Mangá² #05 – Mangás Infinitos e The Music of Marie

Sejam novamente bem vindos ao quinto episódio do Mangá²!

No episódio dessa semana, dissecamos completamente a obra The Music of Marie, do mangaká Usamaru Furuya, o mesmo mangá que foi recomendado no segundo Mangá². Aqui discutimos sobre as teorias filosóficas, religiosas e os magníficos plot twists da obra!

Além disso, também discutimos sobre a lógica por trás dos mangás infinitos, aqueles mangás que se estendem por anos e anos.

E claro, mais uma recomendação da semana, e desta vez tentamos sugerir o segundo “passo além” com uma ótima coletânea de One-Shots!

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Cronologia do episódio

(00:39) Discussão da Semana – Mangás Infinitos

(14:34) Leitura de e-mails

(20:44) Analisando The Music of Marie (CONTÉM SPOILERS)

(41:23) Recomendação

Download (CLIQUE COM O BOTÃO DIREITO DO MOUSE E ESCOLHA A OPÇÃO “SALVAR DESTINO COMO…” OU “SALVAR LINK COMO…”)

34 comentários

  1. Olha, sem querer parecer arrogante ou qualquer coisa parecida, mas quase todos esses fatos relacionados à presença do Kai podem ser percebidas facilmente em uma primeira leitura atenta. A exceção fica apenas no que o Estranho disse quanto aos símbolos na mão do Kai e relação com as notas musicais. Mas, claro… Isso não diminui em nada a grandiosidade da obra.

    • Cara, me desculpe, mas a menos que você tenha sido informado que tinha um plot twist no final e já leu com a intenção de tentar descobrir o que era, acho MUITO difícil que você tenha percebido na primeira vez.

      Se O Sexto Sentido começa mostrando a morte do cara e a gente ainda assim só se toca no final, não vejo como, mesmo em uma leitura mais atenta, perceber isso. Tem que ser um fenômeno raríssimo.

      • Rapaz, na verdade você está parcialmente certo em dizer que eu esperava um plot twist. Parcialmente porque na verdade eu não fui informado de que existia. A verdade é que eu sempre procuro plot twists em mangás curto. Além disso, antes de ler Marie, eu já tinha lido alguns mangás do autor, e esse tipo de final é algo que ele usa bastante, desde What If (conto presente em Happiness), até o (SPOILER) o fim de Picasso.

        Ainda assim, se fosse procurar especificar mais algum possível motivo para ter conseguido notar, bem… Acho que depende muito da maneira com a qual você tem costume de ler quadrinhos. Se, como eu, tende a passar um tempo considerável visualizando a arte (ainda mais quando foi o diabo do Usamaru quem desenhou), dá para antecipar parte do final (no que se refere ao Kai) facinho, facinho. A foto e a cena onde todo mundo está na praia denunciam legal.

        P. S. É, eu sei que os “como eu” da vida dão um caráter pretencioso horroroso em uma oração, então… Que fique logo esclarecido que não foi a intenção.

  2. Eu não levava muita fé em Music of Marie porque o traço não parecia tão legal pra mim no começo, mas fiquei feliz de deixar esse preconceito de lado (até porque a ARTE se revela em cada página que passa) e ter lido essa obra.

    O legal dessa obra é que uma simples revelação que dura no máximo duas páginas faz com que toda a história mude.

    Uma coisa que vocês não comentaram foi da cena em que o Kai se masturba pra Marie e a Pipi vê. Quando cheguei nessa parte na releitura eu imaginei que talvez tivesse sido da imaginação dela que isso aconteceu, mas depois o Padre Gule elogia esse momento de perversão do Kai, porque ele se dedicou à Marie da forma dele, podendo se entregar de corpo inteiro. Isso entra em debate com a idéia do “amor obsessivo” que Kai tinha por Marie e se isso influenciou na decisão final dele. O grande problema disso é que toda aquela idéia da “liberdade de escolha” (por sempre ter um “escolhido” a cada 50 anos) vai por água abaixo se ele realmente foi manipulado para estar a favor dela. Tá, tudo bem, ele chegou a falar que “por mais que eu ame Marie, eu confio na humanidade (…)”, mas depois de ver aquelas cenas do passado, acho difícil que ele pudesse escolher outra coisa.

    Ainda nessa cena do 1º volume, sobre a Pipi querer voar… acho que o motivo dela era simplesmente estar acima da Marie na opinião do Kai. Mas por trás disso tem uma simbologia foda. Porque ela foi, literalmente, o pássaro que tentou voar e levou um tapa pra cair no chão (como dito antes).

    O lance dos símbolos nas mãos eu tinha percebido que eram notas musicais já na primeira leitura. E não sei se vocês perceberam, mas sempre que o Kai queria ouvir os sons mais sensíveis da natureza e da Marie, ele levava as mãos aos ouvidos. Pra mim isso dá todo o sentido dos símbolos serem notas musicais.

    • “E não sei se vocês perceberam, mas sempre que o Kai queria ouvir os sons mais sensíveis da natureza e da Marie, ele levava as mãos aos ouvidos.”

      Isso qualquer ser humano faz quando quer escutar algo melhor. Sério, não tem nada de diferente nisso.

