Mangá² #66 – Morte

Sejam novamente bem vindo ao episódio hot-dog do Mangá², o podcast que atrasa mas não morre.

Primeiramente, sobre o atraso: eu, o Judeu Ateu, enrolei tanto que resolvemos ficar sem episódio na semana anterior, caso contrario não teríamos Leitura de E-mails.  Peço desculpas por possíveis decepções e crises de ansiedade que posso ter causado em alguns de vocês, foi uma semana muito confusa pra mim (e também tava terminando Breaking Bad), não acontecerá mais e obrigado pela paciência.

Passado isso, é verdade que só quando superamos o medo da morte, é que estamos verdadeiramente prontos para viver?


Caso afirmativo, neste episódio do Mangá², damos um passo além para uma vida completa, discutindo o uso da morte nos mangás. Afinal, por que será que esta é uma temática que vemos com tanta frequência em obras de ficção? Quais são os motivos para a morte de um personagem? E o recurso de ressuscitação, será que pode ser utilizado sem estragar a obra? Embarquem conosco nesse não-aterrorizante passo além… para o além.

E a recomendação da semana segue a temática do episódio, é um mangá de mistério com um clima extremamente fúnebre.

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Cronologia do episódio

(00:20) Discussão Semanal: Morte

(29:20) Leitura de Emails

(47:10) Recomendação da Semana – Funeral para K

Download (CLIQUE COM O BOTÃO DIREITO DO MOUSE E ESCOLHA A OPÇÃO “SALVAR DESTINO COMO…” OU “SALVAR LINK COMO…”)

36 comentários

  1. Saudações

    O tema “morte” é tão singular quanto aparenta ser.
    E os japoneses cultivam tal ideia com muito esmero.

    *OBS #1: faço parte do time que não julga Kill la Kill o melhor da atual temporada;
    *OBS #2: a atual temporada de animes está realmente digna de atenção, em minha opinião.

    Até mais!

    • concordo kil la kil não é ruin ,mas todo esse hype encima dele enche o saco ,se não fosse do pessoal de guren lagan ,ninguem teria dado atenção e ele passaria como mais um anime mediano nessa temporada

      • Olha, não acho legal taxar “melhor da temporada” como muita gente faz, cada um tem seu gosto e tal, então é meio complicado quando todo mundo coloca o que gosta como O MELHOR e tal. Dos que estou assistindo, Kill la Kill é o que mais gosto junto a Kyoukai no Kanata, porém isso é de gosto pessoal meu, sei que muitas pessoas pensam diferente, inclusive alguns devem até não gostar pelo excesso de fanservice (mesmo justificado) e piadas nonsense.

  2. Fiquei triste por não poder ouvi-los na semana passada, mas relaxa Judeu Ateu, nós (seus ouvintes) entendemos que vocês são humanos e agradecemos de coração o esforço que fazem toda semana para nos trazer um podcast fantástico e ainda por cima de graça! As vezes acontece de não estarmos 100%, acontecer problemas pessoais ou mesmo a série do século chegar ao fim! kkkk…

  3. Lanço alguns exemplos para contra-argumentar seus conceitos:

    – Son Goku, morreu de uma doença no coração. Cadê seu deus agora?
    – Kuina caiu da escada por acidente e morreu. E ai?

    Admito que pensei, pensei e só consegui achar esses dois exemplos.

    Também relacionado ao assunto, uma das (poucas) coisas que eu gosto muito em Gantz, é o fato de que quase nenhuma morte é heroica. Não são acidentes, são batalhas, mas salvo poucas exceções, elas soam menos como grandes sacrifícios, ou guerreiros bravos que lutaram até o fim, costumam ser repentinas, patéticas, imuteis e desprovidas de gloria. Os personagens morrem do nada para nos lembrar como eles são humanos bostas e fracos. Quase nunca sobra tempo para ultimas palavras, e quase sempre a morte podia ser evitada e soa como desnecessária. Podiam ser atingidos os mesmos resultados sem o personagem morrer, mas “tem que se foder”, então o personagem morre do nada!

    Gosto disso no mangá, quebra o grande conceito de morte-heroica

    E quanto a cultura japonesa em relação a morte, não tem a ver como mangás, mas recomendo um filme chamado “A Partida” sobre um jovem japonês que começa a trabalhar preparando o corpo dos falecidos para um velório, e é constantemente julgado pela sua profissão ser “impura” e “tabu”, principalmente pela esposa, e o cara em si é bem afetado pela repercussão negativa de seu trabalho. Bem interessante.

