Como eu uso um cliente próprio para baixar os podcasts, fica meio chato saber que só o site de vocês não tem essa opção, sendo obrigado a baixar um de cada vez.

  3. eu nunca havia parado pra pensar nesse assunto ,axho que isso é algo que nunca influenciou minha leitura tipo é intewressante saber essas coisas do autor mas na pratica não muda muito

  4. Sempre que leio PunPun realmente eu penso se o Asano se representa nele ou na Sachi.

    Sobre Historie, o autor se baseia em uma teoria que os historiadores estudam do Alexandre ter dupla personalidade, onde acho que o Hefestion seria uma das personalidades.

    Aliás, mangás históricos seria uma tema legal também. Falando de Shonen ser coisa de criança é um belo tema, eu acho que sim, afinal é só ver nas versões iniciais de One Piece e outras obras que tem imagens para colorir.

    Pô bora fazer o Mangá Fama, fofoca sempre vende e ainda serve para dar mais pauta pro Mais de Oito Mil.
    Aliás, o Judeu deu uma diminuída nas piadas, não ta fácil nem para quem é da comunidade hein. XD

    • Ehh… Não muito bem durante a fase sombria da década de 10. Daniel Way foi um dos principais escritores dessa época, e um dos maiores popularizadores, porém ele destruiu o personagem, tirou todos os conflitos dele, pra fazer apenas um palhaço lol so random xD. Agora na Marvel Now, com o Duggan e Posehn, principalmente no arco atual(The Good, The Bad and The Ugly) está voltando aos anos 90, onde o Deadpool tinha um sentido além da comédia retardada.

      Só comparar o personagem no mesmo período em que o Duggan e Posehn entraram e o mesmo personagem na mesma linha de tempo em Thunderfranks em que o Daniel Way roteirizava, porém saiu, mas o título continua uma merda.

  5. Essa sensação do Judeu com a falsa sensação de realidade, senti o mesmo com Planetes, cheguei a procurar algumas coisas como aquela doença de crescimento, e vi que era mentira, e fiz o mesmo com várias coisas.

    Robert Crumb, nesse final de semana eu li Blues, ótima HQ, que também aparece o Robert Johnson. que também apareceu em Me and the Devil Blues. Em Blues, você vê bem como ele se auto-coloca na obra, seja em fotos ou como personagem, além de dar suas opiniões pessoais sobre música.

    Judeu não toma refrigerante por nunca ter bebido Água da Serra, refrigerante daqui de SC.

    • Foi zoeira, mas achei até engraçado pois, bizarramente, muita mulher que me sinto atraido depois de um tempo se revela lésbica.

      No mais, a FIQ foi excelente. (só regularizando algumas coisas pra voltar a ouvir e comentar os M²).

      See ya, Lobo.
      See ya, equipe m².

      • Ele foi traduzido por algum scan brasileiro, só não lembro qual. Cara, é muito bom! Eu perdi um dia do meu curso porque queria terminar de ler. hahaha

  6. Eu não conheço bem animes e mangás metalinguísticos, o único que conheço é Medaka Box, que vi apenas os primeiros capítulos do anime, mas eu acho que isso é um bom exemplo de quebra da quarta parede, embora seja um desenho animado: http://www.youtube.com/watch?v=6J2jqYtyPwQ (Pica-Pau – os perdidinhos).
    Outro exemplo que posso citar é mangás slice-of-life bem descritivos de algo específico, como Otoyomegatari, onde a arte detalhada e as descrições da cultura dos países da Ásia Central, os detalhes das tapeçarias e da arquitetura das casas (isso no início do mangá, adicionando o ponto de vista de um cara britânico que é pesquisador e anota todos os detalhes) parece transportar você para dentro da obra. Não sei se ficou um pouco forçado, mas não pude deixar de acrescentar algo ao tema desse cast.

