Sejam novamente bem vindo ao episódio da masturbação masculina do Mangá², o, talvez, maior podcast do Brasil talvez.
Na segunda (ou seria primeira?) parte do programa da semana, tivemos o clássico quadro do podcast, chamado Mangá Enquadrado. Com a ajuda do Alemão, ninguém importante da blogsfera, tentamos realizar uma análise cheia de spoilers do mangá Nijigahara Holograph do Inio Asano. Então venha conosco nessa incrível viagem de tentativa de entendimento, onde uma pessoa pode ser a sua própria mãe, garotos medonhos aparecem do nada e caixas de sonhos nunca existem.
E no final, como sempre, a recomendação da semana, só que, como já de tradição, por conta do convidado, que recomendou um shoujo para meninos… ou pelo menos para os que são manteiga-derretida.
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Links Comentados
Montagem de recomendações – feito pelo Boxa
Texto sobre Njigahara Holograph
Cronologia do episódio
(00:20) Mangá Enquadrado – Nijigahara Holograph (feat. Alemão)
(37:20) Leitura de Emails
(59:18) Recomendação da Semana – Socrates in Love
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Ótimo mangá, foi o primeiro do Inio Asano que li,
muito bom o podcast,li o mangá essa semana ,foi a primeira obra do inio asano que li ,enfim a discução de voces me ajudou a esclarecer algumas coisas,como o negocio da lata e das borboletas ,mas queria falar de algo que eu reparei no mangá o qual vocês não comentaram ,
no começo do capitulo 5 o moleque de oculos ta conversando com a professora e tem um quadrinho que ta dando meio que um close na calsa do moleque ,mostrando um volume na calsa
sera que aquila foi algum mensagem ,do tipo da relação dele com a professora ou simplismente eu tenho a mente poluida
Na verdade o menino tinha um atração pela professora, inclusive sexual, só isso.
sim ,só tinha duvida se era isso mesmo ou coisa da minha cabeça
– Nijigahara Holograph
Li agora antes de ouvir o podcast, então vamos lá.
Realmente a obra é bem amarrada e construída, até a vaca sem cabeça do 1º quadro do mangá é justificada lá na frente.
A obra consegue passar esse sentimento de algo problemático e tumultuado.
Algo que me incomodou no mangá e não entendi se eu que não peguei é a personalidade do Suzuki, ele é um babaca, mas não consegui chegar ao motivo que faz ele ser esse babaca.
Ele evita todo mundo e na hora que o moleque que apanha chama a mãe ele fica sentido, mas não tem motivo pra isso tem? Só se tem alguma relação com ele não ter a mãe? Isso me deixou perdido também.
No mangá todo tem referencias sexuais, onde tudo isso se encaixa?
Ele também teria alguma outra intenção com a professora? pois ele fica exitado e pouco depois ele só pede por pensamento para ela parar com o sexo com o professor.
Também achei que ser coberto pelas borboletas representava a morte, mas quando a professora “morre” não teria como ela se matar ali? teria? então acho que deve ser a representação da morte mesmo.
E o Asano adora lambreta, nessa obra temos uma cena rápida, em solanin é mais presente, vocês que ja leram outras obras, seria essa uma “assinatura” dele?
De toda forma a obra é ótima, pois ela realmente consegue dar uma sensação durante a leitura para o leitor.
– Socrates in Love.
Eu comprei e li esse mangá logo quando a JBC lançou em 2004 , solteiro, no colegial, e ok, achei bom legal, mas só. Ano passado em 2012 peguei ele para reler, seis anos depois e mudou muito minha visão da obra. Gostei muito e realmente acabei me colocando no lugar do personagem e dessa segunda vez me emocionei também, não cheguei a chorar, mas deu aquela marejada o olho.
Até recomendei para minha namorada ler, e ela gostou, mas não chegou a ficar emocionada, então a visão do Alemão tem seu sentido para mim.
Pô Mein Kampf vai ser publicado pela primeira vez no Brasil desde os anos 80 em mangá, não é pouca merda não…ou muita haushas.