    Um mangá que eu acho que trabalha a morte de maneira interessante é o Blade of the Immortal, não só pelo lance da imortalidade, que vocês citaram no próprio Podcast, mas por se passar no japão feudal, cheio de samurais, ronins, e harakiris cometidos para limpar a honra de um personagem. E o mangá abertamente crítica o conceito de que existe honra ou gloria no suicídio, e a ideia de um homem cometendo o harakiri é sempre visto como um aspecto negativo daquela sociedade. Além disso tem o homem imortal…

  4. Uma vez citaram que o programa nunca tinha faltado uma semana, uma hora iria acontecer, e foi na semana passada.

    Eu discordo sobre a Emanon ser imortal, ela ter as memórias não é o mesmo que ser imortal, tanto que ela morre e passa a memória ao seu descendente. Já acho o Kikugare um personagem que faz a morte ter sentido, mesmo no mundo de Dorohedoro, ter o demônio intacto não é nada sem o Kikurage, e ter uma boa relação com ele é incrível também.

    Como era curtinho, acabei lendo o Funeral para K, e ainda não consigo me acostumar com o estilo de desenho feito em obras josei, esse traço fino, queixo ponta de lança, esse olhar blasé, essa “hipsteridade” que é incrivelmente fácil de se encontrar. No fim, não gostei da história, preferi até mesmo que recomendassem outra história envolvendo a morte. Uma que acho bem interessante sobre a vida/morte é a oneshot Emerald do Hiroaki Samura.

  5. ei judeu que safadeza é essa de dizer que não tem nada que presta nessa temporada ,não sabia que o cara dos mangas underground tava manjando dos animes, enfim tem muito anime bom nessa temporada principalmente os de esporte e kil la kil não é tao bom quanto dizem é tudo hipe pelo fato dos responsáveis pelo anime serem os mesmos de guren lagam

    sobre o tema eu acredito que hoje em dia os autores shonen tem um certo receio de matar personagens ,afinal os japoneses se apegam muito a personagens tanto que podem deixar de ler o mangá se algo acontecer a seu personagem favorito ou ate mesmo chegar ao ponto de ameaçar o autor de morte

    • cara, eu nao vi ttgl e estou gostando de klk. até agora estou encarando como comedia e esta me fazendo rir. quando chegar em.casa eu falo mais

    • Olha, não acho que é só Hype não, eu gostei mesmo de Kill La Kill, acho que deve ter outros animes que outras pessoas vão gostar mais dependendo do gosto. Mas concordo que a temporada está relativamente boa, não é a temporada com mais animes que gostei que já vi, mas está com várias coisas diferentes e algumas com nível elevado, então está bem melhor que boa parte das últimas que acompanhei.

  6. Como o Shonen é algo mais voltado para crianças/adolescentes a morte acaba sendo nessa forma de aprendizado (que o personagem adquiriu pela morte aleia), justamente para os jovens lidarem com a morte de forma positiva talvez, já que mesmo sendo algo triste e de luto, ainda sim no Japão parece ser algo mais aceitável pelo fato de eles lidarem com os “espíritos” de uma forma diferente.

    Pô morte atropelado, de carro….Yusuke, é o velório japonês que eu mais lembro.

    Essa glorificação acontece também com a cultura pop americana, seja com os heróis que crescem com isso, a frase final do Tio Ben para o Peter, o cruzar de olhos do pai do Bruce com ele,

    Agora eu sei o verdadeiro significado de Estranhow, ele não come batata frita.

    A cada segundo estamos mais perto da morte, a cada respiração, cada podcast ouvido, comentário digitado damos mais um passo em direção da morte.

  7. Eu aposto que vão fazer o 69 sobre yaoi só trollar todo mundo.
    Isso de matar personagens irrelevantes pode ser válido dependendo do caso pra trazer uma certa sensação de perigo. Apesar de que às vezes isso vira apelação quando quem morre são sempre personagens inúteis, a pártir desse ponto já vira protagonismo.
    Também me irrita um pouco quando matam personagens só no final, acho um pouco de covardia do autor, dependendo do caso.
    Esse caso de como as pessoas lidam com a morte me lembrou um josei chamado Himitsu The Top Secret. É uma história de investigação criminal em que se usa uma máquina para decodificar e criar um vídeo mudo das memórias de um cérebro de alguém morto. Porém, os investigadores sempre tem vários problemas em lidar emocionalmente com as memórias dos mortos, mesmo sendo pessoas desconhecidas.

