Primavera de 2012: Sankarea

Continuando a série de críticas a mangás que terão animes aparecendo nas televisões japonesas na primavera de 2012 (outono no Brasil), partimos para a próxima série. Esta é uma série relativamente nova (começou em dezembro de 2009), em publicação na Bessatsu Shonen Magazine, a revista mensal da Kodansha, casa de Shingeki no Kyojin e Animal Land. E o mais curioso: é uma série de comédia romântica… com zumbis.

Estamos falando de Sankarea.


Sankarea conta a história da “vida” de dois personagens que dividem a cena como protagonistas. São eles Chihiro Furuya e Rea Sanka. Furuya é um simples garoto, do primeiro ano do colegial, que gosta bastante de zumbis. Já Rea é uma garota rica, popular e bonita. É admirada por diversos garotos e garotas, sendo também a filha do diretor de sua escola. Apesar da escola de ambos serem de frente uma para a outra, Furuya pouco se importa com quem é Rea, mesmo esta sendo famosa. Ao menos é o que parece.

Posteriormente, descobrimos que Furuya sai todo dia à noite para um local afastado da cidade para tentar fazer uma poção que ressuscita os mortos. Ele tenta usar esta poção para ressuscitar Babu, seu gato que foi atropelado uns dias antes. Apesar de seus esforços, por ser uma informação velha, uma parte da “receita” que ele possui está manchada e por isso ele não consegue ver um dos ingredientes; ele só sabe que é uma planta. E enquanto está tentando fazer a poção dar certo, uma menina se aproxima de onde ele está e começa a gritar dentro de um poço, desesperada, pra extravasar a raiva. Essa garota é Rea, que reclama de sua vida, sua falta de liberdade e dos abusos de seu pai. Ao encontrar Furuya e ouvir seus planos de ressuscitação, Rea manifesta um interesse de se tornar zumbi, pois seria como um renascimento e ela poderia fugir de sua vida.

Não seria nenhum spoiler citar que isso acaba acontecendo de fato, principalmente porque o próprio autor já joga essa ideia (tanto escondida quanto abertamente) no começo da história, logo no término do primeiro capítulo. Ou seja, este é basicamente um mangá de comédia-romântica-horror.

Mas não que você vá se assustar lendo, porque o “horror” é bem leve, mas de fato há alguns momentos e cenas nas quais ficamos meio aflitos, sentindo um pouco de assombro, inclusive pelas próprias atitudes dos personagens e as circunstâncias que vão ocorrendo ao longo da história. Também não há como negar que tenham momentos ecchi, como se espera de uma comédia romântica, mas não é algo tão absurdo ou que estrague a história.

A história tende bastante para momentos de comédia, principalmente com os outros personagens da história, como por exemplo a irmã do Furuya, que é uma ótima personagem. Porém há também um algumas cenas aflitivas muito fortes; afinal, por mais que tentem parecer que a transformação em zumbi seja um “renascimento“, ainda há o Rigor Mortis, que faz com que os personagens apodreçam literalmente. Isso inclusive acaba virando um dos artifícios do enredo ao longo do mangá. Mas, como dito, a série é essencialmente uma comédia-romântica, então vá esperando por uma história bem tranquila, com piadinhas divertidinhas e, principalmente, uma disputa amorosa (claro).

Apesar de não possuir (infelizmente) muitos capítulos traduzidos, é uma leitura extremamente válida, principalmente por não passar por situações habituais do gênero e trazer uma sensação de renovação no ramo da comédia-romântica, fazendo você se preocupar não apenas pelo desenvolvimento dos possíveis romances, como também pelo desenvolvimento da história e circunstâncias pelas quais os personagens passarão na história. Inclusive é muito curioso ver um desenvolvimento muito humano em uma personagem que só conseguiu determinadas coisas depois da morte.

Gastem um pouco de vossos tempos e leiam um pouco de romance-zumbi! Zumbis estão na moda e, neste caso, é bem executado!

5 comentários

  1. So para corrigir a informação errada do final, o manga esta com a tradução em dia com o japao no ingles e em portugues um capitulo apenas atras, basta vc procurar na falconscan que vc ira axar.

    • Essa é um mea culpa. O Boxa tinha dito que tinham “poucos capítulos”, e eu na edição entendi que tinham vários capítulos lançados, mas poucos traduzidos.

      Mas vou dar uma de malandro e afirmar: a frase não está errada. Não foi dito que os scans estão atrasados, e sim que tem poucos capítulos traduzidos (26 é pouco (tá, eu sei, em mangá mensal é bastante, mas estou forçando a barra aqui intencionalmente)).

  2. Essa é um mea culpa. O Boxa tinha dito que tinham “poucos capítulos”, e eu na edição entendi que tinham vários capítulos lançados, mas poucos traduzidos.

    Mas vou dar uma de malandro e afirmar: a frase não está errada. Não foi dito que os scans estão atrasados, e sim que tem poucos capítulos traduzidos (26 é pouco (tá, eu sei, em mangá mensal é bastante, mas estou forçando a barra aqui intencionalmente)).

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