Já manifestei aqui a minha adoração por Dorohedoro aqui, um ótimo mangá, extremamente criativo, com ótimos personagens e uma arte muito única. Quem me segue no twitter sabe o quão adoro esse mangá, e o quão frequentemente digo que, sim, esse é o meu mangá FAVORITO!
Por isso toda essa felicidade pelo novo volume 🙂 Não lembro nem quando foi que o volume 15 foi lançado, estava necessitado, estava passando tendo sintomas de abstinência, principalmente com o Gantz Waiting Room falando que faltava pouco pra completar ( isso há 3 meses atrás).
Felizmente 9 novos capítulos de Dorohedoro chegaram e o que há pra dizer? Continua tão bom, tão ótimo, tão FODA, quanto sempre foi. Volume tão bom se não melhor que o anterior, todos os elementos que fazem essa obra ser o que é e ser tão amada, estão ali. Os personagens, a surpresa e o inesperado, questões sendo resolvidas só para serem geradas outras, os vários núcleos com o mesmo nível de atenção e o cruzamento desses núcleos. ISSO É DOROHEDORO.
Vamos começar do começo, então apertem o sinto que aqui vem um enxurrada de SPOILERS.
Logo no inicio do mangá, Q Hayashida não enrola nada (que é o que está dando esse clima de “saga final”) e já gasta uma das 4 viagens temporais que Nikaido possui. Somos finalmente revelados à vários dos maiores mistérios da série, o homem no final do corredor que Kaiman sempre via era na verdade a maldição do Risu (uma das ultimas coisas que ele viu antes de ser “morto”). O obvio antão é mostrado, e finalmente a série mostra claramente que Ai é o chefe dos ‘olhos cruzados”, que é o Kaiman, que tem uma cabeça de lagarto porque ele estava segurando um frasco de pó da Ebisu quando a maldição do Risu, quem ele tentou matar anteriormente, estava tendo tirar todos as suas posses.
Já tínhamos um noção de que as coisas eram (mais ou menos) assim, mas é interessante o mangá mostrar como as coisas aconteceram. Claro que todas essas revelações não ajudaram em nada, afinal de contas o que o Aikawa tem a ver com isso? Ele também é uma personalidade do Ai? Porque o Chefe pode tem várias personalidades alias?

Mas na verdade, todas essas revelações nem foram de grande importância para a história, não são os grandes momentos que fazem Dorohedoro são os pequenos que fazem a diferença. Que tal por exemplo, o fato daquele carinha random que sequestrou a Nikaido (la no comecinho lembra?) ter sabido de TUDO ISSO e mais um pouco? E ele ter sido morto pelos próprios protagonistas que queriam saber a verdade, é muito irônico, genial e sádico.
Que tal então, a Noi encontrar e usar a mesma roupa do jogo de Baseball que era originalmente de Kaiman? Ou o fato dessa não ser a primeira vez que o frasco de magia da Ebisu é mencionado? Ela vendia eles aos montes assim como mencionado pelo Shin lááá no volume 4 ainda:
Esse é o legal de Dorohedoro, a habilidade conseguir entregar esses pequenos detalhes, pequenos fan-services que fazem a diferença e engrandecem os personagens, mas o mesmo tempo conseguir andar e seguir em frente com o roteiro.
Que nem a Nikaido-demônio fazendo Guiozas. Qual foi a importância daquilo pro roteiro? Não sei. Será que um dia vai ter importância? Também não sei. Mas que foi extremamente divertido foi. Não deu a impressão de que a autora está querendo enrolar, porque mesmo que tenha sido uma enrolação, foi uma ótima leitura, extremamente criativa, com personagens que adoramos.
O mesmo pode ser dito para o maior foque e arco do volume que foi a aventura de espionagem do Fujita. A única importância daquilo foi porque o personagem estava junto com O Chefe (ou seja lá o que aquilo for agora) durante todos os momentos, mas nem mesmo assim, ajudou a revelar algo importante. A não ser no final e claro em que ficamos totalmente apreensivos para saber o que vai acontecer.
Alias, como o Fujita me surpreendeu. Sempre foi um bom personagem e eu sempre esperava uma performance boa dele, mas mesmo assim essa saga dele foi demais. Alias, novamente o mangá surpreendeu totalmente, nunca da pra adivinhar o que vai acontecer em Dorohedoro, pensa nisso, o Final Boss da série acabou de ser morto por um random qualquer que nunca antes tinha aparecido, esse random alias, logo após matar esse O Chefe,é então derrotado pelo personagem mais fraco até agora. SENSACIONAL!
Gostei muito também do Fujita ter quase sido morto pelo Johnson, pensar que o novo herói poderia ter morrido ali, por uma barata gigante (barata gigante alias que é o personagem favorito de muita gente) e todo o rumo da história seria diferente, novamente foi muito interessante como a autora conseguiu pegar um ponto aparentemente sem importância e dar um significado pra ele.

Mais uma vez Dorohedoro soube lidar bem e ser criativo em todos os seus aspectos. O inesperado é de fazer cair o queixo e o “esperado” é extremamente bem executado. De brinde ainda tivemos esse monte de páginas extras coloridas com personagens extremamente criativos e originais.
Enfim, desculpa um pouco pelo “fanboyismo” meu, mas não é atoa que esse é o meu mangá favorito, não poderia recomendar mais Dorohedoro e mais especificamente o seu vol 16!!!
Fanboysismo nada cara, Dorohedoro merece isso mesmo e mais.
Porra, o Fujita nesse volume foi épico, ele narrando as aventuras dele e como ele se sentia me fez quase trocar meu voto de 2º melhor personagem de Doro da Ebisu pra ele.