    • Procurei esse mangá, e além de nem estar na metade, os scans são praticamente de 300 em 300 dias, que pena, até tinha me interessado.

  8. Eu ainda vou ler o mangá recomendado, mas esse K do título, além de ser o nome do personagem, não é referência ao Visual Kei? Se for, faz sentido o traço.

  9. Eu creio q o peso real da morte não é muito aplicado em batlle Shounens por conta também do público. A maioria que acompanham esses mangás não se ligam tanto em narrativa ou o quão críveis os personagens são. Eles valorizam bem mais estilo, atitude, poderes e inclusive até discutem e os defendem como se fossem parentes deles. Imagine se um personagem morre assim do nada sem nenhum contexto um personagem principal desses morre? Primeiro que se não for para ter uma função na trama, não vale a pena matar. Basta dar uma desculpa e afastar ele da trama. Segundo que o autor não arriscaria perder o valiosíssimo público dele por causa de algo assim. Se o personagem morrer por um bem maior é bem mais aceitável

    Um mangá em que pra mim a morte é bem retratada é o Vagabond. A cada luta você percebe o medo da morte nos personagens, algumas mortes servem também para modificar os personagens enquanto outras acontecem num simples descuido (Como um exímio samurai que morre com um bambu no pescoço de um aldeão qualquer)

  10. Olá!

    sobre o #66,

    continuo me surpreendendo no conteúdo e na forma como o mangá² continua trazendo temas tão abrangentes e fundamentais.

    A forma como a morte é abordada diz muito a respeito das qualidades do roteiro, seja de forma positiva quanto negativa. Como sou fanático por grandes sagas envolvendo contextos globais (sou um inepto em Slice of life) considero a morte como uma força motriz de grande mudanças, tais como as mortes de personagens chaves, como no clássico (ou clichê dentro do tema) Crônicas de Gelo e Fogo, ou mesmo de personagens coadjuvantes, como na série Sons Of Anarchy (onde a morte de um membro do motoclube SOA leva a uma tentativa desesperada de mudanças internas). Concordo que as regras sobre morte e ressurreição (assim como quando é mencionado viagens temporais) ao muito frágeis, porém Dorohedoro conseguiu manifestar uma forma segura de usar tais ferramentas.

    mais uma vez parabéns pela iniciativa!

    sobre o #65,

    não conhecia os mangás dos irmãos Nishioka Kyodai e sou mais um com preferência para Filho de Deus!

    Mais especificamente sobre Kami no Kodomo, da concepção maculada, passando pela reunião dos discípulos e seguidores ao julgamento a história segue uma linha extremamente perturbada e desafiadora… com certeza merece ser relida. Por sua vez Kono Sekai no Owari e no Tabi, pelo caráter mais abstrato deixa uma dezena de interpretações, como a do navio (eu o vi literalmente como a sociedade, do surgimento ao desaparecimento, com o esquecimento dos ícones e valores) ou a morte da esposa inseto (como a rotina o novamente o prendendo e a tentativa de fugir mas ainda tendo a necessidade de levar algo consigo)…

    Outra obra dos irmãos que segue os padrões de KnK e KSOT é Kokoro no Kanashimi.

    Abraços do King Buddy Holly!

  11. Olá caros Judeu Ateu e Estranho, mais um ótimo cast com um ótimo tema!

    Gostaria de dizer que concordo com vocês em boa parte, sim, a morte é uma ferramenta narrativa complicada que deve ser bem pensada antes de utilizada, para não ser leviana e sem impacto algum para o leitor e ao mesmo tempo não deixar de ser utilizada nos momentos certos com medo da reação dos leitores com a morte de personagens queridos.

    Particularmente gosto de narrativas onde o autor não possua freios na hora de matar personagens, por isso, entre outros motivos, Game of Thrones e Breaking Bad estão no meu panteão de séries favoritas.