  7. Slowpoke report, Solanin o….sim, é uma vergonha eu só ter lido ele agora xD…é fantástico T_T….para quem tem 20 e poucos anos e está começando, ou fazendo ou principalmente terminou uma faculdade, se identifica com essa obra T_T….pelo menos agora terei mais um episódio de manga² para ouvar na viagem ao FiQ o

  8. Sunny carrega as experiências que Taiyo Matsumoto adquiriu na infância, após viver num lar adotivo. Black Jack é outro que herdou os dotes de açougueiro de Tezuka… É quase inevitável ao autor não vazar um bocadinho de si em suas obras. Afinal, o que é a arte senão um recipiente de ideias, gostos, anseios, momentos e sensações? Inclusive quando se afasta do viés autobiográfico e se joga no puro entretenimento. Yoshihiro Togashi, por exemplo, é um daqueles mangakas que não tem receio de se apropriar de elementos da cultura pop em seus mangás; visto que, numa serialização, o artista costuma se policiar para não sufocar seu trabalho com referências cotidianas ou, pior, datá-lo.

    Há uns meses, lá na ToC (comunidade que o Estranho mantém no submundo do orkut), postei uma visão minha sobre os controversos rumos finais de Yu Yu Hakusho. Papo antigo; em certa entrevista, Togashi revelou que um dos momentos mais dolorosos que passou durante a serialização de YYH corresponde ao arco de Sensui. Ele estava descontente (seja por doença ou bloqueio criativo) e desejava encerrar o mangá a todo custo. A pressão editorial não deu trégua e tio Toga precisou continuar, mas os sinais de descontentamento seguiram junto, refletidos num Yusuke indeciso entre se deixar manipular pelo “pai” ou voltar pra casa. Morte e ressurreição, através do acidente de carro, marcam o começo do mangá; e morte e ressurreição, através de Sensui, marcam o “recomeço” do mesmo, só que dessa vez contra a vontade do autor.

    http://mangafox.me/manga/yu_yu_hakusho/v17/c005/19.html

    Quanto ao quarto muro, Tezuka e Ishinomori, assim como outros de seus contemporâneos, utilizavam o recurso de forma descontraída e muitas vezes equivocada (Adachi soube tirar melhor proveito da brincadeira nos anos seguintes). A clássica página dupla de Devilman basicamente debocha desse artifício, mantendo a forma tosca e subvertendo a mensagem. Acho que o que vale é isso. Como se o He-Man desse lugar ao Tyler Durden pra dizer que a porra ficou séria. E fica mesmo – remetendo à intenção autoral em expressar, por meio de nanquim e papel, o período de desconfiança e medo pelo qual o mundo passava após o término da Segunda Guerra.

  9. Medaka Box é a maior coisa a acontecer na Jump em décadas e vocês ai dando bola.

    Eu tomaria cuidado com essa recomendação do Judeu, já que o último “melhor battle shounen” dele foi Soul Eater e todos sabemos como aquilo acabou.

  10. Só pra constar:
    no comentário de e-mails tem uma hora que falam que não tem morte em shonen porque é direcionado para crianças. Bem nessa hora me veio uma cena daquele filme A Fuga das Galinhas, onde uma das galinhas morre bem no início. E tem o Rei Leão também. Morte pode até ser evitado em coisas infantis, mas tá longe de ser proibido. Ainda mais se você pensar que o shonen não é estritamente infantil, afinal o público é cheio de adolescentes e pré adolescentes, não sei se mais ou na mesma quantidade que as crianças propriamente ditas.

    Não estou dizendo que uma obra precisa de uma morte pra ser interessante, muito menos que seria mais raso, só que usar “público infantil” para desculpa de qualquer coisa não é muito convincente.

    Aliás também não tô dizendo que alguém disse que PRECISA de morte, só me prevenindo aqui.

    Já desse negócio de quarta parede, eu gosto um pouco quando é comédia, mas quando o autor decide fazer uma coisa pretensiosa demais me tira totalmente do clima da história. Me lembro até hoje de quando eu comecei a ler uma saga famosa do Animal Man e quando o autor apareceu na história dizendo que era o autor, que o personagem era um personagem e que o personagem era vegetariano porque essa era o ideal dele eu não aguentei e parei de ler. Pra mim ele só estava falando o óbvio, me tirando da história e fazendo uma experimentação totalmente pessoal, só pra ele e pra mais ninguém. Nada contra experimentação, só que não me diverti nada lendo aquilo.

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