Mangá² #56 – Forma vs Conteúdo

Sejam novamente bem vindo ao episódio Enéas do Mangá², o podcast com forma mas sem conteúdo.

Neste episódio, voltamos ao típico versus e tentamos definir e colocar em embate dois aspectos de um mangá: a Forma e o Conteúdo. Veja enquanto tentamos definir o que é cada um, até onde chega cada definição e quais os possíveis problemas e qualidades que cada aspecto carrega. Isso é, se você entender a definição que não conseguimos definir direito.

Também fique atento na leitura de emails que lá explicamos como você pode fazer pra escolher nosso próximo Mangá Enquadrado!

E a recomendação da semana é uma nova webcomic coreana sobre a gamificação da vida.

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Cronologia do episódio

(00:20) Discussão Semanal – Forma vs Conteúdo

(25:00) Leitura de Emails

(43:50) Recomendação da Semana – DICE: The Cube that Changes Everything

Download (CLIQUE COM O BOTÃO DIREITO DO MOUSE E ESCOLHA A OPÇÃO “SALVAR DESTINO COMO…” OU “SALVAR LINK COMO…”)

33 comentários

  1. Já tinha lido a primeira e a segunda oneshot do Slowpoke report, por algum motivo eu busquei por ônibus no mangaupdates.
    Acho que deveria existir os nomes das músicas e bandas no final de casa post. Outra coisa que está sendo preciso é a lista atualizada dos mangás recomendados.

  2. Pegaram um mangá que eu já li.
    Só eu fiquei putamente decepcionada depois do prólogo? Tipo, muito cara. Eu vi aquela arte lindona e depois veio o primeiro capítulo vi que aquilo era uma grande enganação. É tipo pagar algum assistente genial pra fazer só capa por você. Puta falta de sacanagem. Sim, a webtoon é legal. Imagino se vocês já leram Nowhere Boy que é meio parecido e é interessante também.
    Achei o debate meio confuso, deu uns nós no cérebro mas foi bom para refletir. Eu continuo valorizando mais a forma que o conteúdo, história boa é história bem contada. Eu acho, não sei, pode ser o contrário.

  3. Deu um nó na minha cabeça, não consigo definir exatamente o que seria forma e conteúdo mesmo depois de escutar o post. Mas, em geral, pelo que eu consigo definir( não é muito), dou preferencia ao conteúdo. E pô, já tava me preparando pra fazer uma baita recomendação e obrigar vocês a lerem Hajime no Ippo, quando escuto a parte “tem que ser curto”, fiquei pra baixo, hahahahaha. Ainda não li a recomendação dessa semana, mas quero ler em breve.
    E um pequeno Slowpoke report: li Annarasumanara recentemente, e achei ótimo, mas bem triste. Você começa a torcer por algumas coisas durante a obra( pra quem já leu, já sabe pelo o que, mas não citarei exatamente pra não dar spoilers), chega até a acreditar, mas o final achei muito triste…Mais uma recomendação de vocês que eu adoro, próximos que devo ler são Green Blood e o desse podcast

    • Tentarei explicar o que eu entendi: A forma seria os diversos jeitos de se contar uma história. Você pode usar música, quadrinhos, livros, o que quiser para passar o conteúdo que no caso é a história em si.

      Acho que o final de Annarasumanara me passou o seguinte: Independente de seus sonhos e desejos, você será cobrado e não pode fugir disso, o Mágico fugiu até não conseguir mais. A protagonista mesmo não querendo abandonar seus sonhos e desejos, ainda tinha que lutar pra conseguir dinheiro, ela buscou o equilíbrio.

      • Entendi a mesma coisa que você, pelo jeito. Mas eles deram umas voltas que me confundiram um pouco, ahahahah.

        E Annarasumanara me passou o mesmo. Mas não deixa de ser triste confirmar no fim que o Mágico, que com o passar do tempo eu passei a torcer pra que realmente fosse um Mágico( no sentido mais fantasia mesmo), era apenas um jovem que não quis viver num mundo como é o mundo real, digamos assim, e “fugiu pra uma ilusão dele”.

      • Não culparei ninguém por não entender o que falamos porque eu mesmo achei que sabia até começar a conversar sobre, lol!

        Mas só ressalto que não é só a mídia que definiria a forma, mas outras estruturas, como o tipo de estrutura narrativa (a sequência de acontecimentos, por exemplo) também. Por exemplo: fazer uma estrutura de roteiro de battle shonen, onde os inimigos estão separados “em sequência” e um a um do grupo principal para pra enfrentar cada um dos vilões.