    Porém, eu discordo de uma das afirmações dos senhores, quando dizem que a morte de algum personagem que impacta apenas um personagem é necessariamente ruim, isso irá depender de como esse personagem é impactado, especialmente se ele for alguém de relevância a narrativa, mesmo quando aquele que perdeu a vida é alguém de pouca relevância. Um bom exemplo fora do mundo dos mangás que se utiliza disso é a série Breaking Bad, várias vezes personagens pouco relevantes são mortos de forma impactante, alguns até que aparecem em um episódio e morrem no mesmo, gerando efeitos drásticos para poucos (as vezes um) personagens e para o espectador.

    [ Spoils de One Piece, cuidado ao ler o trecho a seguir]

    Agora bancarei o fã chato kkk… No exemplo de One Piece que vocês deram, o Ace seria a morte pouco relevante e o Shirohige seria a impactante, certo? Discordo que a morte do Ace é pouco relevante e impactante tanto para a narrativa quanto para o mundo de One Piece. Para o mundo, ela é uma forma da Marinha reafirmar a ideologia dela de que o Gol D. Roger era um demônio e talvez até terminar a era dos piratas iniciada por ele, porém isso não deu certo por causa do Shirohige, que com suas palavras revitalizou aquelas ditas anteriormente pelo rei dos piratas. Sim, a morte de um dos Yonko é mais importante que a do Ace, mas mesmo assim ela foi impactante para o mundo. Mas suponhamos que ele não fosse filho do Gol D. Roger, fosse apenas irmão de criação do Luffy, ainda sim seria uma morte impactante pois é o irmão do protagonista, mesmo que os leitores não se importassem com o Ace pela falta de participação do mesmo ( o que não é verdade, pois ele é um personagem bem popular ), ainda sim eles se importariam com o protagonista da série. Outro fato é que teve o arco seguinte ( o qual é um dos meus favoritos ) que construiu a relação deles de infância, o que ajudou a criar o sentimento de empatia do leitor pela perda que o protagonista sofreu.

    Acho que talvez vocês quisessem dizer que a morte do Ace não mudou o personagem Luffy, sim, concordo que isso é discutível, ele manteve a mesma personalidade de sempre, apenas percebeu de imediato o quão fraco ele era, o que o fez partir para o treinamento e tal, mas em termos de personalidade, realmente ele continuou o mesmo.

    [ fim de Spoils de One Piece ]

    Também concordo com os senhores do problema que Oda tem em não conseguir matar personagens, especialmente vilões que, mesmo depois de derrotados, voltam para arcos seguintes. O contrário ocorre em Naruto, onde personagens vão e voltam do pós-vida como se não fosse nada, o que também é um problema.

    Acho que também daria outro tema interessante falar da morte não como ferramenta, mas sim como personagem personificado, algo que acontece com frequência em narrativas, como em Soul Eater, Sandman, Death Note, entre outros.

    É isso amigos, um abraço o/!

    PS: algum de vocês (Judeu Ateu, Estranho e demais ouvintes do Manga²) vão no FiQ (Feira Internacional de Quadrinhos em BH) 2013? Se sim, podíamos combinar de nos encontrar lá o, eu irei todos os dias kkk…lancem essa ideia no cast, caros Judeu e Estranho, um encontro² dos ouvintes (e talvez dos senhores) no FiQ.

    • Muito bom o exemplo de Breaking Bad,

      [ INÍCIO DO SPOLEIR /

      o assassinato do menino no deserto é um exemplo de como a morte de um personagem que sequer tinha plot ou ligação com o tema central pode impactar de uma forma absurda.

      / TÉRMINO DO SPOLEIR ]

      para provar que quando bem utilizada a morte em uma trama os efeitos podem ser gigantescos!

      King!

    • ~~~~~~~ SPOILER DE OP ~~~~~~~

      Concordo totalmente em relação ao Ace.

      Mas em relação a mudança no Luffy, no meu ponto de vista ele mudou sim. O Luffy agora está muito mais consciente de sua força e de suas atitudes, não é mais TANTO aquele personagem inconsequente, ele sabe que tem pessoas ao redor dele do qual ele ficaria muito abalado se elas morressem (a morte daquele personagem provou isso ao Luffy), ainda mais por uma atitude infantil de sua parte. Isso pode ser notado nesse arco atual, por exemplo. Quando foi dada a notícia que o prêmio do torneio seria a fruta do Ace. Luffy reagiu de forma racional a notícia, determinado a pegar a fruta é claro, mas decidiu agir de forma madura, concordando com o Franky e decidindo agir conforme o seu plano. O antigo Luffy iria correndo pro coliseu, interromperia o evento, esticaria o seu braço até a fruta e a roubaria. Socaria uns 30 no meio do processo. Agora ele não age dessa forma, porque tem consciência de que isso traria problemas pra ele e para seu bando.