      • Não, não, eu entendi que Sakamoto quis dizer. Esse ato de levantar as mãos às orelhas tem um duplo sentido no caso do Kai. Primeiramente o ato que qualquer ser humano faz e depois por representar notas musicais entrando em seus ouvidos, bem pensado.

    • “O grande problema disso é que toda aquela idéia da “liberdade de escolha” (por sempre ter um “escolhido” a cada 50 anos) vai por água abaixo se ele realmente foi manipulado para estar a favor dela. Tá, tudo bem, ele chegou a falar que “por mais que eu ame Marie, eu confio na humanidade (…)”, mas depois de ver aquelas cenas do passado, acho difícil que ele pudesse escolher outra coisa.”

      Oras, se o Kai está fazendo uma escolha, então será que ele não tem direito a saber de todos os fatos? é como uma eleição… ele tem o direito de ter consciencia dos beneficios e os podres de cada realidade. Ou você queria que ela encobrisse tudo isso só para que o Kai escolhesse o “livre arbítrio” ?

      Ele viu todos ao redor sucumbirem perante os proprios desejos e a raiva. E nós sabemos que a Marie não inventou nada ali naquelas lembranças pq é o que acontece todos os dias.

  3. Tava na lista aqui, mas vou adiantar e ler, só pra poder escutar. Não tenho moral pra falar (já que só ouvi parte do primeiro até agora), mas acho bacana um podcast sobre mangás related, sem comentários semanais sobre mangás da Jump. Acho que vocês cresceriam mais tirando essa limitação (ou sei lá, descentralizando eles do foco, com comentários logo no início e partindo pro que interessa, como o Jwave faz com tokusatsus) ;DDD

  4. Só quero fazer uma ressalva quanto ao objetivo final de One Piece.

    No inicio do manga, pode ter sido Luffy se tornar o rei dos piratas. Mas com a entrada de Nico Robin e esse envolvimento com o Governo Mundial, o fim de OP começou a encaminhar para outro ponto. E ao meu ver, essa transição se concretizou em Shaobody e na guerra dos melhores em Marineford com o discurso do Barba Branca.

    Minha teoria é de que Roger criou essa era dos piratas para que o One Piece e o rio Poneglyph sejam encontrados para que haja a Grande Guerra Mundial contra o GM.

    • Que nem aconteceu com Houshin Engi: o objetivo inicial era completar aquela lista. Mas existia um plano maior por trás que não podia ser contado até nos últimos instantes.

  5. HUEEEEE Só hoje fui escutar o cast. Eu não sei se já responderam, mas sobre a Pipi conversar em terceira pessoa, isso é comum no Japão. Digo, referir a si mesmo na terceira pessoa é uma afetação infantil. Pode reparar que todos os personagens em séries que você acompanhar, que se referem à si mesmos em terceira pessoa, são meio infantilizados (em alguns casos, denotam ter… sei lá….algum tipo de retardo mental, rs).

    • LOL, é verdade, oh o seu “eu” de meio ano atrás alí. E certamente essa é a justificativa pro tratamento em 3ª pessoa, não sei como ninguém comentou isso até agora xD Mas diz aí, achou justificável esse hype todo em cima da obra?

      • Sim, é fantástico! Ele não é tão denso quanto Nijigahara Holograph, mas tem uma certa magia e um desfecho agridoce que quase me arrancaram lágrimas. Aquilo foi muito poderoso. Quando cheguei ao fim, simplesmente não sabia o que pensar ao certo, um flash começou a retroagir na minha mente e fiquei alguns segundos sem reação. Como você comentou, eu percebi aquele lance da fotografia e fiquei pensando “uai…”, e apesar de ficar encucada segui adiante. Depois veio aquele segundo volume e PUUUUUUTZZZZ!!! Morri toda à cada capítulo. Eu fiquei estática (SPOILERS A SEGUIR) quando o Kai começou a desaparecer, tipo isso > O_O Hahaha foi como descobrir que toda a minha vida não passou de uma mentira.

  6. Primeiramente quero agradecer por vocês terem me apresentado a essa obra, me senti até culpado por não ter seguido a recomendação assim que foi feita.

    Bem, como eu concordo com tudo que vocês falaram, não tenho muito a acrescentar, eu só queria indicar mais dois fatos que ajudam a perceber que o Kai “não existe”.

    O primeiro eu percebi assim que terminei a leitura do mangá e fui dar uma olhada no primeiro capitulo para ver a foto em que ele não aparece, só que ao ler o capitulo novamente, percebi que o Kai não possuía sombra, isso pode ser visto já naquela capa colorida. O segundo é fato dele nunca ter tocado outra pessoa, a não ser a Pipi.

  7. Eu nem vou comentar nada sobre Marie só que realmente é ótimo, mas não consigo entender como gostar do hotel e present (eu não li a coletanea toda que vcs falaram só esses dois) e tipo como vc amaram isso?!!
    Na época que li, achei presente muito dramaticozim e ainda no final acabar sei lá com um sentimento vazio. Não gostei.Besta. E Hotel também, achei uma enrolação e no final tipo…nada.É aquela coisa, não conquistou a Lara.

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