      • Simplificando, conteúdo= ideia e forma= execução?
        Se for algo próximo disso, acho que entendi.

      • Haru-ka: Hahahahaha, to marcando presença então, hahaha.

        Estranhow : Entendi melhor agora, mas realmente complica quando tenta exemplificar, pois começam a se entrelaçar em alguns pontos.

        E acabei de chegar no capítulo atual de Dice( foi bem rápido até). Bom mangá, dá pra ver alguns rumos interessantes, mesmo que ele vá pra um caminho mais battle shounen. E como mais um Slowpoke Report, esqueci de dizer que terminei Kokou no Hito, e pqp, que mangá foda. Simplesmente sensacional, muito bom mesmo.

  4. Gosto dessa forma inconclusiva que muitas das vezes vocês terminam o mangá². Meio que uma catarse dos pré-conceitos, mais um abre portas de inculcar mesmo. Diga quem disser, mas o trabalho de vocês funciona melhor assim que de qualquer outra forma.

    • Justamente!
      Quando dizemos que o programa só conclui na leitura e emails, é porque só com a percepção e opinião dos ouvintes que a discussão se conclui.
      A discussão apenas; o tema fica em aberto pra sempre!

  5. Acho que o conteúdo é mais importante que a formula, pois a formula sempre será a mesma, o autor pode abordar essa formula de varias formas diferentes, mas ainda sim se o enredo for ruim nada vai adiantar.

    Exemplo de Hungry Joker que prometia usar todo a formula de shonen de modo diferente e no fim, até tentou mas o conteúdo foi tao ruim que nada deu certo.

    Vale citar aqueles autores que pegam uma formula conceituada e reformulam ela, transformando aquilo em um novo padrão, por exemplo, o Akira Toriyama, que talvez mesmo que sem querer, reestruturou o gênero.
    Afinal Dragon Ball mudou a estrutura do Shonen, não conheço, mas até pelo tempo outras obras de diferentes gêneros devem ter uma forma

    Li a recomendação, DICE e gostei muito, até como Webcomic pareceu ter “páginas” mais longas que o padrão ou é impressão minha?
    Valeu também pra conhecer o termo bread shutte loser, que te leva a um vídeo de dois Coreanos brigando, mostrando que o Bullying até na arte é mais “bonito” e dramático, pois o da vida real foi deveras bizarro.

  6. eu recomendo para vocês o one shot de Hiroki Endo se chama The Crow, The Girl and The Yakuza. Li recentemente e achei bom,queria ouvir a opinião de vocês.

  7. Simplesmente não consigo apontar qual é o aspecto mais importante. Interpreto a “forma” como um meio para se atingir um fim (No caso, o “conteúdo”). Sendo um tão dependente do outro, me parece até insensato dissociá-los.

    David Mazzucchelli, ao querer reforçar a complexa harmonia entre os personagens Asterios e Hana em sua obra “Asterios Polyp”, optou pelo seguinte recurso gráfico: http://newromantic.net/wp-content/uploads/2013/07/resenha_asteriospolyp_1.jpg

    Para ressaltar o distanciamento do casal em um momento difícil, vemos o mesmo recurso aplicado de uma maneira ligeiramente diferente: http://graphics8.nytimes.com/images/2009/07/26/books/wolk-600.gif

    Se estes dois quadros fossem executados de outra maneira, é provável que o impacto criado por eles fosse diferente. Talvez a mensagem não chegasse com a mesma força aos olhos do leitor. Aparentemente, a melhor maneira que o autor encontrou para passar essa ideia foi através do recurso apresentado acima.

    Para ter em mente como funciona a relação forma-conteúdo em um âmbito maior, recomendo a leitura desse texto: http://allfiction01.wordpress.com/2012/09/22/criancas-e-chapeus-de-palha/

    “Oda escreve sua obra para crianças porque é a melhor maneira de contar sua história e de expressar suas idéias.”

    Enfim, a forma, se for bem escolhida, pode potencializar o conteúdo. Se mal escolhida, pode explorar pouco do potencial do conteúdo e consequentemente diminuir a força do mesmo. Os dois aspectos são muito importantes, não acho que um possa ganhar mais importância que o outro.

  8. A forma é mais importante que o conteúdo, afinal, “porque ler hq’s” se não pela forma? Se fosse ler pelo conteúdo, poderia muitas vezes visitar o irmão bastardo, os animes. Pegue um exemplo como FMA. Você quer muito experienciar, já que muitos falam sobre (por algum motivo), mas não sabe se vai para o anime ou manga, se não se importa da forma de um ou de outro vai escolher o anime, já que é mais fácil de experienciar (como muitos acabam fazendo).