      Para muitos isso não representa uma mudança significativa no personagem, o que também é discutível, mas pra mim ficou claro que o Oda ta trabalhando isso, de forma sutil, mas está. Me parece que para muitas pessoas a mudança do Luffy só poderia ser notada se o personagem se tornasse totalmente sério e melancólico, coisa que é inviável no meu ponto de vista. Iria contra a sua personalidade, e ficaria um pouco forçado. A personalidade dele de bobão e brincalhão continua intacta, mas o trauma da morte é sentido em pontos específicos, que pra mim, são os pontos onde deveria ser notadas essa mudança.

    • E me desculpe fugir tanto do tema e questionar algo em específico, parece até ataque de fanboy. (E É!!!!!)

      huahauhauhaua

    • Yeahhhhhhhhhhhh……. mais uma pessoa na FIQ.
      Estarei lá também.

      Judeu, Estranho, Venham para a FIQ.

      E se como a Lobo vier, melhor ainda.

    • Depois de anos, a gente tem a noção real de como a morte do Ace foi importante pro mundo de One Piece, não só para o Luffy =S

  12. Eu me lembro de um guerreiro que morre de doença, Alexandre o Grande morreu de malária. Eu não sei se Historie mostra ou vai mostrar isso.

    Um exemplo de morte mal usada é por exemplo em mangás (Terra Formars, Flaming of Recca) quando eles adicionam um personagem whatever com um passado mais ou menos dramático para ser morto em alguns capítulos a frente para tentar fazer drama. Isso dá uma característica repetitiva no mangá.

    Agora partindo para bons exemplos, acho que Solanin é um bom exemplo de uma morte que traz um impacto importante para os personagens depois que acontece. Eu não vou detalhar aqui pois vai ser spoiler, mas quem leu sabe como tão bem o autor retrata as coisas no mangá depois do incidente. E não é uma coisa épica e dramática, por ser um acidente.

    Após terminar de ouvir esse podcast e cheguei a conclusão que Meteor Methuselah trata esse tema de forma magistral. Embora seja um shoujo, mas a visão de vida dos personagens e os simbolismos (como as cruzes no mangá serem sinais de fim da vida, assim como é visto em países orientais) passam a ser algo de arrepiar, justamente por causa do acréscimo de personagem imortal.
    Para terminar, o Estranho é o primeiro cara que conheço que não gosta de batata O.o.(Aqui em Goiás e DF não serve hot-dog com purê de batata, acho até estranho essa combinação, é servido com cebola). Mas não sei porque não gosta mesmo ou por alergia.E esse logo do podcast da salsicha cortada também achei curioso.
    Tinha um manhwa que era citado aqui chamado Regarding Death. É bom?
    OBS: Antes de ouvir esse podcast, achava que ia ser falado de mangás como Bokurano e Gantz, como vocês acham que a morte é tratada nesses mangás?

  13. Olá! Vim aqui recomendar duas histórias relacionados à morte, duas histórias dentro de um arco maior, mas que podem ser lidas sozinhas de boa, já que tem começo meio e fim, estão dentro da série Sandman, são às números 08 e 14. Tenho certeza que quem ler vai gostar, são ótimas! e são adequadas ao tema do podcast.
    Tem um texto no campo da filosofia, do Schopenhauer, “Da Morte” (editora, Martin Claret), que seria interessante lerem e que fala sobre à morte. O único empecilho (talvez) é que é um texto complicado, difícil de acompanhar.

    Gostei do podcast; só não curti ter que baixa-lo (brincando).

    Links no mega, hq Sandman:

    08. O som de suas asas.
    https://mega.co.nz/#!Y0YiRTwD!R0VphHBApF5OPRMAxwtbdBGquTQRCEOba8eNCILyUDs

    14. “homem de boa fortuna”.
    https://mega.co.nz/#!U0gEgIbA!EKHY4VQkSXM5PpRN97Hq0mX6CyAcP63qXWOClpkFUWI

    (scan tiradas do fórum Darkseid Club.)