E ano que vem o livro entra em domínio público.
Aliás, uma curiosidade inútil, vocês citaram se era um sonho, borboleta e tals, lembrei que tem a música do Raul Seixas, Um sábio Chinês, que é sobre isso sera era um sábio sonhando ser borboleta ou se uma borboleta sonhando ser um sábio chinês.
Isso não significa nada, mas vai saber se tem alguma lenda ou algo assim…ou só um brisa mesmo.
Aquele filósofo que a professora cita em aula que falamos no podcast de fato existe. Não é impossível então que o Raul Seixas tenha conhecido a obra do cara também, acho que faz sentido sim!
Caralho, conhecia essa música do Raul e realmente faz muito sentido! Mesmo porque essa é uma das, se não a citação mais famosa do filósofo. Genial!
Então chegamos a uma nova interpretação da obra, Nijigahara Holograph é na verdade um sonho de uma borboleta.
Procurando pelo filosofo, Chuang-Tzu ou sonho de borboleta acha bastante coisa, até aulas infantis da Tv escola sobre o tema.
Só faltam me falar agora que Chuang-Tzu tem a ver com shang tsung, ae minha cabeça explode de vez.
na primeira vez que li ,tinha entendido que as borboletas ,era uma forma de representar uma divindade ,um deus mechendo os palzinhos pras coisas acontecerem ,não imaginava elas como coisas fisicas mas sim apenas uma ideia ,mas as pessoas da cidade citam que tem muita borboleta naquela epoca
Esse texto e principalmente o bônus no final me ajudou bastante a entender a obra.
http://www.elfenliedbrasil.com/2012/08/inio-asano-nijigahara-holograph-quase.html
É a Roberta, mas esse ta bem feito. ~corre~
Entendo que o movimento LGBT esteja ganhando muito espaço ultimamente, mas em nenhum momento eu viria supor que o mangá² fosse adepto do mesmo. Recomendações desde o podcast 26: Gokicha, Orange, Annarasumanara , Socrates in Love e em adendo, temos o novo review do Judeu sobre a centauro moe. ASSIM, não estou insinuando que essa tendência signifique algo, só divagando mesmo.
Bom, de toda essa putaria, eu só contribuí com uma obra. Não sei de nada!
Eu fiquei me perguntando o que diabos era o negócio de aparentemente 4 patas no começo do mangá. E pqp, agora que li o comentário do Taka de que é uma vaca sem cabeça, fez a MINHA cabeça explodir, hahahah excelente.
É, fiquei embasbacado com Nijigahara Holograph. Melhor Manga Enquadrado até agora, hahaha. Lendo, eu entendi o que vocês disseram a respeito dos diferentes tipos de simbolismo e tal.
Tudo bem que, relendo com muita cautela e tal, é capaz de conectar muitos pontos da história e os seus simbolismos. Mas ao mesmo tempo, MUITO do que se passa na história tem um objetivo muito abstrato e gera muita interpretação pessoal, mesmo que a “idéia geral” seja palpável (como as borboletas representando a morte, que pode ser uma representação da mãe da Arie também ou qualquer outra coisa).
Uma coisa que me atiçou foi o lance do conto da Arie: a garota, os sete camponeses e o monstro. Minha análise do conto foi assim:
– A garota seria a Arie (aquela que tem a cabeça oferecida ao monstro = os vários “sacrifícios” dela).
– Os camponeses seriam o sr. Kimura, Komatsuzaki, a profª Sakaki, a Arakawa, o policial, o Higure e o Takahama, todos os peões que foram manipulados a “alimentar o monstro” (até o Takahama, que esfaqueou uma criança na escola quando adulto).
– O monstro seria a mãe da Arie/entidade das borboletas.
Daí eu penso se essa história não seria uma metáfora do quanto a retroalimentação funcionou nesse ciclo. Porque, se a Arie e a mãe são a mesma pessoa, todas as ações dos “7 camponeses” contra a Arie (seja os maltratos, tentativa de estupro, jogar ela do poço, a negligência) seriam as ações que tornariam a entidade mais forte. Ela estaria se alimentado de si própria.