Alias, falando em Fujita e Ebisu, a história de “amor” entre os dois é mais emocionante que 60% dos mangás de romance, sim. Saber que o Fujita estava presente nos momentos mais importantes dos dois volumes anteriores foi além de inesperado muito bem bolado, ele soube agir certo na hora certa. Sempre fiquei em dúvida sobre o motivo do vaso no restaurante do Tanba ter quebrado e feito os personagens saírem daquela situação complicada. Também foi muito feliz a volta de coisas antigas e, bom, a dona Hayashida está fechando as pontas do mangá.
A parte da Nikaido fazendo guioza não foi de todo inútil, tá certo, todo mangá tem que ter uns momentos diferentes que não são só desenvolvimento de trama, isso faz parte. Ali + o capítulo extra do Omake (101.5) foi bom para mostrar que realmente as pessoas que passam pelo processo de demonização perdem parte da personalidade e adquirem os hábitos e jeito típicos dos chifrudos. Não que isso seja muito relevante, mas tem a Haru que aparentemente mudou bastante e ela volta e meia está fazendo coisas importantes na história junto do dr. Kasukabe (que só não é melhor que o Casa) e a barata Jonson. Alias, isso me faz lembrar que em Dorohedoro nenhum personagem é inútil, todos podem se tornar o personagem favorito de quem lê, até pelo fato de não existir protagonista (pelo menos depois que o En matou o Kaiman não) e todos os personagens receberem a importância que merecem no enredo da Q(ueen) Hayashida.
Não acho que o flashback foi inútil, talvez foi menos útil para um leitor atento, mas as informações e revelações do mangá estavam dispersas e geralmente vinham em páginas que flutuavam em drogas e psicodelia. Não dá para saber exatamente o que é o Ai e nem o que ele planeja, também não foi revelado o plano do Chidaruma e o motivo dos demônios permitirem que tudo acontecesse mesmo sendo entidades “supremas”. Também não dá para saber quem entrou no hospital aquela vez lá no começo do mangá para pegar a cabeça do Kaiman ou o motivo desse mesmo alguém ter a colocado na cena da morte do homem-lagarto. Mais, nem dá para afirmar que o Ai é o próprio Aikawa, isso é suposição, porque mesmo ele estando na cabeça do Aikawa como foi mostrado em um dos ‘momento drogas’ do volume 15, se não me engano; isso não explica nada, porque ele pode ainda estar lá de forma semelhante à Curse. São muitas coisas, quando umas são respondidas outras continuam como questões e é essa a mágica, como o GWR mesmo diz: “This Is Dorohedoro!”
Não coloquei no post porque não queria fazer teorias la, mas na verdade acho que os gyozas vão ter utilidade sim, acho que de alguma forma, o Aikawa ou o Chefe, ou alguém vai voltar a ser o Kaiman que conhecemos depois de comer um desses. Um pouco clichê parece, mas acho que a Q vai executar muito bem isso.
Com certeza o que mais tá mais me intrigando aí é o que exatamente o Aikawa tem a ver com toda essa história.
Porque pra mim até agora, o que que parece é que ele É que possui a personalidade do Kaiman-lagarto, e estava (obviamente) fingindo não ser para que afastasse a Nikaido do perigo.
Por isso que quando finalmente conseguiu momentaneamente a posse do corpo ( que por algum motivo está dividindo com o Ai) ele se deixou ser atacado, e transformado numa torta.
O que então minha intriga, é que nesse volume o que deu pra perceber é que , quem foi transformado no homem-lagarto foi o Boss, então porque é que o Aikawa e quem possuiu a personalidade do Kaiman?
AH NÃO SER QUE! o Boss já tivesse dentro dele o Aikawa (não me pergunte como nem por que), mesmo antes de ser atacado pela Curse do Risu. Esse alias é outro que não foi explicado nada, porque o Boss queria matar ele pra começo de conversa?
O que exatamente o Chidaruma quer também me intriga, acho que vai ser uma das maiores revelações do mangá, e acho que a Nikaido vai ter MUITA relação com isso, afinal de contas porque ela está virando um Demônio sem ritual nem nada? Tem coisa aí pra mim! Hummmm….. talvez é aí que o gyozas se encaixem no enredo!
Sei lá, só sei que não dá pra prever NADA em Dorohedoro XD
Bom, primeiro é que o Boss já tinha a intenção de matar o Risu para pegar a mágica dele, acho que está tudo fazendo sentido. Então o Ai, o Aikawa e o Boss realmente são a mesma pessoa, mas são personalidades diferentes, isso ainda está para ser explicado.
Conversei com meu amigo que também lê Dorohedoro e a gente percebeu uma coisa bem marota:
A Hayashida se focou implicitamente nesse volume em mostrar que a mágica e a transformação em demônio mudam muito a personalidade de uma pessoa. Pensa bem, isso explica o motivo da Haru agir tão estranhamente, mesmo mantendo a base de sua personalidade que é a que amava o Kasukabe; também explica o motivo da Nikaido ter ficado daquele jeito no momento guioza ou quando protagonizou a segunda cena mais épica de Doro: ficou com cara de putona, foi no banheiro e explodiu a casa hu@@; explica em partes aquele omake bizarro do Chidaruma; a Ebisu ficar selvagem quando usa a magia de transformação nela mesma e por fim explica esse omake do cara com os órgãos para fora.
Agora vai começar o sofrimento novamente… sabe-se lá quantos meses teremos que esperar pelo próximo volume, muito tenso /sad