    Bom fim de semana! Até mais.

    http://www.youtube.com/watch?v=6Ejga4kJUts

  14. Olá Judeu e Estranho,
    Concordo que falar de morte é um tabu, assim como concordo que a única certeza que temos e que é algo que nos corrói todos os dias – ou tentamos ignorar.
    E é algo muito difícil de encarar, lidar, pois é algo irreversível.
    Quero acrescentar algo, algo que será uma provocação ao Judeu Ateu. O pós-mortem, o que vem depois, aumento a provocação pelo seu nome Judeu – religioso, portanto acredita em algo após a morte, e Ateu – morreu acabou.
    Serei polêmico, mas tentarei no máximo possível não machucar ninguém.
    Muitos ateus vêem que a cresçam

    Eu chorei na morte da menininha em fma.
    Concordo com vocês que a morte é muitas vezes é usada como ferramenta para obrigar a maturação, ou mudança do personagem, acrescentar drama, etc. Então pergunto: Como conseguir o mesmo efeito – obrigar os personagens a mudar, acrescentar drama, etc – sem matar um personagem.
    Falando em FMA, teve uma morte, não, não a menina, que serviu para deixar o clima, para o leitor, mais denso, depois a autora precisa novamente realçar que a coisa vai ficar pior, só que em vez dela matar um, ela aleija um, achei uma saída interessante, mas fico a (tentar) pensar noutras saídas para ter um rol maior de opções para aumentar o drama.

    Ver alguém morrendo de doença em cama seria legal. Ou então mortes patéticas. Mas convenhamos, não sei qual livro em ocorre algumas mortes bem “reais” durante uma guerra, morreu na luta, sem palavras finais, caindo do cavalo e sendo pisoteado, achei interessante o que autor fez, mas foi muito anti-climax. Pensem como seria se – imaginem ta, se o Chopper morrese caindo no mar

    Falando em morte em battle shonem, as mortes nos comics americanos são meros artifícios para aumentar as vendas, algo que me deixa muito chateado.
    Se bem que, nos comics tivemos grandes mortes:
    A morte do Capitão Marvel, da Marvel não o Shazam da DC, foi legal, ele morreu de câncer, numa Graphic Novel.
    A morte de Sandman, personagem que foi escrito pelo Neil Gaiman num run de 75 edições, foi lindíssimo. Recomendo, recomendo mesmo.
    V de V de Vingança: idéias são a prova de balas.
    Elektra Natchios: Simplesmente leiam o Demolidor do Frank Miller. Estranhamente quem ressurcitou a pobre diaba foi o próprio Miller, mas foi uma das raras ressucitações que ficaram legais. Nota: Demolidor é um personagem que curto demais, recomendo lerem a fase dele escrita pelo Frank Miller (que tem muito material recomendassismo além do Daredevil), a fase da Ann nocenti, a fase de Brian M. Bendis, a fase do Burbaker e por fim a do Mark Waid – depois de ler estes material de extrema qualidade você nunca mais pegara One Piece pra ler.
    A morte de Gwen Stacy: a primeira namorada do Homen-aranha é basicamente o marco do inicio da era de bronze da bande dessiné americana. Além do mais é outra morte, teve a tio Bem, que veio a sequelar ainda mais o pobre Peter Parker.
    A morte dos pais do Batman: sempre relembrada, o evento que terminou a infância do pobre Bruce Wayne.
    A morte de Jean Grey – a fênix, em X-men: que foi uma das mais clássicas sagas do x-men, ai depois ela ficou num morre ressucita até cansar, aí o Morrison (outro autor que deve que o material deve ser lido) matou ela de novo e que continue morta. Além do mais, o Ciclope vai muito bem com sua nova namorada – a Emma Frost.
    A morte do Superman, foi um dos maiores eventos dos gibis de todo o mundo, sendo até anunciada no Jornal Nacional, interssante que o Superman não foi morto por um plano de Lex Luthor ou kriptonita, mas sim numa luta por um ser brucutu, terminano em Double k.o., sinal dos tempos que estava a vir nos mangas americanos, a maldita ‘Era Image’, infelizmente ela abriu o caminho para o mata-ressucita nos comics. Nota 1: Seguida de Funeral para um amigo, e a ressureição do mesmo. Nota 2: Engraçado que na primeira edição da Morte do Super, morre o herói Nuclear, mas ninguém deu a mínima para ele. Nota 3: Superman >>>>>>>>>>>>>>>>>>>Goku, sim, Superman vence Goku na porrada séria.