E eu não contei o Suzuki porque podemos traçar um paralelo do conto da Arie com o conto da vaca com cabeça de gente de Nijigahara. Se a imagem da vaca sem cabeça do começo pode ser uma representação da cabeça da Arie sendo oferecida ao monstro, podemos inferir que o lance da “vaca com cabeça de gente que quando atravessa Nijigahara viram gêmeos”, o Suzuki seria uma só entidade com a Arie, por ser o gêmeo dela.
Isso se conecta também com a “queda” simultânea dos dois que vocês disseram. Além do fato dos dois personagens serem “atemporais”: a Arie pode coexistir com a mãe no momento da morte; Suzuki mostrou vários pontos de coexistência temporais, tipo Suzuki adulto empurrando a cadeira de rodas pra que Suzuki velho entregue a caixa para o Suzuki criança.
BOOOOOM! (esse é o som da minha cabeça explodindo)
Uma coisa menor que percebi, foi que as falas dos quadros de pensamento do Suzuki sempre seguem uma “estampa”. Normalmente é um ziguezague, mas já vi um padrão circular também, não sei se vocês viram. https://lh4.googleusercontent.com/-DHLLWoulhvo/USTVJDQPiwI/AAAAAAAAADk/bDDLfhaCQkw/s640/Sem%2520t%25C3%25ADtulo.png
Ótima discussão. Sintetizaram legal as impressões que eu tive da obra. Esse é o tipo do mangá que eu lei fazendo anotações a todo instante para pegar todas as referências e acontecimentos cronologicamente esparsos. A parada é pura masturbação interpretativa. Lindo, lindo.
OK, lerei Nijigarahara Holograf, é bom saber que esta é uma obra difícil. poxa ouvi o cast e fiquei bem no ar. Em virtude disto irei priorizar outras obras do Asano, no caos, acho que minha primeira será o Punpun mesmo.
Não costumo me importar com spoilers, na verdade como o que mais me atrai em qualquer obra é o desenvolvimento, as vezes os spoilers chegam a ter a ser aperitivos para min, mas neste cast, nossa, quanta viajem, teorias bizarras e eu ficando no ar, testarei no futuro para ver se estas viajem tem fundamento.
Nota – adorei os emails da galera, estou ate relendo alguns comentários que deixei passar.
Errata – o dicionário e para o Judeu Ateu que iniciou o programa sem olhar simbolismo no dicionário. Como sou ouvinte novo, fez ou outra faço confusão.
CHUPA JUDEU
Uma idéia que me ocorreu aqui depois de ler o vol. 11 de Punpun (eu leio em português mesmo, preguicinha de ler em inglês XD): se não me engano, o autor anuciou que ainda tem mais 2-3 volumes antes da obra terminar, bem que vocês poderiam fazer um “Mangá Enquadrado” ou um “1Volume” pra cada volume de punpun que for saindo, que tal?
[…] Minha recomendação é, caso você tenha preguiça de reler o mangá, leia-o inteiro de uma só vez e logo após escute o podcast do Mangá² analisando a obra. […]
Muito bom! Única crítica que tenho é sobre a duração, tinha muita coisa mais pra ser analisada. No mais, excelente o podcast.
(comentei errado no post do mangagrafia :p)
Acabei de ouvir o podcast e gostei bastante! ☆ só fiquei com uma dúvida, nas últimas páginas quando a Arie e o Suzuki se reencontram, ele tenta estuprar/enforcar ela. Isso realmente aconteceu? O que é exatamente aquela cena? Lembrou bastante a cena do pai deles tentando matar a mãe. Suzuki se viu no lugar do pai dele? Aquilo aconteceu ou só se passou na cabeça dele?
Quando ele vira borboleta, seria o fechamento daquele ciclo? Já que os dois se reencontraram e tem aparece o Suzuki já bem idoso. Seria isso?
E a história fica em looping já que acaba o com o Suzuki idoso dando a caixa para ele maia novo e virando borboleta?