    A forma é o que faz até os mangas hentais, muito desconsiderados por fatias do fandom, ficarem no mesmo nível de qualquer outra obra. Que diferente de um filme porno, por exemplo, que não liga para as montagens básicas (casos e casos, existem os que ligam, mas são exceção e não a regra). Em um hentai isso não existe, todos estão usando a mesma forma, apenas conteúdos diferentes.

    Pode ser citado até exemplos de slice of lifes em geral, que tem o seu foco maior na forma do que no conteúdo, e com isso chegam em um nível superior. Se pode dizer que um Yotsuba& da vida tem um conteúdo raso, o que é discutível, mas não errado, mas ao mesmo tempo é uma das melhores coisas por ai, porque? Acho que conseguem chegar na conclusão por vocês.

    • Discordo.

      Conteúdo é mais importante para mim, porém é necessário um balanceamento. e temos que saber que nem todas obras isso acontece. Por que uma pessoa acompanharia um shounen de lutinha famoso como Naruto, Bleach, One Piece? É pela forma como é feito? Claro que não, é pela história. Eles querem saber a história que será animada, eles querem a história em si, e não a maneira de como ela é tratada.

      Já no caso de Yotsubato, a forma com que a história é tratada, tem maior destaque que a própria história, porém não deixa de ser importante. Se um for tão importante quanto o outro, uma pessoa só leria livros e a outra só olharia desenhos.

      Com as diferentes obras, esse balanço tende a ir pra um ponto e pra outro. Quando alguém lê Helter Skelter, e vê a arte, e mesmo assim gosta do mangá, é por que o conteúdo valeu a pena. Já uma pessoa que lê Slam Dunk, vê aquela arte, se impressiona mais que o conteúdo.

      • Não irei discordar, afinal, isso é uma questão de valores. Mas irei usar o que falou como exemplos de contra ponto.

        Peque o “big 3” One piece claramente tem um conteúdo superior, porém sua forma não é boa. Já Bleach tem uma forma boa, mas seu conteúdo é podre. Isso mostra que claramente um influencia o outro, não pode se dizer que um não importa, um conteúdo ruim vai ser um conteúdo ruim (Naruto atinge um balanço, mas é tão medíocre que acaba não fazendo diferença).

        Quando digo que “o conteúdo não importa” é que a falta dele não afeta tanto. A Yotsuba em Yotsuba& ir fazer X ou Y importa? Não, não importa O que ela vai fazer, e sim Que vai fazer e Como vai fazer, isso tudo mostrado pela “entrega”, pela forma.

        Helter Skelter é um bicho estranho, não o vejo como bom em nenhum dos aspectos, ele é uma outra categoria que no momento não saberia como colocar. Sim, é intrigante, mas não é uma obra que alguém vai querer ler novamente apos experienciar pela primeira vez, até por ser uma experiencia tão pesada.

  9. Ah vá! Eu não disse que os seus motivos eram uma merda, só falei que eram diferente dos meus, e tentei argumentar a partir do meu ponto de vista.

    E, o que eu posso fazer com meus pontos hipster? Quantos eu preciso juntar pra poder pedir um manga enquadrado?

  10. Não consegui mandar um bom email por falta de tempo e por não ter concluído muito coisa pra poder agregar a discussão. Porém, só queria deixar registrado que este foi um dos programas mais interessantes, há algumas semanas não tinha um tão bom. Começo a achar que os programas inconclusivos são os melhores, pois são os assuntos que mais me fazem pensar e mudam meus paradigmas sobre mangás, como os programas sobre qualidade (o #27 é um dos meus favoritos). Enfim, ótimo programa, vou tentar arranjar tempo pra mandar uma boa recomendação em áudio. Só preciso achar um mangá incrível pra recomendar, o que é difícil, já que quase todos os ótimos que eu li foram recomendados por vocês.

  11. Como meu microfone está quebrado, não poderei enviar minha recomendação, porém num futuro distante, irei gravar e enviar.

    Estranho, Judeu, quando será feito a atualização da tabela dos mangás que já foram recomendados?

  12. Olá!

    Um versus tão intrincado que seria impossível uma reposta extremista – afinal o conteúdo é dependente, e significa algo, de acordo com o forma que o molda; em minha opinião forma e conteúdo se modulam sendo impossível discernir onde a influência de um termina e a natureza do outro inicia.

    Abraços do KING!

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