    Total off-topic.
    Ah…. alguns programas atrás vocês pediram recomendações de mangas americanos, nacionais e europeus.
    No que tange aos americanos recomendo fazer a leitura por nome dos autores, pode parecer estranho mas ler um herói restolho ou um material autoral menor de um grande escritor vale mais que ler a um autor medíocre num grande titulo. Autores como Alan Moore, Frank Miller, Will Eisner, Grant Morrison, Neil Gaiman, Jack Kirby, Crumb é o supra-sumo da leitura.
    Na verdade, no que se refere ao mercado americano, tem se aquela coisa do autor e do desenhista, então as vezes compensa pegar uma história mediana quando se tem um grande desenhista junto, tipo a fase atual do Aquaman, escrito pelo apenas bom, Geoff Johns, mas belamente desenhada pelos brasileiro Ivan Reis de Joe Prado.
    Desenhistas como: Jack Kirby, Crumb, Bill Sienkwicz, Brian Bolland, Mike Deodato, Frank Miller, Dave Gibbons, Charles Burns, Sal e John Buscema, John Romita Sr. e Jr, John Byrne, Walter Simonson, fazem até histórias mediocres serem boas.

    Nisto, voltando no antigo Mangatologia e o Table of Cast, você falaram que queriam fazer um programa de cross-over, pensando nas dinâmicas dos mangas americanos um desenhista e outro no roteiro, ou, como já ocorre com a série Gundam, uma franquia, vários autores.
    Pensei num joguinho:
    E se obra X, foi feita pelo roteiro de fulano e desenho de sicrano:
    Por exemplo: e se Kishimoto desenhesse One Piece com roteiros de Oda, e Oda fosse roteirista de Naruto com desenhos de Kishimoto.

    E se franqui tal tivesse em cada arco autores rotativos, como seria um arco da franquia X por, beltrano:
    Por exemplo: imaginem ou Gundam por Nihei, ou Saint Seiya por Kentaro Miura, One Piece por quem você imaginarem. Etc.

    Sobre as vossas recomendações, não tenho tido tanta chance de ler por falta no momento, de um bom serviço de rede, tenho usado uma 3G que é inviável e tenho tido problemas com a lan do bairro. Enfim, o jeito é terminar a graduação, conseguir um emprego fixo – resolver algumas urgências – e aí colocar uma net boa. Para sim ler, e quiça, mandar recomendações em audio.

  15. Ah… no mercado europeu tem, tinha, morreu recetemente, um autor e desenhista chamado Jean Girard, que também assina como Moebius. Tudo dele vale muito a pena de ler/ver. Incluso, tem uma ilustração dele muito bonita do Kaneda de Akira.
    Por sinal, tem uma história del muito famosa chamada Arzach, pois bem, tem um livro chamado visões de Arzach, no qual vários autores desenharam poster sobre o dito personagem, nisto um dos poster foi feito pelo Hayao Miyazaki e um pelo Katsushiro Otomo.

    Falando de Moebius, recomendo também as obras do, muitas vezes parceiro do Moebius – Alejandro Jodorosky, um puta roteirista, que dizem, além do quadrinhos, dirigiu uns filmes muito viajados.

    Ainda em mercado europeu, tem uma tal de Jan Van hamme, que já fez muita coisa boa, começei a ler e gostei de XIII, e já vi/li outras coisas legais dele que não lembro agora, além dele ter tido muita parceria bacana.

    Por fim queria dar o ‘mea culpa’, em partes, pois foi material que não consigo achar nem por reza. Notaram que eu curto pesquisar a mídia, certo? Eu queria ter tido a chance de ler materiais de Tezuka e Shotaro Ishinomori, nisto fico feliz pelo trabalho da New Pop, mas fico triste que minha graduaçãoa parte com a falta de trabalho fixo, acrescida de crise familiar, tenha evitado que eu pudesse comprar coisas para min – tenho o Metropolis, mas estou babando de vontade de por as mãos em Dororo e Kimba.
    Também muito me estranha que tenha uns cinco fansubs e scanlators pra Shingeki, mas nenhum para as obras do Ishinomori, e como fica Cyborg 009, noutro dia, quando a lan house ainda prestava, tive a chance de baixar um episodio e um volume de Sabu & ichi, e dito, que obra-prima.

    Enfim. Tem muita coisa bacana para eu ver, ler e estudar. não quero morrer tão cedo.
    E vida longa ao mangaaoquadrado.

  16. Ainda sobre os slowpoke reports, estava a conferir os meus documentos bloco de notas e estava a notar o quantas recomendação de vocês tinha que a me muito interessava, coisas como Witches, e não iniciei a leitura, ainda, em decorrência de ‘probleminhas’ do dia-a-dia. Na verdade, o quanto de coisas que parei logo no inicio como Dorohedoro e Otoyomegatari, que conheci por vocês, li o primeiro volume, mas meus ‘probleminhas’ tem me avacalhado a continuar, séreis que a min muito cativaram.

    Sobre a morte, fiquei a pensar no quão anti-climax foram algumas mortes na fase final de Jojo no arco do Kujo Kotaro, tudo bem que foram mortes em batalha, mas mortes como a de Iggy, no meio daquele fuzuê todo, foram, lutou morreu, mas não temos tempo de chorar.

  17. Nota: no primeiro post esqueci um texto pela metade, distração -sim o texto é maior ainda:
    Quero acrescentar algo, algo que será uma provocação ao Judeu Ateu. O pós-mortem, o que vem depois, aumento a provocação pelo seu nome Judeu – religioso, portanto acredita em algo após a morte, e Ateu – morreu acabou.
    Serei polêmico, mas tentarei no máximo possível não machucar ninguém.

    Muitos ateus vêem que crer em algo maior nada mais é do que uma desculpa para que as pessoas se sintam mais confortavéis, ou seja, que viver e ter algo depois da vida evita que as pessoas entre em pânico ou achem a vida algo sem valor, mas eu contra-argumento, afinal no pós-mortem se fala de eternidade, algo sem fim, sendo que, no caso dos pecadores, se fala de sofrimento e castigo eterno, e, para quem crer no dito Deus cristão, se fala de se servir a Deus eternamente, não se fala nada de festança, ou seja, além de nada de videogame e mangas, estamos a falar de um outro termo tão assustador quanto vida e morte, a eternidade, o infinito. Fora que a partir do momento que se não se crer no pós-mortem, fica muito mais fácil fazer coisas como suicídio – afinal, suicidas vão para o inferno, e se ele não existe, posso morrer tranquilo, curti de fato a vida – para que viverei a me matar como peão se só tenho esta vida? – e fazer coisas moralmente duvidosas, afinal não se tem o dito julgamento divino.

    Enfim, a existência do pós-mortem é tão, senão mais, assustador, que a falta do mesmo.

    • Ah tá, achei que eu era burro por não ter entendido a polêmica do texto, hehe, mas realmente é uma temática muito interessante de se discutir.

      Já convivi e conversei muito na minha vida com pessoas religiosas e a maioria delas justificam a confiança em uma eternidade pós-mortem, com o conceito de que esta seria uma eternidade tão perfeita, que nossas mentes atuais simplesmente são incapazes de compreender.
      Pessoalmente, como ateu, acho honestamente que viver tendo a crença de que essa é uma chance única, algo muito mais pavoroso e até estressante. Ainda assim, tento sempre tirar o melhor dessa situação, enxergar esse como o meu memento único.

      Acho que o que você acredita, rege a forma com que você vive, somente nas camadas mais superficiais, no fundo, tudo depende de como a pessoa encara a própria crença. Você pode ser religioso, ter atitudes completamente moralmente duvidosas, só pra lavar os pecadas no domingo, mas também pode encarar essa como a sua chance de fazer as coisas corretas e mudar o mundo antes de ir pra eternidade, só porque há o infinito depois daqui, não quer dizer que as suas ações aqui se tornem irrelevantes, principalmente as que não são julgadas pela bíblia. Você pode foder tudo e se arrepender no final, ou pode fazer tudo certo desde o começo.

      O oposto também ocorre para o ateu, você pode pode ver a sua existência da forma mais insignificante e niilista possível, até passível de se jogar fora, mas também pode encarar esse momento único como literalmente infinitamente incrível, esse agora é o seu infinito.

      Acho que religião ou não, diz muito menos sobre uma pessoa do que nós realmente queremos acreditar, diz muito pouco sobre como aquela pessoa realmente vive a vida, ou teme a morte.

  18. Parando para pensar, se um espírito tira a credibilidade da usagem da morte na obra, imagine o computador com a personalidade do falecido dono (!!) em Danganronpa (anime da temporada passada)? lol.

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